Para e Pensa

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— Oi Nim, entra. - era o Juliano batendo na porta.

— Oi Ju, tudo bom? - ela respira aliviada.
— Vou aqui falar com Letícia. - dá um selinho no Henrique e sai da sala.

— Não acredito que os coelhinhos atacaram aqui também? - diz Juliano ficando sozinho na sala com Henrique, que ri da graça do irmão.

— Acho bom cê nem sentar aí inclusive. - Henrique aponta pro sofá.

— vixi véi, cês são dois tarado mesmo. - eles riem

— Cê fala isso porque anda com sua muié pra cima e pra baixo.

— Tá bom, perdoado. - ele faz cara de sério.
— Mas me avisa pelo menos onde sentar, já que cês saem batizando tudo por aí quando se encontram. Tá doido! - eles riem

— Achei vocês. - Emil chega na sala e senta no sofá arrancando a risada dos dois.
— Quê que cês tão rindo, seus viado?

— Nada xera modess. - Rique diz controlando o riso.
— Tava procurando nós pra quê?

— Nada não, é que eu tava lá na sala do Wander quando chegou o produtor do "pelo amor de Deus Jorge e Mateus" - ele fala imitando as fãs

— Pra quê? alguém vai fazer feat com eles daqui? - Juliano pergunta

— acho que deve ser sua cantora seu barba, porque o Wander me pediu pra chamar ela e a Letícia...

Eles ficam lá dando um tempo para a reunião terminar, mas Henrique estava impaciente

— Quer saber, vou lá agora mesmo saber disso. - Ele fala saindo rápido, com cara de bravo
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.
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— Oi filhão, cê quer falar comigo? A reunião já terminou. - Henrique entra na sala e Wander já estava só com Luana.

— Negócios com o produtor do Jorge e Mateus? 

— É um feat que eles querem fazer com Luana no novo DVD deles. Reservaram uma música exclusiva pra minha jóia. Como foi que ele disse Luana?

— Que a música era linda? - ela fala

— Não, ele disse que o Mateus falou que a música era linda igual Luana, foi feita pra ela.

Luana ri sem graça sem olhar pra Henrique, pois sabia que ele devia estar se corroendo de ciúmes, pede licença e sai.

Ela passa o dia todo fugindo dos olhares pesados de Henrique, mas na hora de ir embora ele a encurrala pra ir embora junto com ele e o Juliano.

Ela e Juliano vão todo o caminho brincando e só Henrique sério. Quando chegam na casa dela, ele pede ao irmão que leve o carro, pois ia ficar.

— Cê vai viajar amanhã, é melhor ir pra casa. - ela fala tentando fazer ele não ficar.

— Não, eu vou com'cê. Leva o carro Nim. - ele desce e manda o irmão ir embora.

(...)

— tá felizinha né? Veio toda sorridente. Vai realizar mais um sonho com Mateus.

— Por favor Henrique, primeiro eu nunca disse que isso era um sonho meu e segundo, vou cantar com o Jorge também, não é só o Mateus.

— Cê sabia que podia negar a proposta né?

— E porque eu faria isso?

— Porque ele é afim docê?

— Henrique... faz tempo que eu nem falo com Mateus, nem me encontro com ele pela estrada.

— Então cê fica catando ele pela estrada afora?

— Não Henriqueee... Para com isso. Eu só tô falando que eu não o vejo hora nenhuma. Por favor, esse seu ciúme e descabido véi. - ela diz estressada.

— DESCABIDO PORRA NENHUMA LUANA. - ele se altera.
— Esse cara só não te comeu na minha própria casa, porque Juliano interferiu e não deixou ele entrar com'cê lá.

— Como é que é? Eu não tô ouvindo isso não. Cê passa de todos limites quando fica assim, vai embora Henrique, por favor, antes que cê piore a situação.

— Ah eu passo dos limites? e esse seu controle estampada na cara, deve ser de quem tá tão feliz da notícia né?

— CARALHO HENRIQUE, CHEGA! Primeiro cê quer me forçar a assumir a relação, agora é essa merda de ciúmes. É só encheção de saco, que merda!

— Forçar a assumir a relação, merda de ciúmes? Parabéns Luana. Cê conseguiu. - ele aplaude ela sendo irônico e vai indo em direção a porta, batendo com força ao sair

Ela senta no sofá cabisbaixa.
— Eu juro que tô tentando, mas cê não tá ajudando Henrique. - ela chora e deita no sofá, pegando no sono ali mesmo.

...

Henrique vai em direção ao bar com o amigo Alex que o busca. Lá ele acaba contando ao amigo o que vem acontecendo e não percebe que Beatriz estava por perto ouvindo e consequentemente conta tudo que ouviu pra Rafaela.

No dia seguinte...

— Manim, que cara é essa véi?

— Ressaca - Henrique responde

— Moral também?

— não.

— E a cunhada também tá de ressaca?

— Eu não estava com ela.

— foi o que imaginei. O que aconteceu Manim? Cê ficou chateado lá com o feat da Luana com os meninos num foi? Brigou por isso véi?

Ele respira fundo
— Juliano, não fala que você não sabe o quanto é difícil namorar uma cantora que tá na mídia pra todo mundo ver e tocar e abraçar...
Inclusive, quem quer ter mais do que isso com ela né?

— Ei véi eu posso não saber o que é isso, mas Luana sabe, porque namora você. E não vai dizer que é diferente não. Porque se alguém pode reclamar disso é a Mohana, que não tá no palco e ver os assédios que passamos.
Já você e Luana vivem a mesma coisa. Então cara, deixa de besteira, para e pensa se não cê vai perder a muié, tô te avisando.

— Juliano, chega tá. Minha cabeça nao tá boa das idéia. Minha vontade as vezes é jogar tudo pro alto. Então vamo simbora que essa prosa já deu.

A van chega e eles se vão.

E assim eles seguem pra mais uma rotina de shows... mas nesse haverão  encontros, uns agradáveis e outros nem tanto...

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"Outra vez nós brigamos
Por motivo idiota 'cê bateu a porta
E me deixou chorando
Disse tanta besteira que até não me ama
E já tem outros planos
E agora o que eu faço sem você aqui
'To sem rumo e rodando"

Dois Corações e Uma História | Ricelly HenriqueOnde histórias criam vida. Descubra agora