Capítulo - 08

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Priscilla POV.

Conversando com  Paola sobre as regras da central dos bombeiros do Rio, ela me explicava como era as escalas do horário de trabalho dos cadetes e dos superiores. Me sentia nervosa com a minha apresentação, nunca foi meu forte falar publicamente.

Mesas espalhadas por todo o jardim do quartel, comidas e bebidas à vontade, todas as pessoas com seus trajes de galas do corpo de bombeiro, no fundo do jardim, uma banda de MPB tocavam uma música da Ana Carolina. - por um momento minha mente foi nela, Maria Clara. Estava morrendo de saudades dela e dos meus filhos. Queria que toda minha familia estivesse aqui me prestigiando.

*Paola: Priscilla? Você tá me ouvindo? - ouço a Paola me chamar e me tirar dos meus pensamentos.

*Priscilla: Desculpa Paola, não ouvi, estava com a mente longe. Pode repetir por favor?- ela me olhou, me puxou pelo o braço e foi me levando até uma mesa para a gente sentar.

*Paola: Fica aqui e me espera, vou pegar umas bebidas pra gente, você precisar relaxar. - ela saiu em direção a um garçom que passava ali por perto da nossa mesa.

Enquanto Paola não voltava com os drinks. Tirei meu celular do bolso esquerdo da saia e fui verificar se tinha alguma mensagem. - Quando abri o visor do celular, senti a presença de alguém chegar por trás de mim, e falou comigo.

*Homem: Hora, hora, se não é a franguinha Pugliese que está por aqui. - no mesmo momento eu me virei. - Essa   voz era inconfundível, eu conhecia muito bem. Me levantei da cadeira colocando o celular no bolso e ficando de frente pra ele.

*Priscilla: E olha quem eu encontro aqui, o vagabundo, mal caráter do Ian Tavares. - nos encaramos ali, olho a olho.

*Ian Tavares: Olha como você fala comigo. Você sábia que eu me formei e virei capitão, e que no momento eu mando nesse batalhão? - ele falava tentando me intimidar, como ele sempre fazia a uns anos atrás.

*Priscilla: É mesmo Ian? Mas deixa eu te falar, eu falo do jeito que eu quiser e outra, uma farda não te faz ser alguém melhor e nem vai fazer você mudar o seu  caráter de merda. - Vi ele fechar o punho com toda força, e me olhar com fúria. Nesse mesmo momento Paola chegou com os drinks na mão e colocou em cima da mesa.

*Paola: O que tá acontecendo aqui? - ela perguntou entrando no meio de nós dois.

*Ian Tavares: Não se mete! - ele empurra ela que se desequilibra e cai no chão. -rapidamente dou a mão pra ela e pergunto se ela está bem. Ela assente me afirmando que sim. Volto a minha atenção de novo para o babaca do Ian, que fica rindo.

*Priscilla: Você nunca vai aprender a tratar bem uma mulher ? - falo encarando ele quase cuspindo na cara dele.

*Ian Tavares: Ah qual é Pugliese. A defensora das mulheres. - falou ironizando. Você continua do mesmo jeito, nao muda com essa mania de defender putas, igual quando você defendeu a puta da Maria Cla.... - Eu não esperei ele terminar de falar, dei um soco na cara dele que vi ele se virar pro lado.

*Priscilla: LAVA TUA BOCA PRA FALAR DA MINHA MULHER, -  falei gritando. E ver se aprende a respeitar as outras mulheres também, seu otario! - ele levou a mão até a boca limpando os resquícios de sangue e veio com tudo pra cima de mim. Mas os cadetes que estavam por perto seguraram ele. Como o som da banda estava um pouco alto, algumas pessoas não conseguiram ouvir a nossa discussão.

Paola pegou no meu braço e saiu me puxando dali e me levando pra uma mesa mais afastada. Mas ainda ouvi ele esbravejar.

*Ian Tavares: VAI TER VOLTA PUGLIESE, ESSE SOCO NÃO VAI FICAR ASSIM.

O Poder das Pedras (Natiese)Onde histórias criam vida. Descubra agora