Capítulo 14

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E vem aí o capítulo que vão me xingar...

Comentem muito, por favor!

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Shawn colocou uma pequena bolsa na mala do carro enquanto eu o esperava no banco de passageiro.

Soltei o ar pela boca, fechando os olhos.

Ele ia matar alguém. E eu iria junto.

Queria vomitar.

Ainda assim, era mais seguro do que ficar naquela casa com Thomas.

Já havia visto Shawn em ação, ele era discreto, não chamava atenção e, pelo que havia me contado, as poucas vezes que esteve em risco foram situações específicas. A não ser quando era comigo, mas, nessa situação, estavam atrás de mim e, agora, não saberiam que eu estaria lá.

Nada ia acontecer.

Nada ia acontecer.

Nada ia acontecer.

Shawn entrou no carro, dando partida, aparentemente, parecendo neutro e inexpressivo como sempre.

Mas notei a tensão em seus ombros, o leve franzir das sobrancelhas e a forma como apertava o volante entre os dedos.

Ele também estava nervoso.

O silêncio entre nós apenas serviu para aumentar o clima tenso e desconfortável que se perdurou até que chegamos a um hotel. Shawn estacionou na entrada, saindo e dando a volta no carro para abrir a porta para mim.

Ele segurou em minha mão, ajudando-me a descer antes de segurar na minha cintura, entregando a chave para um funcionário.

Percebendo minha confusão pela forma diferente de agir, disse:

- Cadastrei nós dois no hotel como casados. - Me puxou para mais perto quando passamos por um grupo mais cheio de pessoas na recepção, antes de caminharmos para o elevador. - Para o caso de irem atrás de informações quando sairmos de lá. E devemos agir como tal em público.

A portas do elevador se fecharam, deixando nós dois a sós. O espaço fechado e pequeno, sua mão na minha cintura, fizeram eu me sentir esnclausurada, de uma forma que, em outra época, seria boa, mas agora, só me fazia chorar por não conseguir o que queria.

A portas da caixa de metal se abriram e Shawn e eu rumamos em direção à entrada de um dos quartos do corredor. Ele passou o cartão pela porta, abrindo-a e entrando no quarto espaçoso.

Caminhei, observando que as malas já estavam no quarto, provavelmente deixadas rapidamente pelos funcionários. Olhei ao redor, vendo que tinha uma mini sala de estar, com sofás, televisão, frigobar, uma mesa de centro e alguns móveis espalhados. Depois de um arco largo, vinha o quarto, com uma cama grande, uma porta transparente que dava para um armário de colocar roupas, bem como uma janela com vista para a rua. Além de outra porta que provavelmente dava para o banheiro. Tudo tinha tons em creme e marrom e era bem sofisticado de uma forma simples e neutra.

Sentei-me na cama - que, atualmente, era a melhor amiga dos meus pés doloridos -, tirando os tênis com dificuldade e alongando os pés.

Caramba, era não difícil me agachar e eu nem tinha feito seis meses ainda. Minha barriga não estava grande de forma exagerada, era proporcional aos cinco meses e até um pouco menor, mas, ainda assim, limitava os movimentos, fora toda a mudança do meu corpo e imagino como ficaria à medida em que fosse me aproximando mais dos nove meses.

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