Capítulo 31

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Pov: Natasha Romanoff

Quatro meses já haviam se passado. Eu estava começando a me acostumar com a ideia de não ter Wanda de volta. Depois que ela se foi, segui o conselho de Clint e tirei algumas semanas de férias. Peguei uma mala e fui atrás de Yelena. Não tivemos o melhor dos reencontros quando nos vimos, mas isso é coisa de irmã. Ela fingia estar com raiva de mim, mas no fundo eu conseguia ver o quanto ela estava feliz em me ver. Quando matei Dreykov, a "Red Room" caiu, todas as viúvas negras ficaram desamparadas e sem ter para onde ir, a antiga Natasha não se importou com isso, eu acreditava que qualquer coisa era melhor que a sala vermelha, qualquer coisa era melhor que Dreykov. Mas ao rever Yelena, ao ouvir suas histórias, eu percebi que havia abandonado minha irmãzinha, e mais uma vez, a culpa caiu em meus ombros.

Passei duas semanas viajando para todo o lado com Yelena, fomos até Paris, Budapeste, Berlim, todos os lugares que ela disse que queria conhecer, nós visitamos. Era bom me reaproximar de alguém que eu amava. Contei a ela sobre Wanda. Minha irmã me deu a ideia de escrever para a mulher e é isso que eu faço a três meses. Toda semana envio cartas para o Instituto Xavier, todas destinadas a Wanda, contando como está sendo as coisas no Complexo, contando sobre alguma missão interessante e no final, sempre pedindo desculpas e dizendo o quanto eu ainda a amava.

Wanda nunca me escreveu de volta.

Mas eu continuava escrevendo a ela, toda semana, religiosamente, esperando o dia no qual a minha resposta viria.

Ouço batidas na porta, mando entrar:

- Nat, estamos prontos - Barton diz colocando apenas sua cabeça para o lado de dentro do quarto - Está escrevendo para ela?

- Sim - iriamos para uma missão importante e especial, não sabia quanto tempo ficaria fora. Então estava escrevendo para Wanda dizendo a ela que eu iria me ausentar nos próximos dias - Já estou descendo, obrigada!

"Com amor, Natasha!"

Termino a carta e a guardo em um envelope.

- Não temos o dia todo, Romanoff - Tony diz me vendo entrar no Quinjet.

- Pode ir sem mim, cabeça de lata.

- Impossível, não somos nada sem você - Stark responde enquanto se senta ao lado de Clint.

Estávamos indo para o Afeganistão. Andy, filha de um dos diretores da S.W.O.R.D. havia sido sequestrada a pouco menos de um mês. Outros agentes descobriram uma imensa rede de tráfico de adolescentes. Vários países como o Afeganistão, Israel, Alemanha, Espanha e outros, eram morada para os grandes clubes de vendas dessas garotas. A missão deveria ser feita com o maior cuidado e sigilo, não poderíamos deixar vazar para a impressa ou qualquer outra pessoa que não fossem os agentes envolvidos nas investigações as informações que tínhamos, se não, os outros cafetões ficariam sabendo da novidade e milhares de jovens ficaram desaparecidas para sempre. Não poderíamos correr o risco de perder esses nojentos pedófilos. 

Pousamos em Gázni para não levantar nenhuma suspeita. Ficamos em quartos de hotel para conseguir relaxar e ter um boa noite de sono antes de encarar a missão de fato.

No dia seguinte, alugamos dois carros e seguimos rumo a Kabul - capital do Afeganistão - foram três horas e meia de viagem. Tentamos nos misturar, queríamos que as pessoas nos vissem como meros turistas, nem o Visão nós trouxemos para a missão, por questões óbvias como: ele era um robô e chamaria muita atenção. 

As quatro e meia da manhã haveria uma troca de "escambo" - era como os traficantes chamavam o ato de entregar as garotas para seus novos cafetões - em um aeroporto clandestino. Seguimos para o local, mantendo toda a descrição para que nada desse errado.

Tínhamos um plano! Stark e Rogers entrariam em campo, surpreendendo os traficantes. Clint estava um pouco longe, no terraço de um prédio, observando tudo. Sam era nosso reforço aéreo, tinha ordens para derrubar qualquer filha da puta que tentasse fugir. E eu fiquei encarregada de libertar as garotas presas. Por mais que os meninos quisessem ajudar, não achamos que ter contato com homens estranhos seja a melhor coisa para elas nesse momento, talvez uma figura feminina traga um pouco mais de conforto e confiança. Tínhamos um plano! 

Avistamos caminhões adentrando o aeroporto:

- Pessoal, são três caminhões. No mínimo dois alvos por veiculo - Clint diz no ponto - Tomem cuidado. 

- Entendido - Steve responde - Natasha permaneça aqui. Tony e eu vamos entrar - Rogers pega seu escudo e olha para Stark - Pronto? 

- Pronto - não ouve piadas entre os dois. Todos estavam nervosos e tensos, haviam centenas, se não, milhares de crianças e adolescentes sendo vendidas para serem usadas como bonecas sexuais. Essas jovens precisavam da gente!

Observo Stark e Rogers sumirem no meio da neblina da manhã. Me mantenho em posição, eu não podia cometer nenhum erro. Nenhum de nós poderia. Ouço a movimentação de Tony e Steve pelo ponto em meu ouvido, escuto quando neutralizam o primeiro caminhão:

- Natasha, o segundo alvo está se aproximando! - Clint diz no ponto - Libere as garotas do primeiro caminhão.

- Estou a caminho!

Digo e corro na mesma direção que havia visto meus colegas seguirem. Era de madrugada, o que dificultava um pouco a visão, mas para isso, tínhamos Sam voando nos céus:

- O caminhão está a sua esquerda, Nat.

- Obrigada, Sam.

- Não agradeça a mim! Agradeça ao Red Wing - dou uma risada, mas continuo correndo na direção do meu alvo.

- Não vou agradecer a essa coisa - por isso eu amava os Vingadores. Estava vivendo os piores meses da minha vida, eu estava sofrendo, meu coração estava partido, eu estava estressada, milhares de garotinhas contavam comigo naquele momento, mas mesmo assim, meus amigos - minha família - conseguiam me fazer sorrir. Eu precisava deles e eles de mim!

Encontro o caminhão estacionado, olho em volta fazendo a varredura do ambiente e constato que estou sozinha. Saco minha arma e atiro contra o cadeado que prendia a porta dos fundos do caminhão. Assim que entro no automóvel, a visão que eu tenho parte meu coração em vários pedaços. Vejo dezenas de garotinhas, a mais velha não deveria ter mais do que quinze anos. Sinto meus olhos se encherem de lágrimas, elas estavam assustadas e ao verem minha arma, começaram a se agitar:

- Está tudo bem! Se acalmem, por favor - digo colocando minha arma no chão - Estou aqui para ajudar vocês - elas pareciam não me entender - Meu nome é Natasha, eu vou leva-las para casa. Estão seguras agora!

Elas se encolhem uma atrás da outra e seus olhos se arregalam. Viro para trás e sinto um golpe em minha testa. Meu corpo cai e tudo fica escuro. 

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Oii gente! Estou passando para dizer que faltam dois capítulos para o fim da fanfic! :(

Estou triste, pois sou muito apegada a essa história, mas estou ansiosa para vocês lerem o próximo surto da minha cabeça.

Muito obrigada a todos que estão acompanhando até aqui.

Love Is The Death Of DutyOnde histórias criam vida. Descubra agora