Valência

Capitulo 9 - The Man (3:10)

Valência

Giro o volante do carro de Aly com a mão esquerda enquanto seguro meu milkshake com a outra.
Estou virando para rua de Bas, combinei de vê-lo já que amanhã viajarei para Los Angeles, irei conseguir seu presente de aniversário que é daqui 3 dias.
Ele me confidenciou que não comemorou desde que o pai morreu e isso partiu meu coração, como sua nova melhor amiga me sinto no dever de dar algo especial.

Meu celular notifica uma mensagem dele assim que estaciono em frente ao pequeno prédio.

Bad boy cubano
Estou na academia, entre direto e vire à esquerda.
Eu
Ok

Sugo o canudinho do meu shake enquanto caminho pelo térreo. Viro à esquerda vendo uma grande porta cinza, escuto grunhidos masculinos que assumo ser dele.

Nada me preparou para o que encontro ao cruzar a porta: Basil está sem camisa, o suor está escorrendo por todo seu peitoral sarado e sumindo para dentro de sua calça de moletom preta enquanto seus joelhos estão flexionados e ele faz batida simultânea com duas cordas, seu crucifixo balança com os movimentos. Agora posso ver claramente suas tatuagens, nos dois braços há vários desenhos e palavras, mas não são completamente fechados.  Existe uma tatuagem em cada ombro, algo como cordas enroladas.

Chego mais perto completamente hipnotizada pela cena, Bas finaliza o exercício passando a mão pelo cabelo loiro escuro e suor pingando.

— Não vi que tinha chegado. — Diz.

Acho que esqueci como se fala. De perto posso ver as duas caveiras grandes que enfeitam todo seu peito, o V perfeito das laterais de seu corpo é enfeitado pelos desenhos de um anjo e um pequeno demônio com asas, e terminando de aperfeiçoar seu abdômen, a palavra "CUBAN" em negrito começa em seu terceiro gominho  e finaliza na parte baixa de sua barriga.

Estou salivando.

Ele é a porra do homem mais gostoso que já vi na minha vida.

— Valey? — Chama me despertando do transe.

— Oi? Desculpa...é que...caralho Basil você esconde mesmo tudo isso embaixo de toda aquela roupa?

Seu rosto ganha um tom vermelho e ele desvia o olhar, claramente envergonhado.

— As pessoas reparam muito em minhas tatuagens, não gosto da atenção. — Diz andando até sua camiseta.

— É normal que reparem, você deve ter tido muitas namoradas...

Como se fosse possível, ele enrubesce ainda mais.

— Na verdade, nunca namorei.

Isso não é completamente surpreendente.

— Mas deve ter fodido metade do lugar onde vivia. — Brinco.

— Também não, se pode contar nos dedos de uma mão as garotas que fiquei. — Joga a informação e sai da academia me deixando só.

Tento processar sua fala.

Eu jurava que Basil fodia tanto quanto respirava, agora meu cérebro deu pane total.