Luciano • 09

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Pov Rafa Kalimann

Uma semana depois...

- tão bom acordar do seu lado. - fala, acariciando meu rosto.
- as vezes não acredito que você está aqui. - digo, olhando em seus olhos.
- se eu pudesse estaria todo dia aqui do seu lado. - me deixa um selinho.
- um dia... - fito seus olhos amanhecidos. - você não contou como foi com o Talles semana passada. - digo, observando seu rosto.
- é porque não tem nada para falar. - responde.
- com certeza. Vocês só ficaram olhando um para a cara do outro. - falo, sendo um pouco sarcástica. Ela permanece em silêncio.
- ele disse para eu tomar cuidado. Eu disse isso para ele primeiro. - ela abre o bico.
- acha que ele pode fazer alguma coisa? - pergunto, já que querendo ou não, ela conhece ele.
- não sei. Talles está diferente. - diz, dando de ombros.
- você não viu mais ele, né? Pode ser que esteja só blefando. - falo, tirando algumas conclusões.
- pode ser. Não sei. - respira fundo.
- me conta como foi a reação da minha sogra. Com detalhes. - me ajeito na cama.
- no começo ela ficou surpresa por me ver lá, ainda mais de noite. - começa a contar. - ela já sabia, então não foi uma surpresa. Não queria falar comigo, queria deixar para o dia seguinte. Aí eu já saí falando: "foi o Talles, né?". Ela desviou da resposta, mas depois teve que ceder. Foi difícil no início. - explica. Dou um leve carinho em seu rosto. - mas depois ela disse que queria ver sua cara e que teríamos que marcar um encontro. Eu disse que sim, que faríamos. - sorrio.
- ocê me colocando em cada situação, Gizelly. - digo, balançando a cabeça negativamente enquanto sorrio.
- melhor do que ela nem querer olhar na sua cara. - diz. Concordo.
- continua... - peço.
- você ligou bem na hora em que tínhamos acabado de conversar. Lembra? - pergunta.
- claro. - lembro de ligar assim que cheguei no hotel.
- ela observou toda a nossa conversa, me dando um pouco de medo até. - sorri. Sorrio também. - mas depois ela até brincou. - diz.
- fico feliz que as coisas parecem estar indo bem em relação as nossas famílias. - ela toca suavemente meu rosto, deixando um leve carinho. Seguro sua mão, entrelaçando nossos dedos.
- eu também. - observo a imensidão castanha dos seus olhos. - estava morrendo de saudades suas. - digo, puxando seu corpo para perto do meu.
- eu também. - me beija, me trazendo para cima dela em um único impulso.
- já disse que te amo hoje? - ela arruma meu cabelo, colocando ele para trás da minha orelha.
- hoje ainda não. - responde, mordendo meu lábio inferior.
- te amo. - sussurro.
- te amo. - responde, segurando meu rosto com as duas mãos. - não sei como posso amar tanto alguém como te amo. - declara. Meus olhos embaraçam-se por causa de algumas lágrimas.
- eu te amo tanto, Gizelly... - encosto minha testa na sua. Nossas respirações sincronizam-se, misturam-se e entram em harmonia. Segundos que eu queria que durassem horas. Nossos lábios se juntam, selam nossas declarações.
- quer comer? - falo, afastando meu rosto um pouco.
- você? - caio na gargalhada. - Gizelly!- a adverto.
- ué, achei que era. - defende-se.
- se você quiser... - me aproximo de seu ouvido. - sou toda sua. - sussurro. Sinto sua mão apertar mais minha cintura e um sorriso formar-se em seus lábios.

Pov Gizelly Bicalho

- Rafaella, é a rede globo! - digo, admirando tudo.
- sim! - concorda, sorrindo com as minhas reações.
- cadê a Ana Maria Braga? - pergunto.
- deve 'tá gravando. - diz.
- você vai no Luciano Hulk. Longe. - falo, deduzindo.
- um pouco. - diz, passando o braço por trás do meu corpo e apoiando no banco do carrinho do Projac.
- obrigada por me trazer. - digo.
- agora você está fadada a me acompanhar em tudo. Eu que tenho que agradecer. - fala, me fazendo sorrir. Dou um selinho rápido nela.

3h depois...

- Lu! - Rafa abraça o Luciano carinhosamente.
- Muito bom ter você aqui de novo, Rafa. - fala.
- essa é a Gizelly. Creio que você já conheça. - diz, me apresentando.
- claro! - ele me abraça. Tento manter a postura diante do rei dos pobres. - Gigi furacão, como esquecer. - ele diz, saindo do abraço.
- prazer Luciano. - falo, sorrindo gentilmente.
- fiquem a vontade. Começamos em 15 minutos. - Luciano avisa, educadamente.
- ok! Obrigada! - agradece. Ele retira-se.
- meu Deus, o Luciano Hulk! - falo, sem acreditar. Rafa sorri.
- ele é um amor. - fala.
- muito gentil. - digo, concordando. Observo Rafa por alguns segundos.
- que houve? Tudo bem? - pergunta, preocupada.
- você é muito linda! - ela fica envergonhada. Muito fofinha. - é sério. A mulher mais linda que já pisou na Terra. - aproximo-me dela.
- exagerada. - dou um selinho nela.
- nunca é exagero quando se trata da sua beleza. - digo, beijando ela novamente.
- obrigada! - ela limpa o batom que ficou em meus lábios com o dedo polegar direito. Incrível como ela fica sexy só me olhando.
- é melhor você parar ou não vai entrar para gravar daqui 10 minutos.- digo. Ela sorri maliciosa.
- eu sei. - termina de retocar seu batom.
- você é horrível. - digo, me afastando.

1h30 minutos depois...

Observo Rafa conversar com Luciano. Ela veio para julgar a "dança dos famosos". Estou admirando como ela é linda dos bastidores. Todos os participantes já dançaram e eles estão somente finalizando. Meu celular vibra na mesma hora. Olho no visor: "desconhecido". Me retiro dali para atender sem atrapalhar nada.
- alô? - falo, assim que atendo.
- Gizelly Bicalho? - uma voz grossa pergunta do outro lado.
- isso! - confirmo.
- aqui é do hospital de Vitória. - diz.
- no que posso ajudar? - meu coração acelera na mesma hora.
- aqui é o doutor Rogério. Sua mãe teve um infarto. Você está nos contatos de emergência dela. - explica.
- minha mãe o que?! - falo, me desesperando. Alguns olhares se voltam para mim. Uma salva de palmas ao fundo me acompanham.
- ela vai ter que colocar um marca-passo. - fala, rapidamente.
- estou no Rio de Janeiro agora. - digo.
- ela está esperando para entrar em cirurgia. Precisamos da sua confirmação, já que ela está inconsciente no momento. Você está como responsável caso isso aconteça.- me explica rapidamente. Sei mais ou menos como funciona. Minha respiração pesa um pouco. - senhorita? - me apressa.
- é o certo a se fazer? - pergunto.
- sem dúvidas. - responde.
- então eu autorizo. - digo.
- ok! Espero você aqui para quando ela acordar? - pergunta.
- estou pegando o primeiro avião. - respondo.
- ok! - ele desliga. Tento respirar.
- amor? Estava te procurando. - ouço a voz de Rafa atrás de mim. Me viro e abraço seu corpo, me derramando em lágrimas. - ei, o que houve? - pergunta, me envolvendo forte em seus braços.
- minha mãe. - digo, saindo dos seus braços um pouco.
- o que houve com a dona Márcia? - seu olhar é confuso.
- acabei de autorizar uma cirurgia nela. - falo em um fio de voz.
- como assim? - ela não compreende.
- ela teve um infarto. Vai precisar de marca-passo. - explico rapidamente.
- vamos agora para Vitória. - diz.
- ok! - concordo.
- tudo bem? - Luciano aparece atrás de nós.
- a mãe dela acabou de entrar em uma cirurgia em Vitória. Estamos indo pegar o primeiro vôo para lá agora. - Rafa conta rapidamente.
- vão para o aeroporto. Meu jatinho está lá. Vão nele, por favor. - diz, discando um número no celular.
- obrigada, Luciano! - agradeço.
- obrigada, Lu! - Rafa faz o mesmo.
- isso. Para agora. O mais rápido possível. Obrigada! - ele desliga o telefone. - o piloto vai precisar de mais ou menos 30 minutos para arrumar tudo. - informa.
- sem problemas. Vamos em casa, pegamos nossas coisas e partimos para o aeroporto. - Rafa diz, me olhando a partir da segunda frase.
- pode ser. - concordo. - obrigada novamente, Luciano. - dou um rápido abraço nele, que retribui.
- sem problemas, Gi! - fala, gentilmente.
- Lu! - Rafa abraça o homem rapidamente também.
- vão! - diz nos apressando, com razão.






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Olha quem voltou! Estou de volta, meus amores. Desculpa a ausência, mas a vida me pegou de jeito. Tirou todo o tempo e energia que eu tinha. Agora tá tudo mais calmo. Me desculpem.



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