Capitulo 18 - Love Is A Game (6:43)

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Basil

Já se passaram duas semanas desde que Valey e eu começamos a ficar.

Depois daquele dia, não transamos de novo durante 5 dias por causa do probleminha dela após a noite tórrida de sexo, porém depois que ela melhorou transamos quase todos os dias.
Gosto de como fodemos, mas gosto ainda mais da intimidade que construímos nos últimos meses. Adoro simplesmente quando ela vem em casa para lermos o mesmo livro, ou quando vou para seu apartamento e assistimos alguma novela, amo cozinhar para ela e amo apenas olhá-la.

Sei que não vai durar, Valência tem a alma livre e não se prende, nem mesmo perguntei se ela está saindo com outra pessoa, mas estaria mentindo se dissesse que não tenho a ínfima esperança de que ela sinta o mesmo.

Uma vez, a pessoa que mais fodeu minha cabeça disse que nunca seria o amor de alguém, porque pessoas como eu nascem apenas para foda, não para um casamento.
E bem, quando te dizem isso milhares de vezes, vocês simplesmente acredita.

Valey ressuscitou minha existência morta, eu a quero em minha vida mesmo que seja apenas como uma amizade, prefiro tê-la dessa maneira do que não ter de jeito nenhum.

Encaro minha nova tatuagem pelo espelho do banheiro.
É a mordida que ela me deu quando eu a estava fodendo, assim que saí da sua casa fui direto ao estúdio e esta é a segunda que faço em homenagem a ela.

E quer saber? Tatuaria meu corpo inteiro para ela.

Ouço baterem na porta, caminho até a entrada e assim que abro, Valey se joga em meu colo enrolando as pernas em minha cintura.
Dou risada sustentando-a colocando as mãos em sua bunda.

— Nos vimos mais cedo e você já está com saudade? — Brinco.

— Sim, e principalmente do seu corpo. — Responde e ataca minha boca.

Correspondo o beijo por pouco tempo, afasto meu rosto e dou alguns passos para fechar a porta, a sustentando com um braço.

— Então você nem vai me pagar um jantar antes? Um vinho? — Pergunto brincando enquanto nos levo para meu quarto.

Valey revira os olhos rindo, tão perfeita.

Você nem bebe, Saint Basil...

— E você fica ainda mais gostosa falando meu primeiro nome, sabia? — Deito-a no colchão e começo distribuir beijos em seu pescoço.

— Eu sei...queria saber por quê se chama "Saint" e não "San ou Santo".

Ergo minha cabeça para fita-la.

— Meus pais planejavam há anos se mudar para os Estados Unidos, acho que eles queriam um primeiro nome para que eu pudesse me enturmar mais fácil, ou para minha vida ser menos difícil como um cubano no país que mais nos odeiam.

— E ficou mais fácil? — Questiona puxando minha camisa para cima.

— Nem fodendo, se os países da América Latina são estereotipados e marginalizados, imagina Cuba que sofre embargos desde a revolução.

— E de qual cidade você é? — Ela traça minhas tatuagens com o indicador.

— Varadero, mas você realmente quer fazer um questionário agora?

Minha cidade espanhola particular ri.

— Não, até porque tenho tempo con...espera, — Franze o cenho parecendo confusa com algo, enquanto olha para meu ombro. — essa tatuagem aqui...parece a mordida que te dei.

Caralho, noós sempre transamos tão afoitos que ela ainda não havia percebido nessas duas semanas, nem o mapa de Valência para dizer a verdade.

— Bom, você tem uma linda mordida e eu pensei: "por que não?".

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