22- Só você

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Alec descobriu naquele momento que amava sentir a pressão do corpo de Magnus em cima do seu.

Amava o cheiro dele, o gosto dele, os toques dele.

Amava ele por inteiro.

As coisas boas e até mesmo as "ruins", como sua teimosia ao pensar demais quando deveria se deixar levar pelos sentimentos.

- Eu te amo. - Alec sussurrou assim que Magnus parou de beijar sua boca e começou a beijar seu pescoço.

Os dois estavam enroscados naquela cama, um emaranhado de braços e pernas, aproveitando aquelas novas e insanas sensações até então desconhecida por ambos.

Para Alec era a primeira vez de todas, mas para Magnus era a primeira vez estando perdidamente apaixonado.

Era tudo tão novo que cada um ainda estava aprendendo os ritmos do outro. Cada olhar e cada toque pareciam um novo território maravilhoso a ser explorado.

Magnus desgrudou a língua da pele sensível na região do pescoço de Alec e o encarou.

O encarou de perto e intensamente.

Seus narizes roçavam um no outro, suas respirações se misturavam e seus corações batiam acelerados nos peitos pressionados.

Há anos Alec percebeu que o coração dos feiticeiros batia de um jeito diferente dos mundanos, e estava acostumado com o ritmo que o de Magnus batia, mas agora parecia tão forte que Alec ficou se perguntando se ele não estava sentindo alguma dor.

Sua concentração estava nisso até que Magnus de repente sorriu e voltou a brincar de passar a língua em seus lábios, fazendo Alec choramingar baixinho e de forma desamparada.

- Eu acho que gosto um pouquinho de você também.

- Um pouquinho, é? - Alec usou o mesmo tom brincalhão de Magnus, e logo o segurou pelos ombros para jogá-lo para o lado sobre o colchão, ficando sentado sobre o quadril dele. - O que eu preciso fazer pra você gostar de mim mais do que "um pouquinho"?

*Você já fez* - Magnus pensou. - *Já fez isso ao aparecer na minha vida com suas bochechinhas rosadas e seus olhinhos esperançosos*

- Basta dizer sim. - Foi o que sussurrou.

- Sim pra quê? - Alec questionou confuso, mas Magnus apenas voltou a beijá-lo com ainda mais ansiedade do que antes, terminando de bagunçar a mente do moreno.

Aquela boca era úmida no ponto certo para estimular seu apetite, e quente no ponto certo para fazer sua temperatura subir como um foguete.

Alec se entregou ao prazer, agradecendo aos céus pela realidade ser ainda melhor do que sua infinidade de sonhos tinha prometido que seria.

Aquele beijo foi mais íntimo do que qualquer um que ele já experimentou com Magnus porque aquele beijo era como fazer amor.

Era quente, sensual e poderoso.

- Eu te quero, Bane. - A voz de Alec saiu irreconhecível. Rouca e suplicante.

Mas para provar que o queria mesmo, Alec ergueu seu corpo lentamente e começou a tirar a própria camiseta.

Magnus acompanhou seus movimentos com um olhar minucioso, e quando não lhe restou nada além da boxer preta, Alec foi jogado de volta no colchão.

Eles rolavam tanto na cama que poderiam cair a qualquer segundo. Mas nenhum deles se importou.

Toda aquela pele à mostra, os músculos definidos nas incontáveis horas de academia e a leve camada de pelos em seu peitoral contribuíram para acabar com o restinho de sanidade do feiticeiro.

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