8- Desespero

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Após falar com Bucky o foco de Steve é de chegar em sua casa, os palavrões das pessoas que esbarrava enquanto descia a escadaria do metrô não tinha importância e tudo que ele queria era entrar no vagão e seguir para ver seus filhos, queria ser a pessoa a conversar com eles e explicar o que iria acontecer, queria olhar nos olhos deles e poder beijá-los até o momento que precisaria entregá-los.

Seu coração estava tão apertado, angustiado com a idéia da separação dos filhos, não sabia o que esperar dos dias em que estaria sem eles, e nem quando os veria, muito menos sabia o que seria do processo e tudo isso o afligia a ponto de tremer conforme o desespero o tomava. Quando o vagão do trem esta a sua frente, ele empurra-se entre as pessoas para entrar no mesmo e mantém-se de pé aflito demais para sentar em um dos assentos, e torce para que imediatamente o mesmo deixasse aquela estação e o levasse aos seus filhos.

Estava tão bravo com a pessoa que decidiu entregar a guarda dos seus filhos para Natasha, depois de tudo o que havia sido dito na audiência, achava um absurdo alguém ter optado por ceder a ela a guarda de duas crianças as quais não havia conhecimento ou grandes ligações entre ambos. Não conseguia entender como depois de tudo que foi dito e entendido na audiência, ele acabara perdendo algo que até então era dele, como a guarda dos filhos, ele não sabia como viveria, mesmo que por alguns dias longe dos seus bebes, pretendia recorrer a decisão, mas não tinha a mínima idéia de como seria após entregar seus filhos.

Queria poder gritar e soltar todos os palavrões existentes na face da terra, queria poder gritar com a pessoa que tomou esta decisão, queria poder gritar com Natasha e a família dela, queria poder gritar e soltar toda a raiva que sentia com todos os envolvidos neste descaso. Não conseguia entender em que momentos sua vida desandou desta forma, estava tudo bem e estava feliz com os filhos, vivendo a vida deles e do nada Natasha surge como um furacão e tornou tudo do avesso, a ponto de colocá-lo neste estado de nervos.

Já havia perdido as contas de quantas vezes havia olhado o relógio em seu pulso, contando o tempo enquanto sentia o vagão mover-se entre o subterrâneo da cidade. Cada segundo que passava o deixava ainda mais desesperado, e cada estação que o trem parava o desespero crescia mais e mais, tomando conta de todo o seu ser.

....

Bucky nem conseguia acreditar em tudo que estava a ocorrer, não entendia como o amigo perdera desta forma, e além de indignado com o resultado, estava revoltado de uma forma que queria bater em alguém. Quando falara com Steve conseguiu sentir o desespero do amigo, a urgência dele em chegar e ver os filhos, e prometera que não deixaria que levassem seus afilhados sem que Steve estivesse presente no momento.

Então correu o mais depressa até a casa do amigo, e ao chegar tocou incansavelmente a campainha, sendo recebido de péssimo humor por Bobby que o xingava por sua falta de paciência.

- Eu diria onde enfiar este dedo.. - Começa Bobby, mas o moreno o interrompe também impaciente.

- Sem tempo para seu péssimo humor velhinho, Steve ligou e esta encrencado.

Ele o responde a entrar na casa e fecha a porta em uma batida surda, a imagem de Eleanor e Luke ambos em volta da mesinha da sala logo é captada por seus olhos nervosos, e ao aproximar-se nota ambos a brincarem com um quebra cabeça infantil.

- Vai tirar a mãe da forca Bucky? - Wanda questiona deitada no sofá a passar os canais de televisão com o controle.

- Ele perdeu.

É tudo que o mesmo consegue dizer, mas é mais que suficiente para ambos os adultos no cômodo compreenderem sua fala, esperavam por uma resposta a dias. Em um pulo Wanda estava ajoelhada entre os sobrinhos, agarrando-se a ambos enquanto mirava o moreno, visivelmente angustiada com a idéia de perder os dois.

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