Capitulo 15 - Anxiety (3:30)

553 64 7
                                    

Estrelas e comentários fazem a história crescer, se puderem ficarei feliz <3

TW: Este capítulo apresenta cena gráfica de episódio depressivo e leve ideação suicida

Basil

Valey é a primeira garota que fez cada pedaço do meu coração bater de verdade.
Fico ansioso pela hora de vê-la, 5 minutos ao seu lado é capaz de silenciar todos os meus demônios, o sorriso dela...
Por Deus e todos os santos, o sorriso dessa mulher é apenas paralisante de tão perfeito.
E essa é a verdade: Valência paralisa o meu universo.

Meu mundo se destrói a cada noite em que os pesadelos vem, e se reconstrói a cada vez que ela me abraça.
Mas nem tudo é 100% bom, como saber que horas depois do nosso beijo, ela transou com outro cara. Valey é solteira e adoro ver sua liberdade, mas isso não me impediu de sentir algo aqui dentro sendo esmagado.

É um tipo de dor diferente.

Eu estou acostumado com a minha alma quebrada, meu corpo está acostumado a tortura, eu nem sabia que meu coração ainda podia bater tão depressa como acontece com ela por perto...

Mas ninguém me preparou para a dor de me apaixonar e saber que nunca será recíproco.

Estou me acostumando ao fato de não poder tê-la, estou me acostumando com a ideia de que um dia ela irá se apaixonar, namorar, noivar e eu estarei em seu casamento aplaudindo cada passo. E isso é o certo, não é? Um homem como eu jamais estará a altura de alguém tão incrível como Valência Delgado, ela é muito mais do que um sonho.

Porém pensar assim não diminui o bolo instalado na minha garganta.

Agora estou na biblioteca, verificando o livro que Natália está procurando.
Peguei o turno da tarde de sexta além dos outros dois dias, tenho o dinheiro guardado do resultado do nosso trabalho com James Gunn mas prefiro trabalhar mais na biblioteca e ganhar um extra na bolsa.

— O livro está no corredor B, terceira prateleira. — Informo.

— Obrigado Basil. — Agradece e sai andando até onde eu indiquei.

Aproveito o silêncio para tirar da minha mochila "Imagina-me" e tento de algum modo me afundar nas páginas.

"Eu respiro fundo, estremecendo. Tento me recompor. Sinto Aaron pegar minha mão e aperto seus dedos em gratidão. Me firma tê-lo aqui. Saber que ele está ao meu lado. Meu parceiro em tudo."

— Bas...— A voz que estremece todo meu corpo interrompe minha leitura.

— Oi. — Fecho o livro e deixo sobre a mesa.

— Eu quero dizer que não aconteceu do jeito que Alyssa disse, não transei com o cara mesmo que tenha tentado...

— Não precisa se explicar para mim, somos apenas amigos. — Falo sucinto.

— Nossa atração ultrapassa a linha da amizade Basil, não quero que fique pensando besteiras sobre mim, o que fiz ontem foi tentar encontrar alguém que me toque como você tocou, e obviamente não deu certo.

Meu estômago dá um nó e tento conter o sorriso.

— Sinto muito, não quero ser um problema.

Ela atravessa o balcão e segura minha mão com ternura.
Droga ela tem que parar de me olhar assim antes que eu taque o foda-se e a agarre, de novo.

— Você jamais será um problema, é uma merda levarmos sexo de maneiras tão diferentes? Sim. É horrível minha calcinha ficar molhada toda vez que você fala com essa voz rouca? Obviamente, mas nós dois temos traumas que nos levaram até onde estamos, não se desculpe.

Valência Onde histórias criam vida. Descubra agora