Capítulo 23: Pelo amor ou pela dor.

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POV YANNE

Havia passado cinco meses desde quando recebemos alta do hospital, Jiho já estava conseguindo firmar o corpinho em algumas posições, tentava se levantar sozinho só não conseguia permanecer equilibrado.

Estou ficando assustada com o tempo, quando você tem um filho você consegue enxergar as horas, os meses e os anos, parece que tudo fica palpável.

Hope e eu estamos vendo os preparativos do casamento com calma, já moramos juntos e basicamente vamos apenas oficializar o que já temos, já até estamos nos referindo um ao outro como marido e esposa.

Não estamos com pressa para a cerimônia, principalmente pelo bebê, queremos que ele fique mais forte para que a festa seja mais tranquila para todos.

Estamos pesquisando os melhores lugares para as roupas, tanto nossas quanto dos padrinhos, preparando os convites, tem a questão da documentação necessária para a minha família e minhas amigas virem do Brasil para a Coreia.

Se eu for te dizer tudo aqui, vai dar umas vinte páginas, então aposto que vamos ficar um ano de noivado no mínimo.

Hoseok está buscando acelerar o máximo que consegue, porém, mesmo para quem tem dinheiro, tem um prazo a cumprir, então apenas aceitamos.

Você deve estar se perguntando sobre o Félix, acredita que ainda está foragido? A última vez que o virão, depois da visita no hospital, foi em Tokyo, no Japão, mas logo perderam ele de vista, para variar.

Por conta disso, estou sempre acompanhada e o meu marido também, ele contratou seguranças então são eles que me levam para todos os lugares desse país.

Hoje é dia do pediatra do Jiho, Hope normalmente vai junto porque ele não gosta de perder nada que tenha relação com o baby, quer ser um pai presente, mas excepcionalmente hoje, ele não conseguiu um substituto para os seus alunos.

Fiquei em torno de uma hora e meia no consultório, nosso médico é super atencioso e detalhista, gosta de explicar tudo e interage bastante com o Jiho, o que justifica o tempo que sempre demoramos em seu atendimento.

Nossa estou morrendo de fome, não vou aguentar chegar em casa para comer ㅡ pensei enquanto descia as poucas escadas da clínica.

ㅡ Peter será que você poderia me fazer uma gentileza?

Peter é um dos nossos seguranças, ele é um norte americano que veio treinar artes marciais, se apaixonou pelo país e decidiu ficar.

ㅡ Sim, senhora Jung ㅡ mesmo não sendo, legalmente falando, a senhora Jung ainda, todos os seguranças me tratavam como.

ㅡ Estou morrendo de fome, não vou aguentar chegar em casa, você poderia ir ali no Starbucks e pegar um café e um pedaço de bolo por favor?

ㅡ A senhora sabe que não posso me retirar de perto da senhora.

ㅡ Eu sei Peter mas é rápido e eu estou cansada, eu fico dentro do carro.

Ele não gostou da ideia, mas estava entre ter que obedecer às ordens do seu superior e entre agradar a cliente.

Acabou concordando, não tinha muita opção, ou ele ficava em maus lençóis comigo ou com seu chefe, as duas coisas não eram boas, mas escolher ficar do meu lado sem dúvidas era a melhor que ele tinha, até porque qual a chance do superior dele descobrir?

Ele foi até a cafeteria e eu o observei enquanto entrava no carro com o bebê, acomodei ele na cadeirinha e peguei meu celular para mexer enquanto aguardava Peter voltar.

PARA SEMPRE SUA - JH - [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora