Love Is The Death Of Duty

Capítulo 9

Pov: Natasha Romanoff

Já haviam se passado mais de oito semanas desde que Ross me pediu para monitorar a Wanda, e se não fosse pela missão secreta, eu poderia dizer que as coisas pareciam bem normais. Wanda estava mais presente, ou ao menos tentando, comparecia com mais frequência nos treinamentos em grupo e passava horas no quarto com o Visão fazendo algum tipo de terapia Reiki, não que eu tenha algo a ver com isso, mas essa amizade me irrita um pouco. Como descrevi no meu último relatório semanal para o secretário do estado, Maximoff participou de algumas missões específicas onde não exigiam muito contato com civis, na última vez que Wanda teve que agir em um campo com pessoas inocentes, ela teve uma crise de ansiedade, perdeu o controle e acabou machucando algumas pessoas, nada muito grave, mas Steve ainda acha melhor esperar antes de liberá-la para missões mais complexas. Durante a noite, ela ainda tinha alguns pesadelos, as reações a eles estão se tornando cada vez menos físicas, então nenhum incidente com guarda-roupas ou qualquer móvel nas últimas semanas:

- Finalmente, estou precisando de uma folga - Clint desce do Quinjet sendo acompanhado de Steve e Sam que apenas o ignoram e entram no complexo. - Viu Nat, não conseguem completar uma missão sem mim e agora ficam ai, me ignorando.

- Bom, você é um pouco irritante. - Barton me olha incrédulo fingindo estar ofendido com minha afirmação. - Mas já aprendi a conviver com isso, então gosto de você mesmo assim.

- