Capítulo 3 - I Drink Wine ( 6:16)

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Valência

A festa está cheia, mas não lotada.
Na verdade está mais para uma social do que para festa.

— Vou pegar bebida. — Nora diz e sai de perto de nós.

— Nossa não tem ninguém diferente aqui, sinto que conheço todos os rostos. — Falo completamente frustrada.

— Acho que a gente tem que fazer umas amizades com pessoas de outras universidades, as da nossa estão todos batidos. — Alyssa concorda e rouba duas bebidas da mão de um cara.

Ela me entrega uma e dou um gole, o liquido amargo que é cerveja me faz fazer uma careta.

— Eca odeio cerveja.

— Vamos ver se Nora achou algo melhor. — Segurando a mão da minha amiga nós atravessamos a sala até a mesa com bebidas. — Cadê aquela vaca?

Nós passamos a busca-la com o olhar.

— Ali. — Aponto para a cozinha, onde nossa e-girl está com a lingua enfiada na garganta de uma garota aleatória. — Ela sempre nos troca para beijar alguém. —Digo rindo.

— E nós fazemos a mesma coisa. — Aly ri e me entrega outro copo. — Vodka, está melhor que a cerveja.

Nós vamos para a pista improvisada e dançamos um pouco, somos basicamente as únicas fazendo isso já que as outras pessoas estão se pegando pelos cantos da casa, fazendo body shot ou jogando verdade e desafio. Caminho até a mesa dos drinks pegando tequila.

Dou um gole na bebida e claramente Michelle comprou a pior que tinha, não acredito que as pessoas desse país pegaram a melhor bebida do mundo que veio do meu país para fazer essa merda.

— E ai Valey minha gatinha. — A voz de Connor soa atrás de mim, revirando os olhos me viro de frente para ele.

— Odeio que me chame assim. — Falo ríspida.

— Mas você é uma gatinha arisca, algum dia vou te convencer a namorar comigo.— Diz convencido me fazendo gargalhar.

Connor é lindo sim, alto, forte, tem olhos verdes e cabelos castanho claro, seu beijo não é ruim mas o sexo não é dos melhores, a verdade é que só transei com ele uma segunda vez porque estava bêbada e ele me venceu pelo cansaço, em sã consciência jamais repetiria tal insanidade.

Um fato sobre mim é que raramente fico com a mesma pessoa mais de uma ou duas vezes, a maioria dos caras se apegam e eu com certeza não vou namorar na faculdade, não depois de cometer esse erro no ensino médio.

— Você pode com toda certeza tirar essa ideia da sua cabeça, jamais irei namorar você.

Ele leva a mão ao peito e faz uma careta sofrida.

— Essa doeu gatinha. Você gosta tanto de me beijar, transamos mais de uma vez e isso já quebra essas duas regras idiotas.

— Não se engane, você não beija mal mas a segunda transa foi apenas por estar bêbada e você enchendo meu saco, não vai acontecer de novo. — Afirmo e bebo o liquido horrível do copo querendo só fugir dessa maldita conversa.

— Mas nós fodemos tão bem juntos. — Diz com um sorriso malicioso se aproximando da minha boca.

Chegou minha vez de fazer uma careta.

— Não se engane, Connor, existe uma grande diferença entre "sexo" e "foda", o que nós fizemos foi puramente sexo, sem qualquer importância. — Ele recua claramente irritado. — Licença que vou procurar minhas amigas.

Me afasto do chato e vou em busca delas. Avisto Alyssa agarrando Tom do curso de direito, e do outro lado está Nora agora trocando saliva com Ian, um jogador de futebol.

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