Capítulo 16

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Pov: Wanda Maximoff

Você passou o caminho inteiro quietinha - Nat pergunta enquanto caminhamos até o parque - Aconteceu algo?

- Não, só estou lembrando de uma coisa - ela me olha e pede para eu dizer o que é - Não quero estragar a noite com essas besteiras.

- Deixa disso. Pode me contar.

- Quando Pietro e eu tivemos que ir morar no orfanato, tinha um menino que nasceu na América e os pais dele tinham morrido em um acidente. Ele sempre contava histórias sobre zoológicos, museus e parques que frequentava com sua família, focava nos parques, dizia o quanto eram coloridos, cheios de outras crianças e como todo mundo se divertia e eu coloquei na minha cabeça que queria conhecer um parque de diversões um dia. Então toda vez que as coisas ficavam complicadas, meu irmão dizia que tínhamos que ser fortes, porque precisávamos ir em um parque de diversões na América - o vento gelado me faz arrepiar, então visto a jaqueta que eu havia pegado de Natasha e a visto - Me perdoe, sua companhia é extremamente prazerosa, mas não é tão divertido sem ele.

Antes de qualquer coisa, sinto os macios lábios de Natasha pressionarem os meus. Era uma beijo lento, como se ela quisesse me abraçar, nos afastamos aos poucos e ela deposita um selinho na minha boca e um beijo na minha testa:

- Seu irmão ia querer te ver feliz. Você chegou aqui, em um parque de diversões na América, precisamos aproveitar por ele. Posso não ser tão divertida quanto, mas sei como animar as coisas.

Natasha me arrastou até uma montanha-russa enorme. As vigas feitas de metal estavam com uma procedência um pouco duvidosa, dava para ver a ferrugem começando a tomar conta, mas okay. Entramos na fila e esperamos um pouco mais do que eu gostaria, porque Nat me disse que montanha-russa ou se vai no carrinho da frente ou não vai de maneira alguma. Assim que o rapaz conferiu nossos cintos, apertei a mão de Natasha tentando controlar o medo. Fechei meus olhos e só conseguia ouvir o barulho de "teck teck teck" do carrinho fazendo uma subida. O carrinho parou por alguns segundos e então despencou, sentindo o vento em meu rosto, involuntariamente comecei a gritar junto com as outras pessoas. Sinto a ruiva se aproximar de mim e gritar no meu ouvido:

- Solta minha mão - olho para ela com uma expressão de pânico - Confia em mim - vou soltando sua mão, com um pouso de hesitação.

Assim que solto suas mãos, Natasha joga seus braços para cima e começa a gritar, imito seu ato, sem a parte dos gritos, e sinto a adrenalina tomar conta do meu corpo, o vento batendo em meu rosto, o frio na barriga durante as descidas e a imensa sensação de felicidade.

- Vamos de novo! Vamos de novo! - minha animação estava difícil de esconder.

- Vamos, linda. Mas primeiro quero te levar em um lugar - Nat pega na minha mão e me leva até o outro lado do parque. Andamos alguns minutos e vejo que estamos indo em direção a roda gigante - Vem, a vista daqui do alto é maravilhosa.

Entramos em uma das cabines e sentei ao lado da ruiva. Conforme o brinquedo ia funcionando e as cabines começaram a girar, foi minha vez de entrelaçar nossas mãos e chegar mais perto:

- Está gostando do passeio? - ela pergunta chegando perto do meu ouvido.

- Não existe nenhum lugar no mundo que eu preferiria estar - descanso minha cabeça em seu ombro e sinto quando ela deposita um beijo em meus cabelos.

- Sabe, aquele dia você se abriu comigo e me contou sobre como se sente em relação ao seu irmão e seus pais, depois disso parei para pensar um pouco e eu quero te contar uma coisa sobre mim também - levanto a cabeça do seu ombro e olho em seus olhos - Eu também tinha uma irmã...quer dizer, eu tenho uma irmã! - não digo nada, apenas presto atenção em sua história - Nós nos separamos quando eu tinha doze anos e ela tinha seis, depois disso nunca mais a vi.

- Por que não a procura?

- Ela não quer saber de mim - Natasha encara o horizonte e suspira - Mas quem sabe daqui algum tempo a gente não se encontra - apenas concordo com ela sem saber muito o que dizer. A mulher volta a me olhar e pergunta - Mas e você? Fiquei quase um mês sem notícias suas. Como foi essas semanas? Teve algum pesadelo ou alguma coisa do tipo?

