Parte 7 - Um Fim de Semana Qualquer

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-> (Sam Smith - Stay With Me. http://youtu.be/pB-5XG-DbAA)

SÁBADO - MANHÃ

Lucas desceu do ônibus na dúvida se era o ponto certo. Ele olhou para os prédios ao seu redor e encontrou aquele prédio de cor vermelho meio terra, era um prédio de 10 andares, era ali que ele tinha deixado Marcela naquele dia. Lembrava dela dizendo que morava no 801, lhe dando mais um beijo na boca e entrando no prédio sem olhar para trás. Lucas tentava mais uma vez entender porque estava ali naquela manhã de sábado, mas ele sabia que não ia conseguir entender, ele só precisava falar um pouco com ela, ouvir um pouco sua voz, a voz que ficou silenciosa pra ele durante toda semana. Lucas respirou fundo, atravessou a rua e o porteiro logo o abordou.

- Porteiro: Bom dia, posso ajuda-lo?

- Lucas: Oi, bom dia. Eu sou amigo da Marcela, estudo na mesma escola dela. Eu gostaria de saber se ela está em casa?

- P: Olha rapaz, eu não conheço você, por isso não posso te dar esse tipo de informação. Você sabe qual o apartamento dela?

- L: Sei sim...

- P: Então toca o interfone, se ela atender, é porque está em casa... (O porteiro deu uma piscadinha para Lucas, parecia que o porteiro o conhecia e queria de alguma forma poder ajudar)

Lucas então se dirigiu ao interfone, digitou play e depois o 8, o 0 e por último o 1. Chamou, chamou mais uma vez, Lucas percebeu suas mãos suando, mais uma chamada, Lucas esfregava suas mãos uma na outra, mais um toque, a ansiedade o dominava, mais um toque, Lucas percebeu que talvez a ideia tenha sido idiota, mais um toque, ele começava a olhar pra rua, mais um toque, Lucas inclinou seu corpo em direção a rua, mais um toque, começou a descer as escadas indo embora...

[- Marcela: Oi?!]

Lucas encarou o interfone, não sabia se respondia ou ficava quieto, de repente estava inseguro.

[- Marcela: Tem alguém aí? Oi?!]

- Lucas: Oi...

[- M: Quem é?]

- L: Oi Marcela... é... sou eu... Lucas...

[- M: Lucas?] (na mesma hora Lucas ficou triste, sentiu seu coração amassado, era óbvio, nada daquilo significou nada, ela nem lembrava dele)

- L: É... Lucas... mas... deixa. Desculpa incomodar. (Lucas mais uma vez virava o seu corpo em direção a rua)

[- M: Espera! Por favor... espera...]

Lucas parou na escada, virou a cabeça para trás, encarou mais uma vez o interfone e esperou.

[- M: Sobe... Precisamos conversar...]

- L: Tem certeza?

[- M: Tenho. Sobre.]

Lucas entrou no prédio, suas mãos começaram a suar novamente. Apertou o botão 8 do elevador e ficou montando a conversa na sua cabeça, pensava no que iria dizer, imaginava qual seria a resposta, começou a ficar nervoso, ansioso. A porta do elevador abriu, Lucas parecia sem ar, pensava se não deveria simplesmente ficar no elevador e ir embora. Quando de repente ele vê uma sombra se aproximar do elevador, seu estômago embrulha, mas não adianta ficar nervoso, era inevitável, a sombra iria o alcançar.

- Marcela: Você vai ficar aí no elevador?

Lucas olhou para ela, Marcela estava deslumbrante, linda como sempre, ainda vestindo um shortinho bem curtinho de pijama que deixava as poupinhas de sua bunda aparecendo, uma blusinha fina, que a deixava com um ar de confortável. Marcela pegou a mão de Lucas e o tirou do elevador e ia o levando até a porta do seu apartamento. Quando estavam quase entrando.

Segunda DançaOnde histórias criam vida. Descubra agora