Capitulo 10 - Carita de inocente (3:12)

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Valência

Acordar menstruada no dia do aniversário de Bas é uma PORRA.

Passei o fim de semana em Los Angeles conseguindo o presente dele, e bem... consegui.
Hoje eu deveria estar indo para universidade, depois organizaria uma festinha apenas entre nós e cantaríamos parabéns.
Bem, tudo por água abaixo, já que fico praticamente doente quando esse mar vermelho se abre.

O lado positivo? Não estou grávida.
O negativo? Não conseguirei comemorar o aniversário do meu bad boy.

Estou tão frustrada.
Alyssa foi para universidade já fazem horas e eu estou aqui, largada no sofá — sem sorvete porque acabou — enquanto assisto Rubi.
Meu celular apita e estendo meu braço para alcançá-lo, clico pela barra de notificação na mensagem da Basil.

Bad Boy cubano
Você está bem? Alyssa e Nora disseram que não vem hoje.
Eu
Estou naqueles dias, guapo.
Bad boy cubano
Está sentindo dor? Precisa de algo?

Sorrio com sua preocupação.

Eu
Não se preocupe :) sempre fico como doente quando menstruo.
E sinto muito por não te dar parabéns pessoalmente, daqui 3 dias vou compensar com dois presentes.

Bas não visualiza imediatamente.
Mais de 30 minutos depois, outra mensagem chega.

Bad boy cubano
Não tem que se preocupar comigo, Valey.
Você acha mesmo que vou ficar 3 dias sem te ver?
Abra a porta.

Quase corro até a porta, não o vejo à 2 dias e por Deus, não sei explicar porque tanta saudade.
Abro-a encarando meu amigo com sua jaqueta de couro preta, o crucifixo sempre no lugar e a cara de mau que o acompanha, porém ele dá um passo para dentro e abre os braços, num claro convite.
Me lanço nele abraçando sua cintura, seus braços envolvem meus ombros e recosto a cabeça em seu peito. A familiaridade desse abraço me deixa assustada, e o susto é talvez pela paz e segurança que me transmite.

— Senti sua falta nesse fim de semana. — Digo sinceramente.

— Eu também, opala.

Eu levanto meu rosto apoiando o queixo em seu peitoral.

— Esse apelido é novo, o que significa?

Basil desvia o olhar e se afasta, chacoalhando duas sacolas.

Joder, agora estou curiosa.

—Trouxe algumas coisas para você. — Passa por mim e eu fecho a porta.

— Que coisas?

Ele me entrega e eu as abro me deparando com remédios para cólica, absorventes de vários tipos, barras de chocolate da minha marca favorita, um balde sorvete de pistache e uma garrafa de tequila.

— Basil...não precisava. — Meus olhos estão marejados.

Ele se aproxima e escova meus cabelos para trás.

— Você está sofrendo, e eu odeio isso. Só quero te deixar confortável.

Me sinto derreter por dentro.

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