- Bom - foi a minha vez de admirar o horizonte - Nada demais, ainda tenho aqueles sonhos com o meu irmão, mas não me afetam tanto. Agatha está sempre lá. Nos meus sonhos. Ela aparece, conversa comigo, me leva para alguns lugares...

- Vocês conversam sobre o que? - Nat parece bastante intrigada.

- Não sei, eu não consigo lembrar muita coisa. Já conversamos sobre a minha família, sobre os Vingadores, sobre a jóia da Mente. Mas a parte mais estranha é que quando eu acordo tenho a sensação de que tem alguém comigo, como se tivesse alguma presença que eu não consigo ver, apenas sentir.

- Talvez essa Agatha esteja tentando se comunicar com você de alguma forma.

- Pode ser...

- Se esses sonhos voltarem a se repetir, não pense duas vezes antes de me contar - digo que sim a mulher e continuamos nosso passeio.

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As mãos de Natasha puxavam meus cabelos me mantendo no meio de suas pernas e eu apenas obedecia. Minha língua mexia de forma instintiva enquanto minhas mãos mantinham as pernas da ruiva bem abertas. Eu estava consumida pelo desejo e pela saudade que sentia de Natasha, nenhum toque era o suficiente para me saciar. Natasha continua empurrando minha cabeça contra sua intimidade:

- Wan...Wanda...Estou quase gozando. Não para - escuto o pedido de Nat e não paro de chupa-lá, concentro minha língua em seu clitóris enquanto movia dois dedos dentro dela. Seus gemidos me davam o incentivo que eu precisava para continuar. Mais algumas investidas e a escuto gemer meu nome e dessa vez, ela puxa meus cabelos tentando me afastar de seu corpo. Olho em seus olhos enquanto limpo todo seu líquido que escorria por suas pernas e por fim deposito um beijo em cada uma de suas coxas. A mulher sorri e me puxa para cima selando seus lábios nos meus - Parece que você sentiu muito a minha falta, não é mesmo? - sinto meu rosto ficar vermelho, então me escondo em seu pescoço - E eu aqui achando que você era um anjinho. Maximoff, de anjo você tem só a cara.

- Para - digo e em seguida colo nossos bocas em um beijo lento, as mãos de Natasha encontram seu caminho de volta para meus cabelos, mas ao invés de puxá-los, ela faz um carinho com as unhas em minha nuca - Estou morrendo de sono - a mulher beija minha testa e sussurrou um "boa noite".

Menos de vinte minutos depois, sinto uma movimentação no quarto e abro os olhos assustada. Com um pouco de dificuldade, uso meus poderes para acender a luz do quarto:

- Natasha? - a ruiva estava em pé, com a mão na porta se preparando para ir embora - O que está fazendo?

- Desculpa, não queria te acordar - ela diz terminando de vestir sua camiseta.

- Está indo embora? - pergunto enquanto pego o lençol para cobrir meu corpo despido.

- Sim, você me entende, né? Três semanas fora, estou com saudades de dormir na minha cama.

- Me dê dois minutos para me vestir que eu vou para lá com você - os olhos de Natasha se arregalaram e ela prontamente começa a negar.

- Não, meu anjo. Não precisa - ela respira fundo e diz - Quero passar um tempo sozinha - imediatamente sinto meus olhos se encherem d'água, porém trato de me controlar e seguro o choro - Não chora, por favor.

- Não estou chorando! - digo fungando e prendendo a respiração para não chorar - Eu fiz alguma coisa?

- Não, linda, claro que não - ela se aproxima e pega em minha mão - Preciso de um tempo sozinha, só isso - Natasha suspirou alto - Eu gosto de você, Wan. Mas precisamos entender, e eu digo "precisamos" porque estou me colocando aqui também. Temos que entender que eu e você não temos nada sério, então eu não te devo nada e você não deve nada a mim - não consigo dizer nada, apenas fico sentada em choque - Por favor, não leve para o lado pessoal, okay? - ela diz e eu apenas afirmo - Boa noite, tenha bons sonhos - Natasha diz e vai embora antes que eu consiga respondê-la. 

Love Is The Death Of DutyOnde histórias criam vida. Descubra agora