Capítulo 26 - The Few Things (3:31)

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Basil

Deixei Valey dormindo para resolver duas pendências: A nova tatuagem em sua homenagem, e Connor.

Alyssa disse que no dia seguinte ao jogo eles treinam mais cedo, por isso estou andando pelos corredores vazios atrás do filho da puta.
Os santos devem estar ao meu favor, pois vejo Connor sozinho arrumando as coisas em seu armário.

Chego de surpresa, assim que toco em seu ombro e ele se vira, acerto meu punho certeiro e com toda raiva que habita em mim em sua boca vendo ao menos dois dentes voarem.
Não dou tempo de revidar quando soco seu estômago repetidas vezes, o maldito enfraquece e quase cai, mas o firmo segurando seu ombro contra o armário.

— Eu disse para ficar longe da Valência, não disse? — Elevo meu joelho acertando seu saco, Connor geme de dor.

— Pa.ra. — Pede sem fôlego.

— É bom implorar sabendo que ninguém vai te escutar, não é? É fácil atacar uma mulher com histórico de pânico, anda Connor, vem para cima de mim! — Me afasto dando-lhe espaço, mas o desgraçado desliza caindo sentado no chão.

— Vo-cê va-i pagar.

— Estarei esperando, e o que fiz hoje não é nada perto do que posso fazer se cruzar o caminho dela de novo. — Aviso da maneira mais sombria possível, giro sobre meus calcanhares e vou para biblioteca.

Foda-se de quem ele é sobrinho ou filho, ninguém machuca minha mulher e sai ileso.

§

De longe vejo Valey e suas amigas paradas perto da sala que acabaram de sair, temos apenas uma aula juntos hoje, por isso ainda não tínhamos nos visto.
Caminho com Lucas até elas, e assim que minha namorada me vê percebo que está irritada.

todo mundo sabendo que quebraram a cara do Connor, você saiu sem avisar hoje para caçar uma expulsão?

— Bom dia amor...

— Amor é o caralho, você pode ser EXPULSO! — Dá um passo em minha direção. — Eu avisei  que iria denunciá-lo, até conversei com os pais de Aly que fazem parte do conselho, e agora?

Respiro fundo, ela está com medo do que farão comigo.

— Entendo sua preocupação, mas não podia deixá-lo sair disso sem sentir dor, Connor mereceu sofrer.

— Isso vai se virar contra você, o que farei se te botarem para fora daqui?

Seguro sua cintura puxando-a para mim, beijo sua testa e os dedos dela agarram o tecido da minha camisa.

— Lidarei com as consequências de tudo, tudo bem? Jamais deixaria alguém machucar minha mulher e não sair ao menos sem alguns dentes.

Ela me fita com um sorriso lindo derretendo todas as partes do meu coração.

— Sua mulher, é?

— Ainda tinha dúvidas? — Me abaixo um pouco e vejo o exato momento que seus olhos encontra minha nova tatuagem, na lateral do pescoço.

— "Amor", você fez por que te chamei assim ontem? — Pergunta parecendo encantada.

Eu assinto e na mesma hora sou atacado com vários beijos no rosto.

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