Prólogo

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VOCÊS ESTÃO PRONTOS? EU ACHO QUE NÃO!

Que saudade deles!


LEIAM O QUE EU FALEI NO FINAL DO CAPÍTULO!

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Toronto, Canadá

Algum momento do futuro...

Corri para a cozinha, abrindo a última gaveta do armário direito, agradecendo por Shawn ainda ter deixado algumas coisas desde a última vez. 

Peguei a arma de dentro da gaveta, vendo se o cartucho estava carregado e, quando constatei que sim, carreguei a arma, segurando uma faca entre os dentes, correndo para a parte de trás da escada assim que ouvi os passos na varanda da entrada da casa. 

Soltei um gemido baixo, olhando para a perna machucada. Coloquei o canivete no bolso da calça, respirando fundo várias vezes. Não era hora para vacilar.

A maçaneta da porta girando me fez segurar a arma com mais firmeza, os olhos presos na sombra aparente pela fresta. 

Iam entrar a qualquer momento e, por Deus, eu rezava para que fossem poucos deles. 

A porta se abriu e o homem entrou, sozinho. Fiquei de pé, sufocando um gemido, apontando a arma para ele. 

Minha respiração estava acelerada, assim como a do homem na minha frente. Shawn levantou as duas mãos, chutando a porta para fechá-la.

Ficamos em silêncio por vários minutos, apenas um olhando ao outro, a  tensão constante entre nós sendo quase sufocante.

Ele deu um passo à frente, mas o movimento do meu dedo engatilhando a arma o fez parar. Seus olhos não deixavam o meu, como se quisessem analisar minha determinação. 

— Não se mova. — falei.

— Você não vai atirar. — Ele disse, dando um passo à frente.

Eu disse pra não se mover! — exclamei, minha voz saindo trêmula e mais rouca que o normal.

Shawn olhou para minhas mãos, que tremiam violentamente e, em seguida, para a perna engessada. Quase conseguia ver as engrenagens em sua cabeça, pensando, planejando.

— Nós dois sabemos que você não vai fazer isso. — reforçou.

Ergui o queixo.

— Por que você está parado, então? — murmurei, apertando a arma com mais força nas minhas mãos.

Ele endireitou o corpo, os braços ainda levantados e avançou. Três passos. Foi o que bastou para que eu puxasse o gatilho.

O som forte do tiro foi ouvido e tudo ao meu redor pareceu ter sumido. 

Shawn me encarou, os olhos surpresos, as sobrancelhas erguidas. 

Minhas mãos tremeram mais violentamente quando a realização de que, sim, eu havia puxado o gatilho, caiu sobre mim. Meus olhos se encheram de lágrimas e um bolo se formou em minha garganta, mas me forcei a engoli-lo. Não era o momento para isso.

Nós dois encaramos o buraco na madeira do piso, poucos centímetros de distância do seu pé. 

Ele tinha razão. Eu jamais conseguiria atirar. 

Ter puxado o gatilho em sua direção, mesmo que não fosse acerta-lo... Apenas o fato de estar apontando uma arma para ele doía como o inferno. 

E Shawn sabia disso, porque voltou a vir em minha direção, mais rápido, mais seguro que antes. Não tive tempo para reagir: ele tomou a arma da minha mão, segurando meus braços com firmeza, o corpo inclinado na direção do meu.

Contive a vontade de fechar os olhos quando sua respiração bateu em meu rosto, quando seu perfume pareceu inundar o ar ao nosso redor. Tentei não vacilar, manter os olhos fixos nos dele com a mesma frieza que Shawn me encarava.

Ignorei o fato de que tremia, pequena, nos braços daquele homem muito maior que eu. Também tentei não pensar que estava à sua mercê e este pensamento não me passava a mesma segurança de antes.

Shawn, tomou a arma da minha mão, se inclinando para frente para colocar na mesa da cozinha e eu suguei o ar violentamente quando nossos narizes se tocaram. Ele me encarou, notando minha reação, os olhos ferozes parecendo ler cada parte minha.

Chegando mais perto, a boca quase tocando a minha, sussurrou:

Eu disse que você não tinha coragem.

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HAHAHAHA

Não estão entendendo nada? Foi a intenção! Mas têm alguma teoria?

Capítulo um vai ser postado mais tarde.

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