relaxar • 12

300 37 7
                                    

"- podemos dar uma volta no condomínio hoje, se a senhora quiser.- sugiro.
- podemos. - concorda.
- ok. - concordo.
E o silêncio novamente."

Continuação...

Pov Rafa Kalimann

- estou indo para o escritório. Vocês vão ficar bem? - Gizelly pergunta, atravessando a sala. Olho para minha sogra.
- vamos! - respondo, sorrindo.
- qualquer coisa estou no celular. - avisa. Concordo. Ela deixa um beijo na bochecha da mãe. - boa sorte. - sussurra, próximo ao meu rosto.
- obrigada? - digo, quase sorrindo.
- te amo. - trocamos um beijo no rosto.
- te amo. - ela pega a bolsa e saí porta à fora. - vou tomar um banho rápido e podemos ir pegar um sol no parque. Tudo bem? - pergunto, me virando para Márcia.
- sim! - ela caminha até a cozinha.

30 minutos depois...

- desde quando você gosta da minha filha? - Márcia me indaga, enquanto caminhamos pelas sombras, formadas pelas grandes árvores do parque.
- desde o big brother. - digo sem olhar em seus olhos.
- bastante tempo. - fala também sem me encarar.
- eu sei que a senhora não vai com a minha cara, mas... - dou uma rápida olhada para ela. - eu amo a Gizelly e sei que a senhora é tudo na vida dela, por isso quero manter uma boa relação entre nós duas. - vou dizendo enquanto caminhamos.
- ouví coisas de você. Coisas não agradáveis, mas vejo que eram mentiras. - diz olhando para o horizonte.
- Talles? - pergunto, observando uma moça passeando com seu cachorro.
- sim.
- na situação da senhora eu faria o mesmo. Duvidar é normal. - confesso.
- não vou dizer que é normal ver minha filha namorando uma mulher, porque é diferente para mim. - explica.
- eu entendo. - eu entendo mesmo, pois foi diferente até para mim.
- Gizelly sempre gostou de homens. Ver ela com você é diferente. - dá continuidade.
- eu imagino. - digo, observando o movimento ao nosso redor.
- obrigada por prestar ajuda. - olho para ela.
- não precisa agradecer. Eu tenho certeza que a Gi faria o mesmo pela minha mãe. - digo, sorrindo. Ela sorri também. Caminhamos o resto do percurso em silêncio, mas não um silêncio desconfortável.

