Alexander Lightwood sempre foi um homem controlador e que seguia regras, fosse da vida pessoal ou profissional. Se fechou para relacionamentos duradouros e apenas focou em seu trabalho que era salvar vidas, se tornando um dos melhores bombeiros e, f...
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Pov Alec
O dia mal tinha começado e eu já estava na minha quinta dose de café.
Já fazia uma semana desde que Magnus ficou mal porque a ocorrência o trouxe alguns sentimentos passados.
Eu percebi que desde aquele dia as coisas entre nós mudaram muito.
Não sei exatamente o que houve, se foram os conselhos que disse para ele sobre nossa profissão, ou se foi pelo fato de eu ter presenciado ele passando por um momento frágil do passado dele. Mas eu poderia dizer, com certeza, que nos tornamos amigos.
Ele já não me evitava mais como antes, ou saia de um lugar quando eu entrava. Pelo contrário, quando tudo estava calmo ele até me procurava para conversar, o que eu disse que ele poderia fazer e estava contente por isso.
Estava conhecendo uma versão diferente de Magnus Bane, uma versão que só o deixava incrivelmente mais atraente e fazendo com que eu quisesse cada vez mais estar do lado dele e conhecê-lo mais um pouco.
Isso deveria me deixar feliz. Magnus feliz e relaxado é com certeza sua melhor versão, mas na verdade, isso estava me deixando cada vez mais louco, porque eu estava gostando mais do que deveria de vê-lo assim.
Às vezes queria me desfazer de todo o trabalho ou qualquer responsabilidade e poder ficar trancado em um cômodo com ele só ouvindo sua voz rouca e calma, contando como foi seu dia e qualquer besteira que ele quisesse falar.
Isso estava me destruindo porque eu queria virá-lo do avesso e conhecer cada maldita parte dele. Sentir seu beijo, seu toque e seu corpo. Como foi naquele dia que nós nos conhecemos naquela boate.
Eu já estava em uma fase que não tinha como eu negar o quanto eu quero esse garoto pra mim, e que por uma atitude idiota eu não o teria mais. Eu nunca me arrependi tanto de algo quanto daquele dia no banheiro, esse dia ainda rondava minha mente.
Não que as coisas seriam tão diferentes se eu não tivesse feito isso naquele dia, apesar de eu me arrepender de tê-lo tratado daquela forma - até porque eu quem dei o primeiro passo - eu ainda sinto que foi a coisa certa a ser feito.
Magnus ainda é um dos meus bombeiros, eu ainda sou seu chefe e ele ainda é filho do comandante. Não é como se isso fosse mudar, mesmo que eu quisesse mais que tudo, eu não poderia ter um relacionamento com ele, não seria certo e não daria certo.
Outro arrependimento que tenho pensado muito foi em ter pensado e afirmado com certeza que Imasu ser transferido e não ter subido de cargo foi culpa de Magnus.
Pelo pouco da conversa que peguei de Magnus com Asmodeus na última vez que fui até seu escritório, Magnus tem feito terapias por causa "dele". E eu sentia que esse "ele" que Magnus afirmou ter superado era Imasu, e eu queria tanto saber o que tinha acontecido pra ele chegar ao ponto de fazer terapias por conta disso.
