11- Decisão!

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Natasha observa a filha deitadinha no sofá agarrada a mantinha infantil e ao unicórnio, abatida após dois dias de uma febre que não passava, já havia a levado ao hospital novamente, não foi constatada nenhuma infecção, ou inflamação para estar gerando esta febre, e a perda de apetite. Somente foi feita medicação e quando medicada diminuía, mas quando o efeito passava, o corpo da garotinha tornava a esquentar. Nat já estava angustiada em ver Eleanor daquela forma, ela nem demonstrava ânimo para assistir, estava mais abatida que no primeiro dia.

- Oi querida, ainda esta com a cabeça a doer?

Ela questiona a aproximar-se e Nell confirma levemente. Ao tocar a testa da garotinha, sente a pele quentinha sob sua mão, como tem estado nos últimos dias desde que estiveram no hospital de madrugada, e preocupada ela suspira a sentir-se péssima em ver a garotinha naquela situação.

- Que tal levantar um pouquinho, ir pegar um pouco de sol? Seu irmão esta aproveitando e brincando no jardim.

- Não. -- Nell responde a fechar os olhos, visivelmente sonolenta.

- Que tal um lanchinho gostoso?

- Não. -- ela novamente nega.

O apetite da garotinha havia diminuído, e quando ela comia um pouco mais, acaba por colocar tudo para fora, então estava a beliscar as coisas quando a fome estava gritante. Nada do que Natasha tentava estava dando certo, levou ao médico, sem resultados que pudessem de fato ajudar, tentou comidas diferentes para estimular a fome da garotinha e não funcionou bem, tentou animá-la e também não deu certo, e lhe deixava apreensiva ver a filha daquela forma.

Queria poder tirar o que a fazia mal, tirar da filha o que estava a adoecendo, e colocar em si caso necessário, mas não agüentava mais ver a garotinha tão abatida como estava. A situação de Nell, somada a distancia que a duplinha impôs contra ela, estava deixando Natasha péssima, já havia perdido a conta de quantas vezes havia engolido o choro ou acabou de fato a chorar nos últimos três dias.Tudo que ela queria era um sinal de que as coisas poderiam melhorar entre ela e os filhos, qualquer faísca de esperança, para agüentar toda essa raiva e distância que havia entre eles.

- Você precisa reagir Nell.

- Eu quero ficar quietinha. - a garota responde ainda de olhos fechados e respira profundamente, a deixar a mãe ainda mais preocupada.

Natasha sentia-se tão perdida, era a primeira vez que precisava lidar com um filho doente, e o fato de Nell estar erguendo cada vez mais o muro entre elas, tornava mais difícil que a ruiva cuidasse da garotinha, não que ela soubesse exatamente o que fazer, mas a menina não estava facilitando em nada a sua experiência.

- Não deixa ele sentar aqui. - Nell exclama ao ver Anton passar pela sala.

- É a minha casa, sabia disso garotinha? - ele questiona a sorrir.

- Engole a sua casa, seu chato, eu nem gosto daqui. - Nell responde a dar língua para o mesmo e Natasha observa sem repreender a filha.

- Não gosta? - Anton questiona e Nell nega.

- Não gosto dessa casa, e nem gosto de você, quando for natal não vou pedir nada para você ao papai Noel, na verdade vou falar a ele para não te dar nada, pessoas malvadas não merecem presentes do papai Noel. - Nell fala seriamente, e Natasha sorri com a inocência e ainda assim a inteligência da filha.

- Papai Noel não existe. - Anton responde a dar de ombros e a garotinha o encara seriamente.

- Existe sim, você que nunca mereceu presente dele, haha. - ela rebate a zombar dele, e Natasha acaba por rir enquanto ele a encara indignado por segundo antes de voltar sua atenção a garotinha, voltando a afirmar que papai Noel não existia. - Existe, eu escrevo para ele e envio a cartinha nos pufalopes lá no norte do pólo.

- Pufa o que?

Natasha questiona a filha, deixando de rir e a garotinha a encara.

- É aquele negocinho de colocar cartas, pufalopes. - a garotinha responde a explicá-la.

- Envelopes.

Natasha corrige e a garotinha nega, voltando a ignorá-la, e exclama em baixo e perfeito tom "Pufalopes" e enfia os dedos nas orelhas, ignorando o que Anton falava sobre ela já ter idade para falar corretamente. Enquanto isso Luke estava a brincar pela casa, distanciando-se dela sempre, raramente ficava no mesmo espaço que a mãe por muito tempo e Natasha sentia o incomodo do garoto quando ela tentava aproximar-se, estava tentando respeitar o tempo e espaço dele, mas lhe machucava a forma que sentia-se repelida e ignorada pelos filhos.

Broken - Romanogers 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora