28- Eu só... te amo

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(eu simplesmente adoro esse capítulo)

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- Amor? Nós já chegamos. - A voz de Magnus ecoou de repente, pertinho do seu ouvido, e Alec despertou dos devaneios para perceber que o carro já estava parado no estacionamento do shopping e Catarina e Jace já tinham saído.

- Desculpe. Eu me distraí.

- No que estava pensando? - Magnus perguntou curioso, tocando com carinho no seu lábio inferior com a pontinha do dedo. - Você estava sorrindo.

- Eu estava pensando naquela vez que Jace e eu ficamos doentes por causa da chuva. Logo que nos mudamos pra cá. Você lembra?

Magnus assentiu devagar, incapaz de esquecer aquilo, mas não estendia porque Alec se lembrou disso agora e nem porque estava sorrindo se foi um acontecimento desesperador.

- Eu achei que era um sonho, mas você cantou pra mim naquela noite.

Não foi uma pergunta, mas Magnus assentiu mesmo assim.

- Eu não sabia que tinha escutado. Também pensei que você estivesse dormindo.

- Acho que eu estava, mas não totalmente porque eu ainda me lembro da sua voz sussurrando: "Me diga quando você estiver pronto. Estou esperando." E eu sei que você ainda não me via como me vê agora, mas os sinais sempre estiveram lá. O amor que sentimos pelo outro só foi se transformando com o tempo. Foi crescendo conforme eu também crescia, e mesmo assim eu nunca acreditei que fosse possível. Eu nunca acreditei que fosse recíproco.

Alec fez uma pausa e segurou a mão de Magnus que estava no seu rosto, acariciando delicadamente.

- Aquela noite foi muito importante pra mim, Mag. Significou muito você ficar acordado só pra garantir que eu estava bem, mas agora eu me sinto ainda mais culpado pela maneira que te tratei desde que você voltou. Dói muito imaginar você sozinho num quarto de hotel. Sem ninguém pra conversar ou pra dizer que tudo ia ficar bem no tempo certo. Eu tinha o Jace, a Cat e a Lydia. Mas e você? Eu me sinto tão mal por...

Magnus o interrompeu com um suave selar de lábios, e quando se afastou, estava com um sorrisinho tranquilo.

- Eu não estava sozinho, meu amor. Já te falei isso. Eu carreguei a sua foto comigo o tempo todo, e cada vez que eu olhava pra ela eu tinha certeza de que ia ficar tudo bem. Mesmo que demorasse, e mesmo que você me não me perdoasse, eu sabia o quanto você era forte e que ia ficar bem.

- Mas como você ia ficar? Parece que você só pensa em mim e esquece de si mesmo. Eu não quero que seja assim, Magnus. Eu quero que você também cuide de si mesmo. Você é o meu coração, e por isso precisa permanecer inteiro. Precisa ser feliz.

- Eu estou feliz agora, Alexander. Muito. E se você quer que eu continue assim é só parar de ficar se culpando por coisas que definitivamente não são sua culpa. Eu não fiquei pensando que estava sozinho num quarto de hotel. Eu fiquei pensando que estava te dando o espaço necessário para organizar os seus pensamentos. Eu também precisei desse tempo. E sim, foi longo e torturante, mas olha onde estamos agora? Juntos no banco de trás de um carro enquanto o seu irmão e a sua mãe estão do lado de fora querendo nos matar por demorar tanto.

Alec riu com a última parte e apoiou a testa no ombro do namorado, sendo imediatamente envolvido pelos braços dele.

- Eu queria te pedir desculpas, mas acho que é melhor prometer que nunca mais farei isso. Nunca mais vou agir como uma criança birrenta e te tratar daquela forma.

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