Já sabia • 06

388 50 6
                                    

Pov Rafa Kalimann

3 dias depois.... Goiânia, Goiás;

- oi, amor! - digo, assim que atendo a ligação de Gi.
- oi, meu amor! Como foi a viagem? - pergunta.
- boa. Considerando que é rápida. - respondo, olhando o movimento pela janela. - e a sua? - pergunto.
- boa também. Acabei de chegar em casa. - diz. Ouço uma voz feminina no fundo. - oi, Rafa! - Tais.
- diz oi para a Taís. - respondo, sorrindo.
- ela disse oi. - ouço a morena gritar.
- estou indo para casa já. - aviso.
- ok. Já sabe, qualquer coisa, me liga. - fala. Meu coração se aquece.
- pode deixar. Você vai falar amanhã, né? - pergunto.
- sim. Uma passo de cada vez, senhorita Kalimann. - diz, sorrindo. Sorrio só de imaginar o sorriso leve que ela deve estar dando.
- sim, senhorita! - vejo que estamos chegando. - estou chegando em casa. Mais tarde mando mensagem. - aviso.
- ok. Vou tomar um banho, comer e organizar minhas coisas. Se cuida. - conta suas próximas ações. Esse tipo de coisa ficou natural para nós; contar o que vamos fazer.
- tá bom. Te amo. - digo, apaixonada.
- também te amo, Rafa Kalimann. - fala e desliga. Fico besta. Eu quero ouvir isso pelo resto da vida.
- chegamos, senhora. - o motorista me tira de meus devaneios.
- você me ajuda a tirar a mala? Por favor. - pergunto.
- claro! - ele abre a porta do carro. Faço o mesmo e me encaminho para o porta-malas.
- aqui está! - ele tira a mala.
- seus 50 reais. - falo, entregando o dinheiro da corrida.
- obrigada! - fecha o porta-malas. - tenha uma boa noite. - diz.
- você também. Bom trabalho. - agradeço. O carro some. Fico observando a porta de entrada da minha casa. - coragem, Rafa Kalimann. - digo a mim mesma. Respiro fundo e entro no pátio. Meus cachorros são os primeiros a me atacarem. Alfredo pula em mim. Eu sinto falta desses peludos.
- filha?! - minha mãe fala surpresa.
- oi... - falo, tentando me soltar dos cachorros.
- ocê aqui hoje? - diz, andando até mim.
- precisava falar com você. - digo, enquanto abraço ela.
- está tudo bem? - pergunta, preocupada.
- está. - respondo, pegando a mala que deixei para trás.
- ok. Então o que houve? - continua com um tom preocupado, mas agora mais curioso. Respiro fundo. Se for para dizer, que seja nos 5s de coragem.
- estou namorando. - digo.
- a Gizelly? - fala, sem surpresa.
- você sabia? - pergunto, incrédula.
- eu e metade do Brasil. - responde, sorrindo.
- como assim? - não acredito.
- só não vê quem não quer, né Rafaela?! - fala, sendo óbvia na resposta.
- você sabia desde quando? - pergunto, andando para dentro da casa.
- desde a sua saída do BBB. - conta.
- mãe... - fico sem reação.
- você ainda estava confusa, mas eu sabia que Gigi iria virar minha nora. - tento assimilar a situação.
- ok. - falo. - por que nunca falou nada? - pergunto.
- porque só ocê sabe o que está sentindo, filha. - explica.
- eu não sabia o que estava sentindo ao certo. - conto, deixando a mala no canto da sala.
- eu sei. Por isso não quis me intrometer também. - conta. Ela caminha até o sofá. Faz gesto para eu sentar ao seu lado.
- Cadê Sofia? Marcella? O meu irmão querido? - pergunto, notando a calmaria na casa.
- estão na rua. - responde.
- não sei como vou falar para eles. - digo, fitando a parede na minha frente.
- não é algo que eles já não saibam. - diz.
- não acredito! - falo, incrédula.
- estava na cara, minha filha! - diz, revirando os olhos.
- tão na cara assim? - pergunto, sem acreditar.
- eles têm suspeitas, principalmente a Marcella. Seu irmão é desligado, como cê sabe. - conta.
- acho que para o Renato vai ser uma surpresa. - digo, pensativa.
- talvez. Só contando para saber. - fala.
- jura? - debocho.
- sem deboche, Rafaela. - me reprime.
- desculpa. - digo.
- Ma mostrou o tweet? É assim que fala? - pergunta, tentando lembrar o nome.
- isso. - respondo, sorrindo.
- ela mostrou o tweet que a Gi fez. - conta.
