Natalie POVNa noite anterior acordei assustada, cochilei mais do que deveria . Despertei por volta das 20hrs da noite e fui correndo pro banheiro, achei que minha banheira estava transbordando água por todo meu banheiro. - Ester deve ter desligado enquanto eu cochilava, pensei - . - Tomei um banho rápido e coloquei uma camisola preta, abri as cortinas da porta que dava pra varanda, tomei um remédio e voltei a dormi de novo.
.....
Acordei me sentindo renovada. – Levantei e fui ao banheiro. Depois de ter tomado um banho, escovei os dentes, passei creme em meu corpo e sequei todo meu cabelo. Fui até meu closet, peguei uma saia vinho, uma blusinha preta de alcinha e um blazer vinho, vesti minha calcinha e todos as peças de roupa e calcei meu scarpan, borrifei um pouco de perfume, - ah que cheiro delicioso - passei um baton de cor rosa nos lábios - hoje vou usar só esse colar, não vou levar a outra pedra comigo, não tem a mínima necessidade de andar com essas duas pedras. Peguei meu colar com a pedra ametrino que meus avós me deram e a outra pedra que estava no outro colar, retirei da minha bolsa e coloquei na caixinhas de jóias e guardei a caixa na gaveta do meu closet. Eu só queria entender porque meus avós depositavam tantas expectativas nessas duas pedras. Não posso negar que quando saí com as duas, uma no pescoço e a outra na minha bolsinha, me senti um pouco diferente, é como se algo em mim gritasse por liberdade, sentir-se toda uma energia boa que elas emanavam.
Desci pra tomar um café rápido com Ester que já estava me esperando com a mesa posta, conversamos um pouco sobre assuntos da minha vida pessoal, recebi várias ligações importantes dos meus clientes e revendedores, e um convite pra ir para a Alemanha para um leilão de diamantes que vai acontecer na casa Christie´s. A casa de pedras preciosas mais séria e importante do país. Depois de ter tomado café, me despedi de Ester, peguei minha bolsa da gucci, meu óculos e sai em direção ao meu carro onde João estava me esperando para me levar pro trabalho.
Quando passamos pelo o portão de casa para a rua, avistei ela, a mulher que me salvou de ser atropelada parada na calçada, e acenando para os táxis que ia passando pela a rua. Vestida em uma camisa branca social e uma saia azul e boina em sua cabeça. Ela parecia impaciente.
Pedi pro João encostar o carro na calçada onde ela estava, abaixei o vidro do carro, perguntei se estava tudo bem e ela disse que nao, disse que estava super atrasada para uma apresentação, então eu ofereci uma carona. Conversamos bastante, nos apresentamos, falamos sobre gosto musicais uma da outra e agradeci por ela ter me salvado. Por várias vezes nossos olhares se encontraram, e fiquei incomodada com o jeito do olhar dela, aqueles olhos me fitavam de um jeito que eu sentia minha pele queimar. - E porque eu estava me sentindo assim? - não conseguia entender -. Ela estava inquieta do meu lado, reparei na aliança que estava no dedo anelar da mão esquerda, na pulseira que estava sobre o pulso, e senti o cheiro do perfume bom que ela usava. Quando meu carro parou na porta da central do corpo de bombeiros, ela me agradeceu, abriu a porta do carro e saiu em direção ao portão principal. Quando olhei pro lado do banco do meu carro onde ela tinha estado sentada, vi a boina azul dela, imediatamente a peguei, saí do carro e gritei. - Ela se virou e veio até onde eu estava parada, eu entreguei a boina, ela me agradeceu e deu um beijo no meu rosto e saiu correndo de volta ao portão. - Um beijo no meu rosto, repeti isso mentalmente -, um beijo que me deixou estática aqui, que me fez gelar, senti minhas bochechas queimarem na hora e meus olhos acompanharem ela até a entrada daquele portão. Saí dos meus pensamentos com João me chamando, e falando que eu ia me atrasar se eu não voltasse pro carro.
Cheguei na empresa e fui direto pra minha sala. Quando estou sentando na cadeira, vejo Jéssica entrar pela a porta sem bater.
*Natalie: Você não tem mais educação? Não sabe bater na porta antes de entrar? - falei olhando pra ela e tirando meu blazer.
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O Poder das Pedras (Natiese)
FanfictionPriscilla Pugliese de 35 anos é uma major da brigada civil dos bombeiros de Teresopolis, casada com Maria Clara, é uma mulher dedicada ao seu trabalho, filhos, e de muita fé. Vive uma crise no seu casamento, crise essa que já dura 3 anos desde a per...