Capitulo 5 - Daydreamer (3:40)

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Valência

Jamais imaginei que criticar os filmes de heróis faria o bad boy de poucas frases se abrir tanto, muito menos que ele diria que gosta de me ouvir falar, isso com certeza amaciou meu ego.
Basil em seu jeito pouco mais à vontade é ainda mais lindo que em seu formato "eu odeio todo mundo", sua expressão é mais suave e relaxada ao meu lado nesse momento.

— Então podemos analisar Joker como filme bom, e ruim...— Começo a dizer depois de finalizarmos as pesquisas.

— E Star Is Born como ruim. — Diz erguendo aquela sobrancelha para mim.

Ele está mesmo me provocando? Sorrio internamente com a possibilidade.

— Não vou fazer nem fodendo, Basil.

— E nem fodendo eu irei fazer uma critica ruim aos Vingadores. — Diz e eu rio.

— Tudo bem, vou propor um meio termo: a barraca do beijo. Que tal?

— Aquele filme adolescente horrível que ainda gastaram para fazer duas sequências piores ainda? Aceito.

Agora sou eu quem ergo uma sobrancelha com um sorriso provocativo.

— Então você assiste filmes adolescentes idiotas, senhor bad boy "só assisto aclamados pela crítica"?

Bas desvia o olhar encarando seu notebook.

— Eu estudo cinema, tenho que estar por dentro e ter minha própria crítica. — Diz sem graça.

Eu deixei mesmo essa cara alto e todo marrento envergonhado? A cada segundo minha autoestima aumenta.

— Está tudo bem, eu também assisto coisas que não gosto apenas para criticar.

— Então assistiu os filmes da marvel? — Questiona voltando a me olhar com aqueles lindos olhos verdes, me causando aquela batida mais rápida no meu coração.

— Culpada. — Levanto minha mão e sorrio.

Ele não sorri, mas seu rosto bem mais leve me diz que poderia.

Porra, eu quero muito saber como é quando ele sorri.

— Podemos nos encontrar amanhã para assisti-los e começar as anotações. — Bas sugere.

— Tenho que ajudar minha amiga Nora no ensaio da peça dela a tarde, sou a figurinista sabe. — Falo organizando minhas coisas sobre a mesa de centro enquanto ele guarda as dele na mochila. — Que tal segunda?

— Trabalho na biblioteca da universidade as segundas e quartas. E amanhã a noite, você pode?

Como dizer que não posso porque tenho uma festa para ir e muito álcool para beber?

— Tenho compromisso, — Digo olhando minhas próprias mãos, porque sem qualquer explicação, é difícil omitir coisas olhando nesse oceano profundo que são os olhos dele. — talvez terça?

— Tudo bem. — Concorda se levantando. — Pode ser as 16h?

— Claro, aqui em casa ou na sua?

Valência Onde histórias criam vida. Descubra agora