- o da minha foto? - pergunto.
- esse mesmo. Vocês se assumiram ali e eu matei a dúvida que tinha. - confessa.
- muito bom saber disso. E a senhora não ia me falar nada? - falo, sem acreditar que ela só estava esperando eu me pronunciar.
- eu não. Cê sabe o que faz da vida. - diz.
- o que será que o pai vai avahr disso?- indago, pensando na reação do mais velho.
- só contando para saber. - fala.
- dá para a senhora parar de falar isso? - digo, sorrindo.
- mas é a verdade. Não fica pensando na reação de fulano ou cicrano, apenas conte. - dá sua opinião.
- verdade. - concordo. - tem comida? - pergunto, mudando de assunto.
- óbvio, Rafaela. - levanta-se. - vem! - me chama. Levanto e pego meu celular junto.
- preciso ligar para a Gi. - aviso.
- diz para ela que eu já sabia. - fala, me fazendo sorrir.
- ok. - disco o telefone da minha namorada. Ela atende no primeiro toque.
- alô, amor! - fala, assim que atendo.
- oi, amor! - respondo na mesma entonação, sentando-me à mesa.
- tudo bem? - pergunta, preocupada.
- tudo ótimo. - respondo, observando minha mãe assistindo tudo.
- sua família está bem? - me pergunta, interessada.
- estão ótimos. Por enquanto só encontrei sua sogra. - digo. Um silêncio se faz presente no outro lado da linha.
- você já contou? - diz, segundos depois.
- sim. Ela já sabia. - conto.
- sua mãe é muito esperta, amor. - fala.
- ela é. - concordo, fitando a mulher a minha frente.
- como ela reagiu? - pergunta.
- muito bem. - respondo.
- Gi, não se preocupa! Vou adorar te ter como nora. - minha mãe grita, para que Gizelly ousa do outro lado da linha.
- diz para ela que eu vou adorar ser nora dela. - respondo, animada.
- ela disse que vai adorar ser sua nora.- minha mãe abre um sorriso gigantesco. Vou perder minha namorada para minha mãe. Ou a minha mãe para a minha namorada.
- 'tá, deu vocês duas. Que melação! - digo, interrompendo o papo delas.
- deixa de ciúmes, Rafaela!
- ciumenta!
As duas, em unisono, dizem. Só pode ser brincadeira.
- eu não sou ciumenta. - me defendo.
- você é! - minha mãe diz.
- você é, amor! Ela tem razão. - Gizelly concorda.
- Gizelly, você quer ficar solteira? - pergunto, com a voz firme.
- claro que não, amor. - fala. Tento não rir.
- acho bom! - digo.
- vou deixar você aproveitar com a sua mãe. Mais tarde conversamos. - diz.
- ok. Vou comer. E você já comeu alguma coisa? - pergunto, preocupada.
- ainda não. - responde.
- vai se alimentar. Mulher minha não pode ficar sem comer. - digo, autoritária.
- adoro quando você manda em mim. É sexy. - sussurra.
- idiota! - brinco, perdendo a posse de durona.
- beijo. Te amo, amor! - fala, se despedindo.
- te amo, meu amor! - respondo, desligando.
- vocês são muito fofas. - minha mãe diz, me observando.
- nós somos. Ela me faz tão bem, mãe.- confesso, apaixonada.
- isso está estampado na sua testa. - fala.
- sorte que ela é grande. Assim dá para estampar toda minha felicidade.- brinco.
- cê continua besta. - diz, pegando um bolo de milho do forno.
- ó. - coloca na mesa.
- Rafa?! - ouço a voz de Marcella atrás de mim.
- Ma! - corro para abraçar ela. - Sofia! - vejo a pequena nós braços de Renato.
- oi, também Rafaela. - Renato implica.
- oi, maninho! - digo, abraçando ele.
- o que faz aqui? - Marcella pergunta, largando as compras no chão.
- ela veio contar uma novidade. - minha mãe abre a boca.
- nossa, que novidade é essa? - Renato pergunta. Congelo.
- Rafa? - Má tenta me trazer de volta para a realidade.
- estou namorando a Gizelly! - digo, sem anestesia. Um silêncio se forma.
Meu Deus...



~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Oi, povo de Deus! Obrigada pelas visualizações, votos e o carinho! Segue mais um capítulo da nossa história.

Sobre o cap.:
• SEM REVISÃO;
• Tia Genilda sabendo de tudo;
• Vem ai reação do Renato, Marcella e Cia.

Aniversário Onde histórias criam vida. Descubra agora