Estrelas adolescentes

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Voltamos com "Um Novo Amanhecer" e neste capítulo, será que dois personagens bem específicos finalmente vão se entender?

Para bom entendedor...

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Inicialmente, a mudança de planos de Henrique Vilas Bôas foi recebida por Leonardo com alguma surpresa: em tese, era para o advogado e seu grupo prepararem uma armadilha contra o padrasto de Tainá e pai biológico de Anderson – porém, Henrique informara a Léo que a ideia agora era esperar William aparecer nos lugares onde tanto Tainá quanto Anderson circulavam.

- Isso não é pior?

- Pode parecer problemático, mas consideramos mais seguro.

- Como é mais segura a ideia de deixar minha namorada e meu cunhado, que também é meu aluno, ficarem à mercê de um psicopata porque vocês querem pegar o cara no meio da rua?

- Calma! - Henrique ergueu as duas mãos com a palma virada para a frente do amigo, mexendo as na direção de Leonardo. - Eu sei que você está chateado, eu sei que você está nervoso, mas a ideia foi muito boa. Tainá e Anderson não vão ficar sozinhos; meus amigos, e provavelmente seguranças que você vai contratar por conta de tio Alberto, farão todo o trabalho. Não se preocupe com isso, está tudo bem amarrado.

Aparentemente, Alberto Cavalcanti de Menezes concordou com o ponto apresentado por Henrique.

- Pai, tem certeza de que isso vai dar certo?

O professor conversava com Alberto, os dois juntos caminhando na beira da longa piscina na mansão, e Leonardo parecia bem nervoso. Ele oscilava entre levar as mãos ao bolso da calça jeans e ajeitar o óculos com armação de aviador. Alberto percebia a tensão na postura do filho, ao mesmo tempo que tentava acalmá-lo com palavras. Ele também buscava as sugestões que pudessem ajudá-lo a finalmente colocar o bandido na prisão de uma vez.

Ele entendeu e ouviu a história de Tainá, e de alguma forma ele se lembrou do passado do próprio filho, que antes de ser adotado por Alberto e Mariana, vivera por anos no orfanato, mas antes passara por uma rotina muito triste de agressões e abusos na casa dos pais biológicos.

- Você sabe, que se dependesse de mim, os seus pais biológicos já estariam a sete palmos da terra... Foi sua mãe quem optou por uma solução dentro da lei, cadeia. Entendo perfeitamente a sua tensão, meu filho. - colocou a mão no ombro do rapaz, que o olhou, e Alberto percebeu os olhos marejados de Leonardo. - Eu sei que você queria que resolvesse logo tudo isso... mas Henrique está certo. Este homem é matreiro e esperto. Ele já deve ter notado que Tainá e Anderson não estão mais na casa, e tenho certeza que ele já sabe onde ela trabalha e ele estuda. Então é melhor pegá-lo com uma armadilha mais elaborada.

- O meu medo, pai, é que mesmo com a armadilha preparada... Não funcione, e ele consiga pegar Tainá e De-

- Não pense negativamente... Eu vou colocar alguns seguranças meus para serviço extra. Um segundo grupo, à paisana, caso dê algum problema com o plano. Tainá e Anderson são sua família. E ninguém tenta ferir um Cavalcante de Menezes e sai impune disso.


Era estranho para Tainá ficar acostumada ao conforto e ao luxo representado por uma vida na mansão Cavalcante de Menezes. Porém, seu orgulho não a levaria a lugar algum. A prioridade da jovem era o irmão, e tudo o que ela pudesse fazer para que Anderson fosse protegido da sanha de William.

- Você não precisa se preocupar com nada, meu amor... - comentou Léo, enquanto abraçava a jovem, os dois juntos na cama pertencente ao professor. Não era incomum ficarem no quarto dele, mesmo Tainá um tanto encabulada em demonstrar e ações românticas diante dos pais do namorado. Mas Leonardo acalmou as tensões da atendente de call center:

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