Capítulo 21 - Pretty Please (3:14)

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Valência

Eu havia me esquecido da sensação de ter braços grandes em volta de mim quando acordo, é gostoso mas além de tudo, Bas me transmite paz.
Estou praticamente em um casulo entre seus braços, o que dificulta eu ter alguma vontade de me levantar e arrumar para aula.

Meu celular recomeça a despertar e eu suspiro enquanto tento me desvencilhar com cuidado.

— Vai sair sem me dar bom dia? — Ele diz antes mesmo que eu consiga me afastar.

Encaro seu rosto amassado de sono, os olhos ainda meio fechados e pouco inchados...porra, essa cara pela manhã chega ser ainda mais linda.

— Não queria acordá-lo. — Falo baixinho, nossos rostos estão tão próximos que os narizes se tocam.

— Eu só tirei um cochilo tipo, há meia hora atrás. — seu antebraço se movimenta repousando entre meu ombro e pescoço, a mão se infiltra em meus cabelos acariciando com suavidade.

— Dormiu mal?

— Pesadelos. — Responde.

Assinto sabendo que ele não quer entrar em detalhes ainda.

— Vamos nos atrasar, temos que levantar. — Digo, porém não me movo.

— Sim, temos. — Reafirma e se inclina para beijar a ponta do meu nariz, minha testa, outro beijo em minha bochecha e termina plantando um selinho carinhoso em meus lábios.

Suspiro de olhos fechados e sorrio.

— Preciso tomar banho primeiro, demoro mais que você. — Falo tendo muita dificuldade em me afastar do seu corpo quente e delicioso.

— Você não sabe disso. — Pisca sentando-se no colchão.

Reprimo um gemido ao vê-lo seminu, com o edredom cobrindo parte do seu quadril...
Praticamente corro até o banheiro para não cair na tentação da rapidinha matinal.

§

O carro de Bas estaciona na única vaga livre da Berkeley.
Dou meu último gole no frappuccino com creme de marshmallow que ele comprou para mim no caminho, nos atrasamos demais porque meu digníssimo bad boy demorou o dobro de tempo que eu no banho.
Desço do carro jogando minha mochila no ombro, outro gole na bebida cremosa.

— Hoje seus anéis estão combinando com o piercing. — Diz pegando minha mão e observando os metais de ouro rosê.

— Você repara muito em detalhes. — Constato enquanto nos pomos a caminhar.

— Presto atenção em todos os detalhes sobre você. — Diz fazendo meu bobo coração pular uma batida.

Bas não solta minha mão quando adentramos a universidade e caminhamos pelos armários até encontrar minhas duas melhores amigas conversando.

— Bom dia. — Cumprimento.

— Pelo que vejo, muito bom dia. — Alyssa corresponde num tom sugestivo.

— Eu que o diga, saiu lá pelas 15h da tarde e não voltou mais. — Comento arqueando minhas sobrancelhas.

O sorrisinho em seus lábios acaba por entregar tudo.

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