perfume masculino • 17

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Pov Gizely Bicalho

Uma semana depois...

Não estar com a Rafa mais, me deixa desolada. Faz uma semana que eu tomei a mais difícil decisão, que foi deixá-la. Manu me ligou no dia seguinte dando um sermão enorme, como se eu não soubesse o tamanho da loucura que eu fiz. Tive a felicidade nos braços e deixei ir embora... Ou melhor, mandei ela embora. Realmente, eu também não sei se aguentaria a distância dela estando em um relacionamento. Posso estar sendo fraca em não tentar ao menos continuar com ela, mas não sou de arriscar e brincar com o coração.

Pov Rafa Kallimann

- Bom dia! - entro no camarim e me deparo com José Loreto.
- bom dia! Desculpa a intromissão, mas eu soube que você estaria aqui e quis vir dar um oi. - levanta-se da poltrona e vem até mim.
- sem problemas. Fico feliz pelo carinho. - agradeço, gentilmente. Ele estende a mão direita, qual segurava uma rosa.
- uma flor para outra flor. - diz, sorrindo.
- obrigada, Zé! - sorriu de volta para ele e pego.
- sai comigo hoje? - olho para ele, séria.
- oi? - digo, sem entender.
- janta comigo hoje. - repete.
- com você? - indago.
- sim. Comigo. - sorri.
- por que eu deveria? - pergunto, largando a flor em cima da penteadeira.
- por que eu estou a fim de você. - fala, direto. Sorrio.
- desde quando? - pergunto, sem acreditar muito.
- desde que te vi pela primeira vez. No BBB. - responde. Fico em silêncio analisando ele e sua proposta.
- sei... - tiro meu brinco e coloco na gaveta da penteadeira, fitando ele pelo espelho.
- te pego as 19h na sua casa. - ele diz, caminhando até a porta. Sorrio sem acreditar na perspicácia dele, que sai porta a fora.

Final da tarde...

- alô, Manu? - atendo pelo display do carro.
- amiga! - fala em seu tom característico.
- tudo bem? - pergunto.
- tudo. Posso te perguntar uma coisa? - diz.
- claro. - paro no semáforo.
- sabe que eu tenho aquele sexto sentido, né? - faz uma pausa.
- sei... - respondo.
- que merda você 'tá fazendo? - fico sem entender.
- como assim? - me arrumo no banco.
- você 'tá aprontando algo, eu sei. - responde.
- Manuela, eu não estou aprontando nada. - digo, arrancando o carro.
- diz que você não tem nenhum compromisso agora de noite que eu acredito. - como pode?
- eu tenho, mas... - sou interrompida.
- mas nada. Eu sabia! Você tem um encontro hoje. - fico perplexa.
- não é um encontro. - justifico.
- é o que então? - sua voz irônica ecoa.
- ok, talvez seja. - confesso.
- uma semana, Rafaela. - diz.
- Manu, não vem com isso para cima de mim que não vai funcionar. Quem né deixou foi ela. - responde, ríspida.
- é com o Loreto? - fala, seca.
- sim. - respondo no mesmo tom.
- depois não diz que eu não avisei. - ouço sua respiração.
- preciso desligar. - aviso.
- tchau. - ela mesma desliga a ligação. Só pode ser brincadeira mesmo.

Dia seguinte...

Claridade. Lençol branco. Eu não tenho lençol branco. Cheiro de perfume masculino. Mas eu moro sozinha.
- bom dia! - a voz rouca de Loreto me faz virar o rosto.
- bom dia. - respondo. Olho para o teto.
Eu dormi com ele.








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Quase desaprendi a escrever, me desculpem. Pretendo voltar a escrever, mas tudo no seu tempo.
Aproveitem esse cap.. é curtinho, mas feito com carinho.
Se cuidem e beijos da autora 🧡

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