Capítulo 6

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Então, planejo fazer esse livro ser menor, então não se assustem se as coisas foram acontecendo muito rápido.

E eu também quero mostrar um lado mais "independente" da Camila, mostrar que não é só o Shawn que resolve e pensa em tudo, que eles são um time onde um precisa e salva o outro em diversos momentos.
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— Descobriu alguma coisa? — perguntei, vendo Shawn entrar no quarto.

— Não. Ele continua com a mesma história: os Cabello estão atrás de nós. Não diz nomes ou qualquer coisa do tipo.

Umedeci os lábios.

— Ele está tentando nos enrolar, Shawn.

— Eu sei, mas o que ele quer ganhar com isso? E por que só agora?

Balancei a cabeça.

— Não sei, mas... Sinto que ele está fechando uma cerca ao nosso redor, Shawn, já faz uma semana que você está aqui, fingindo se aproximar dele, cair nesse papo de família e até agora nada. Sinto... Como era quando eu estive com Miguel, armar tudo, para depois acabar comigo.

Ele me encarou, a conclusão clara em seus olhos sendo a mesma que a minha.

— Temos que sair daqui.

Assenti.

— Mas como? Estamos presos aqui. — Fiquei de pé. — Se tentarmos sair vão ver e não sei se vão atacar, Shawn, esse é pior. Antes, sabíamos que queriam nos matar, mas agora? Ficar no escuro, sem saber o que está acontecendo? É horrível!

Talvez ele tenha percebido que eu estava começando a deixar as emoções tomarem conta de mim, porque se aproximou, segurando-me pelos ombros.

— Ei. Vamos dar um jeito, Camila. — Tocou meu rosto. — Você precisa se acalmar.

Infelizmente, estava além do meu controle.

— É só que... Não quero passar por aquilo de novo. — Pisquei, os olhos se enchendo de lágrimas. Estava exausta e algo me dizia que nem havia começado. — Especialmente agora.

Shawn me segurou contra si. Ele não era muito de abraçar antes, mas acabou se tornando um hábito, especialmente quando eu era grudenta.

— Não vou deixar nada acontecer com vocês, Camila. — murmurou — Você, minha irmã e meu sobrinho são tudo o que eu tenho.

— Shawn, eu... — Funguei, as palavras se perdendo na minha boca.

— O quê?

Balancei a cabeça, sentindo como se um bolo se formasse em minha garganta, como se, finalmente, a realização de que tudo estava se repetindo tivesse caído sobre mim e que agora eu tinha muita coisa a perder.

— Eu... — Tentei falar, mas não consegui, ainda que quisesse mais que tudo. Apertei seu corpo contra o meu, com medo, medo de perdê-lo.

— Olhe, Thomas quer sair comigo e com Aaliyah amanhã pela manhã. Vamos tentar dar um jeito de despistá-lo enquanto voltamos para cá. — Olhei em sua direção. — Vou trazer Monstro para a casa antes de sair, deixe tudo pronto, quando chegarmos, vamos sair daqui.

Assenti, respirando fundo, sabendo que precisava me recompor.

Não havia espaço para choro e desespero.

— Tudo bem. — Afastei o cabelo do rosto.

— Agora vamos deitar. — Me puxou em direção à cama.

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