Desabafos

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Luana

Voltei e Henrique continuava lá entretido com as amizades dele, sorria e muito divertidamente conversava.

— Pelo visto essa limonada deve tá bem azeda heim? tá com uma cara não muito boa. - Leti diz percebendo que eu olhava em direção à Henrique e eu me viro pra ela

— tá bom Leti. - digo me rendendo
— cê acreditada que ele subiu, deixou a mala e desceu sem falar comigo?

— Amigaa... então é por isso que cê tá com essa cara né? Mas não fica assim, ele só estava querendo dar atenção aos amigos. E mais, quando ele te vê gata desse jeito...  - Leti sempre tenta justifica-lo, então a interrompo

— ah Leti, para!

— É sério amiga. E oh, ele te viu, tá vindo pra cá agora.

— Amor da minha vida, porque cê não foi falar comigo? - ele chega beijando meu pescoço

— Pelo mesmo motivo que você não falou comigo lá no quarto. - falei sem olhar nos olhos dele

— Uai amor, cê tava no banho, não quis atrapalhar.

— huum entendi. Também não quis atrapalhar sua prosa com seus amigos.

— Mas você não atrapalha nunca minha vida. Vamo lá, pra eu te apresentar pra eles, embora não há quem não conheça Luana Reis, né verdade? - ele me puxa pela mão e eu vou após Leti falar com os olhos pra mim ir.

— Pessoal, minha esposa Luana. - os amigos deles me cumprimentam, todos muito simpáticos, conversamos um pouco até eu escutar o chorinho da Helôzinha.

— Pessoal licença, o dever me chama. Foi um prazer conhecer vocês, fiquem à vontade.

— Quer ajuda amor? - Henrique me pergunta e antes que eu pudesse responder, uma das mulheres me interrompe

— Olha que papai mais lindo, tá vendo môzinho, quando tivermos o nosso filho quero você dedicado assim também me ajudando. Sortuda você viu Luana? - ela falou para o namorado e eu sorri fraco pra ela apenas

— Não precisa vir Henrique, as meninas estão comigo, fica a vontade com seus amigos. - sorri pra eles e sai

Peguei Maria Heloisa que estava nos braços da vovó Maria e vou pra um cantinho dar de mamar pra ela. Enquanto todos se divertiam, eu fico observando Henrique aos sorrisos e percebo que a mesma moça que se pronunciou tocava muito nele.

— vai acabar matando alguém com esses olhos fuziladores. - Leti se aproxima junto com Drica

— aargh, me diz qual a necessidade de tanto toque? Porque ela tem que se pendurar tanto no ombro dele?

— mas eles não estão todos em casal? - Drica se pronuncia

— e isso é impedimento? - falo com sarcasmo

— dependendo do casal, acho que sim.

— Pois é, eu não a conheço, então não posso afimar que não tenha sido mais uma que passou na cama dele antes de namorar né verdade?

— não viaja predileta. - Leti fala e Drica complementa

— êh mana, tô te desconhecendo.

— Ah me deixa, deve ser meus hormônios ou o cansaço - respiro fundo.

— e sua personalidade que também ajuda né minha amada marrenta?

— Ah Drica, sei lá. Deve ser. Deixa isso pra lá.

— mas se você tá incomodada com algo, porque não fala com ele?

— Claro que não e estragar a noite dele com os amigos e ficar com a fama de ciumenta? Jamais.

Dois Corações e Uma História | Ricelly HenriqueOnde histórias criam vida. Descubra agora