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Hawkins
1983


Hopper, Nancy, Jonathan, Joyce e eu olhávamos de boca aberta uns caras revistando a casa dos Wheeler. Depois de uma discussão com Nancy querendo ir atrás do irmão por ele poder estar em perigo eu não conseguia pensar em outra coisa além de onde eles iriam.

Aquela garota que estava com eles no dia em que o "corpo" do Will foi encontrado não era prima do Mike coisa alguma mas nunca imaginaria que seria a causa de tanta confusão.

Hawkins era sempre uma cidade tranquila sem muita agitação e agora eu me via dentro de uma viatura com as pessoas mais improváveis desse mundo procurando a gangue do meu irmão.

- Para onde eles iriam — Joyce pergunta para a Wheeler.

- E-eu não sei, eu não falo com Mike faz um tempo e eu...— Diz nervosa.

- Esperem um pouco, eu sei como me comunicar com eles — Chamo a atenção de todos. — Onde está minha mochila?

- No porta malas — Jonathan responde abrindo a porta e saindo do carro.

Meu amigo jogou a mochila para mim e entrou no carro novamente enquanto o mais velho dava partida para longe daqueles homens. 

- Ainda bem que não tirei da mochila — Sorrio vendo o Walkie-talkie que Dustin me deu.

- Sempre anda com isso? — Nancy fala comigo pela primeira vez depois de todo o rolo com Steve.

- Não mas como o universo está ao nosso favor agradeça. — Respondo puxando a antena e equalizando a frequência.

- Podem agilizar? — Hopper pergunta impaciente.

- Dustin? Dustin aqui é a Lilly — Chamo mas recebo silêncio de volta— Dustin Henderson é importante! — mais silencio.

- Por que não estão atendendo? — Joyce diz preocupada olá do para trás.

- Sei que a garota não é prima coisa alguma do Mike, se estiverem aí preciso que responda caramba! — Encaro mais uma vez esperando uma resposta.

- Você precisa dizer câmbio no final Lilly! Câmbio. — Ri aliviada junto aos outros.

(...)

- DUSTIN! — Corri para abraçar meu irmão quando ele passou pela porta junto com os amigos e o xerife. — Você está bem?

- Ah eu to ótimo, essa garota aqui é sinistra sabia? Ela arremessou uma van por cima de nós! — Disse animado e Mike deu uma cotovelada em seu braço.

Todos estaban eufóricos conversando e percebi a garota recuar assustada já que ninguém aprestava atenção nela resolvi me aproximar devagar.

- Oi, eu me chamo Lilly — Me apresentei melhor mas seu rosto continuava sério e assustado — Esses meninos são bem mal educados não? Como conseguiu ficar com eles todo esse tempo?— Ri e vi um pequeno sorriso formar em seu rosto. — Estamos aqui para ajudar Tabom? Como posso chamar você? 

Bem devagar ela estendeu o braço mostrando uma tatuagem com o número onze estampado, minha vida estava tão maluca ultimamente que a primeira coisa que pensei foi porque alguém tatuaria o próprio nome em vez pensar que ela era uma criança tatuada ou que tem o nome de um número.

Todos nos sentamos e ouvimos a detalhada explicação de Mike sobre uma pulga e um acrobata, me lembro de ter ouvido falar de algo assim antes talvez na escola ou em algum filme. Aquilo fazia tanto sentido que me dava um pouco de dor de cabeça de imaginar a imensidão de tudo.

𝕆𝕟𝕖 𝕞𝕠𝕣𝕖 || Steve HarringtonOnde histórias criam vida. Descubra agora