Capitulo 32 - Cuz I Love You (2:59)

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Estamos no fim 😭 temos apenas mais 2 capítulos + epílogo + bônus e então os agradecimentos (que espero que não pulem)
Espero que aproveitem, comentem muito e deixem suas estrelas, é de extrema importância para mim...
Uma boa leitura <3




Valência

— Então Basil, acha que pode estar emocionalmente dependente de Valência? — Claire — nossa psicóloga — pergunta ao meu namorado, que está deitado na cama do hospital.

O médico nos disse que em caso de tentativa de suicídio, o hospital precisar acionar uma psicóloga para assistência mental, então liguei para nossa terapeuta e Bas implorou para que eu ficasse.

— O que? É claro que não, eu apenas quis protegê-la.

— Não precisa se envergonhar querido, se for o caso nós podemos tratar isso, passou muitos anos sem ser importante para alguém e é comum que desenvolva dependência emocional agora. — Diz a mulher loira sentada numa das cadeiras do quarto.

— Não estou dependente de Valência, mas quando amo, não amo pouco. Meus sentimentos são intensos, faço tudo pelas pessoas que gosto mesmo que isso me quebre em diversos pedaços, se eu precisar me sacrificar mil vezes para que ela esteja segura, não irei pestanejar. — Responde sinceramente.

— E gostaria que ela fizesse o mesmo por você? — Claire questiona.

— Não. — Nem titubeia.

— E por que não?

Basil abaixa a cabeça parecendo subitamente sem jeito.
Ele torce as mãos no colo, demora vários segundos até responder:

— Não valho tanto a pena.

Meus olhos ardem é um nó se forma em meu estômago.

Como a pessoa mais incrível do mundo pode achar que não vale a pena?

— Amor, você não pode achar que isso é verdade. — Digo entrelaçando nossos dedos.

— O que você pensa é que sua morte seria facilmente superada, mas da sua namorada não?

— Valey é meus braços e pernas, ela é minha alma e meu coração por isso sei que não sobreviveria se algo ruim lhe acontecesse, mas Valência tem uma família e amigos que poderiam fazê-la seguir em frente, verdadeiramente só tenho ela.

— Basil, você precisa parar de ter tanto medo de perder as pessoas e entender que também é uma grande perda, Valey nunca se recuperaria de tal coisa porque nenhum ser humano supera a dor de uma perda, nós apenas convivemos com ela. Me responda uma coisa, sua mãe ter te magoado mudou o fato dela ter deixado um vazio em você?

Bas pensa alguns segundos, depois balança a cabeça de um lado para o outro.

— Queria odiá-la tanto quanto me odiei por não poder salvá-la, por me fazer sentir que não era o suficiente, por dizer "quem deveria ter morrido era você, não seu pai ou seu irmão" quando lhe neguei dinheiro para drogas para comprar comida para casa. — Luto contra as lágrimas, não quero que ele veja o quanto sua dor me dói. — Carrego sua frase como tatuagem na alma, e sempre me questiono se seria diferente, se por acaso...

— Nem termine essa frase, Bas, nada seria diferente porque seus pais também se destruiriam por te perder. — Falo não me aguentando e deitando na cama ao seu lado, sem me importar que nossa psicóloga está bem em nossa frente.

Ele passa o braço por minhas costas aconchegando-me mais.

— Basil você é importante, não apenas para Valey mas também para os amigos que você tem agora, sua vida é tão preciosa quanto a deles, entendeu? — Claire indaga, meu bad boy demora alguns segundos para concordar. — Quero te ver 3 vezes por semana no consultório, e preciso que faça o exercício de todos os dias reconhecer ao menos duas qualidades em você, e também pare para pensar quantas pessoas amam você neste momento...chegou para mim completamente calado, demoramos 5 consultas para você expor completamente seus pensamentos, estamos evoluindo e preciso que reconheça que é um sobrevivente, pode dizer isso?

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