café • 13

236 33 9
                                    

Pov Gizelly Bicalho

3 dias depois...

- bom dia! - falo, beijando a testa de Rafa.
- bom dia, meu amor. - a voz sonolenta dela me amolece.
- não acredito que você vai ter que ir embora hoje. - digo fazendo bico.
- eu queria tanto ficar. - ela acaricia meu rosto suavemente. Ficamos em silêncio observando uma à outra.
- te amo. - falo.
- também te amo. - beija meus lábios em um selinho demorado.
- que horas é seu vôo? - pergunto.
- às 10h. - respira fundo.
- vamos tomar café fora? - sugiro.
- mas e a sua mãe? Ela não pode ficar sozinha. - diz.
- é só por uma horinha, Rafa. - tento convence-la.
- ok. - concorda.
- ótimo. Tem um lugar ótimo aqui perto. - conto, me movimentando para levantar.
- vou tomar banho, então. - avisa, também levantando-se.
- vou ver se a sua sogra já acordou. - digo, fazendo ela sorrir.
- sogra... - diz, parecendo não acreditar.
- vocês sobreviveram por quatro dias. Estou orgulhosa. - me aproximo dela e a beijo.
- eu também. - sorri.
- vai tomar seu banho... - beijo novamente ela. - antes que eu me obrigue a tomar com você. - mordo o lábio inferior dela, que sorri maliciosa. Nos fitamos por alguns segundos, até que ela foi em direção ao banheiro.

30 minutos depois...

- vamos tomar café fora e de lá já vou levar a Rafa para o aeroporto. - aviso para minha mãe, que está tomando café.
- tá bom. - diz, sorrindo leve.
- estou pronta. - Rafa sai do corredor na mesma hora.
- certo! Estamos indo. - vou até minha mãe e dou um beijo na sua cabeça. - qualquer coisa me liga. - peço.
- sim. - concorda.
- até mais dona Márcia. Melhoras! - Rafa diz, um pouco envergonhada.
- obrigada, Rafa! Por tudo. - diz, me surpreendendo e surpreendendo minha namorada.
- capaz! - sorri.
- beijos, mãe. - digo, pegando as malas da Rafa e saindo do apartamento.
- o que foi isso? - Rafa indaga, feliz.
- não sei. - digo, sincera.
- acho que ela realmente está nos aceitando. - a alegria tomou conta de nós.
- você é incrível. Impossível que não conseguisse conquistar ela. - pisco para ela.
- obrigada. - me deixa um selinho nos lábios.

40 minutos depois...

- eu amo esse lugar. - conto, degustando um bom café quentinho.
- é lindo. O ambiente bem aconchegante, o café maravilhoso. Sabe o que é melhor que tudo isso? - indaga, me fitando.
- o que? - pergunto, curiosa.
- você. - sorrio envergonhada.
- você sempre me surpreende com esses elogios. - confesso.
- nunca vou cansar de fazer isso. - diz, pegando na minha mão por cima da mesa.
- te amo.
- te amo, Gi. - declara-se.
- quando você volta? - pergunto, tomando mais um gole do café.
- vou ter uma semana cheia. Final de semana que vem? - pensa.
- muito tempo. Como vou ficar sem te beijar, sem te cheirar... Sem te tocar, por tanto tempo? - falo, manhosa.
- vai passar voando. - sorri.
- promete? - faço bico.
- prometo. - ela beija minha mão delicadamente. - agora nós precisamos ir...
- ou você vai perder o vôo. - completo.
- é. - ela sorri e faz menção em levantar.
- que foi? - pergunto, por causa da parada súbita dela.
- olha para trás. - diz, apontando com a cabeça. Faço o que ela diz.
- Gizelly... - a voz masculina preenche meus ouvidos.
- Talles. - engulo seco. Não quero confusão.
- trazendo ela aqui já? - diz, apontando para a Rafa.
- o que eu faço não te interessa. - respondo, calmante.
- realmente. - fala, com insignificância. - achei que você tinha bom gosto. - fala, parando ao meu lado.
- pois é, eu não tenho. Eu escolhi você uma vez. Foi aí que eu errei. - falo, sarcástica.
- acho melhor nós irmos. - Rafa sugere.
- concordo, amor. Perder tempo com esse tipo de gente não compensa. - pego minha bolsa. - vamos? - estico a mão para Rafa, que entrelaça nossos dedos. - com licença. - digo, passando por ele.

5 minutos depois...

- desculpa te fazer passar por isso. - falo, assim que pagamos a conta e saímos do estabelecimento.
- não precisa. O Talles não me afeta. - responde, apertando minha mão.
- não achei que fosse encontrar ele hoje aqui. - desabafo.
- sempre há uma possibilidade. - diz, quando estamos nos aproximando do carro.
- é. - destranco o automóvel. - vamos esquecer isso... Ele. - digo. Ela concorda.

25 minutos depois...

- vou sentir tanto a sua falta... - mexo no cabelo dela, enquanto admiro os detalhes do seu rosto.
- eu também. Precisamos saber lidar com isso. - fala.
- precisamos. - concordo. - você precisa ir. - digo, olhando o relógio no painel do carro.
- infelizmente. - ela suspira. Posso sentir seu cheiro impregnando nos canais do meu nariz.
- nos vemos daqui a pouco. - ela aproxima-se e me beija. Devagar, calmo, sereno e tranquilo. Como a manhã de um domingo de inverno.
- se cuida. Me avisa quando chegar. - peço.
- pode deixar. - me beija novamente, dessa vez mais rápido. Ela abre a porta e ruma em direção ao aeroporto. Mais uma despedida. É sempre uma despedida.



~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
A volta dos que nunca foram! Sei nem o que dizer. Mil desculpas pela demora, mas faltou criatividade, tempo, ânimo e afins par vir aqui continuar escrevendo. Nada demais nesse capítulo, mas é significativo: a volta da fic.

Tópicos do capítulo:

• Dona Márcia aceitando as meninas;
• Talles sendo insuportável;
• será que a distância vai abalar as nossas meninas?

Aniversário Onde histórias criam vida. Descubra agora