Pov Gizelly Bicalho

Passei a maior parte do tempo pensando no que a minha mãe e a Rafa estavam fazendo, sobre o que elas conversaram ou se chegaram a conversar. Eu sei que pela Rafa alguma conversa aconteceu, mas pela minha mãe é capaz de elas não terem trocado uma única palavra.
Entro no apartamento, já passando do meu horário habitual, e encontro Rafa lendo no sofá.
- ei! - digo, fechando a porta atrás de mim.
- ei... - ela sorri. O sorriso mais lindo do mundo.
- tudo bem? - largo a bolsa no sofá e caminho até ela.
- tudo! - ela abre os braços para que eu dê nela um abraço.
- que bom! - envolvo seu corpo nos meus braços e aproveito para cheirar seus cabelos. Dou um selinho demorado nela, que sorri no meio do ato.
- como você tá? - pergunta, me observando começar a caminhar pelo apartamento.
- estou bem. Cansada, mas bem. - respondo, procurando uma xícara na cozinha. - como vocês passaram o dia?- pergunto, enchendo a xícara de café.
- tranquilo. Fomos ao parque, depois passamos o dia em casa. Ela dormiu por um certo período, depois do almoço. Tomamos café, ela tomou banho e foi deitar. Ainda tá se recuperando da cirurgia. - conta resumidamente sobre o dia delas.
- quantas palavras vocês trocaram o dia todo? - indago, sorrindo. Me sento ao lado dela.
- depois que voltamos do parque, talvez umas dez. - responde, sorrindo.
- eu imaginei. - concordo.
- ela não é muito de conversar comigo. - confessa, sorrindo ainda mais.
- vocês vão se dar bem. - digo, com certeza nas palavras.
- tomara. - ela pega a xícara de minha mão e dá um gole no café. - como foi o seu dia? - diz, me devolvendo.
- foi bom. Resolvi tudo que tinha pendente. - conto.
- que bom. - ela acaricia minha perna, que está em cima do sofá. - vai querer comer alguma coisa? Posso cozinhar para você. - diz, se aproximando de mim.
- estou tão cansada que só quero um banho e cama. - digo, observando as cores claras de seus olhos.
- um banho a dois? - tira a xícara de minha mão e coloca na mesa de centro.
- Rafaella. - falo tensa pela nossa proximidade.
- você precisa relaxar. - sussurra, passando a mão pelo meu pescoço.
- preciso. - concordo. Seus lábios estão tão próximos dos meus, que qualquer mísero movimento que façamos será suficiente para nos beijarmos.
Uma tosse nos assusta.
- mãe?! - nos afastamos rapidamente, mas sem desfazer o toque singelo das nossas mãos.
- o quarto serve para algumas coisas. - diz, indo em direção a cozinha. Olho segurando o sorriso para Rafa, que não sabe aonde enfiar a cara.
- deixa que eu resolvo. Me espera no quarto... - beijo seu pescoço, fazendo ela suspirar.
Ando até a cozinha.
- como a senhora está? - pergunto, colocando minha xícara na pia.
- estou bem. - responde, procurando alguma coisa.
- o que está procurando? - pergunto.
- achei. - ela mostra o copo. Enche de água e caminha até a sala. - eu estava esquecendo do meu remédio. - diz, já que observo suas ações.
- isso não pode acontecer. - falo, advertindo ela.
- cala a boca, Gizelly. Eu que sou a sua mãe. - diz, me fazendo sorrir.
- é só tomar o remédio na hora certa que eu não encho o saco. - explico.
- vê se me erra, Gizelly! - fala, resmungando. - vai namorar e para de me incomodar. - passa por mim indo no sentido dos quartos. Concordo sorrindo. Faço o que ela fala, apagando as luzes e indo para o quarto.
- como foi? - Rafa pergunta, deitada na cama.
- ela tinha esquecido do remédio. Não falou nada sobre o que viu, fica tranquila. - conto, tranquilizando-a.
- melhor, já que parece que tivemos um dia de avanço. - fala, aliviada.
- sim. - tiro o blazer e coloco no cabide. Depois a blusa. A calça.
- quer ajuda com o resto? - Rafa vem até mim por cima da cama, me pegando pela cintura e puxando contra seu corpo.
- seria ótimo... - beijo seus lábios, me perdendo no sabor suave mas quente deles. Ela tira minhas roupas íntimas, as únicas que tampavam meu corpo.
- eu acho que você tá com roupa demais. - falo, levantando seu vestido até o quadril.
- eu também! - ela tira o fino tecido que cobria seu corpo com rapidez. Me pega no colo, me fazendo cruzar as pernas em torno da sua cintura. Sou carregada até o banheiro. Sinto minhas costas baterem na parede fria, me fazendo soltar um gemido. Os olhos de Rafa queimando, igual nossos corpos. Os batimentos acelerados e descompassados revelam o tesão que percorre nossos corpos.
- hoje você vai comer na minha mão. - avisa, me largando e ligando o chuveiro despretensiosa. Respiro fundo. Que mulher! Ela começa o banho normalmente, como se nada tivesse acontecido. Sigo o ritmo, já que pelo visto hoje não vou poder fazer nada. - vira! - ordena com a voz no meu ouvido. Viro de costas para ela, que ensaboa minhas costas. Suas mãos percorrem meus ombros, minha lombar, até chegarem na minha cintura. Ela deixa beijos em cada parte das minhas costas, delicadamente. Segura firmemente meu cabelo deixando meu pescoço exposto, onde ela beija suavemente. Meu corpo inteiro arrepia-se. Minhas mãos acariciam seu rosto, aproveitando seu carinho no meu corpo. Suas mãos passam para a parte da frente, ensaboando o vale entre os meus seios. Eles são tocados suavemente, acariciados e apreciados pelas mãos grandes dela. Respiro fundo. Sua boca faz um estrago no meu pescoço. Sua mão desce pela minha barriga até chegar no meio das minhas pernas. Uma sensação inexplicável. Rafaella Kalimann me enlouquece.



~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Voltei! Mais tarde do que o previsto, mas voltei. Desculpa a demora!

Aproveitem o capítulo, já que está tudo muito lindo, tudo muito calmo. Será que vai continuar assim?

Se cuidem e beijos da autora 🧡

Aniversário Onde histórias criam vida. Descubra agora