Alec ainda estava se acostumando a falar de novo após 2 longos anos de silêncio, mas bastou dar um pequeno "Oi" para as professoras Tessa e Sophie, e ele logo começou a ser paparicado por elas.
Jace estava um pouco mais ao lado.
Era hora do intervalo e ele encarava Ragnor Fell sem nem piscar, esperando que ele ficasse verde a qualquer segundo.
Magnus observava tudo de uma curta distância enquanto conversava com Catarina.
- Eu vou solicitar uma reunião com a Rainha. - Ele disse, e Cat ficou tensa.
- Você enlouqueceu? As Fadas te massacrariam assim que passasse pelos portões da Corte.
- Eu tenho que tentar, Catarina. O Alec não está seguro. Aquelas 5 criaturas fugiram, mas fugiram com raiva. A qualquer momento um exército de Unseelies pode aparecer aqui e eu não posso permitir isso.
- Ir até lá é suicídio, Magnus.
- Por favor! Não subestime meus poderes, querida. - Ele disse orgulhoso e olhando diretamente para Alec, mas Cat o conhecia o suficiente para identificar uma pontada de medo em sua voz.
- O que aconteceu com você, meu amigo? Não parece estar pensando duas vezes em se sacrificar por causa dele. Por que o Alec é tão importante assim pra você?
- Talvez seja um imprinting. - Alguém respondeu, e para surpresa dos dois feiticeiros, foi Jace.
O menino tinha se aproximado em algum momento e parecia pensativo.
- Imprinting? - Catarina ecoou. - O que é isso?
- É um negocio que acontece nos filmes do Crepúsculo. Um lobisomem olha pra um humano e se torna ligado à ele sem qualquer explicação. Isso é uma coisa rara, mas a partir daquele momento o lobisomem se dedica completamente a proteger e agradar aquele humano. Não importa a idade. Se for uma criança, ele vai brincar com ela, mas conforme for crescendo, ele vai atendendo todas às necessidades de seu par. Seja como for, eles estarão ligados pra sempre. Talvez funcione com feiticeiros também, porque imprinting é praticamente o que está acontecendo entre você e o Alec.
- Meu Deus! - Catarina murmurou horrorizada. - É isso que estão ensinando nos filmes de hoje em dia? E cadê a censura?
Às vezes era difícil acreditar que tanto Jace quanto Alec tinham apenas 8 anos porque ambos tinham a mentalidade bem mais desenvolvida que as outras crianças do orfanato.
- Mas que grande bobagem! - Magnus disse quase ao mesmo tempo. - Isso aí é só um filme, pestinha. Não existe esse tipo de coisa.
- Bem.... Até pouco tempo eu jurava que não existia monstros e magia. - Jace argumentou com um sorrisinho, e Magnus estreitou os olhos pra ele, mas não disse mais nada.
****
Alguns dias se passaram e Magnus estava lendo um livro diante da janela enquanto Alec dormia na cama com sua vaquinha de pelúcia repousada ao lado.
Desde o ataque na floresta o menino pediu para Magnus ficar, e ele ficou, tornando aquele instituto sua nova moradia.
Ainda não gostava de ver um bando de pestinhas correndo e gritando pelos corredores, por isso deixava a vigilância para Catarina e até Jace durante o dia, mas durante a noite era sempre Magnus que o observava.
Por uma semana não houve grandes problemas. Alec mal se movia durante o sono, apenas soltava ronquinhos fofos de vez em quando, mas naquela sétima noite ele começou a se revirar na cama de repente.
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BE MY VOICE
Fanfiction"Alec Lightwood era um menino feliz e amado. Era jovem mas tinha tudo... até que um acidente o deixou com nada além de marcas, tanto por fora quanto por dentro, e desde aquela noite ele nunca mais falou. Muitos tentaram, mas todos falharam, até que...
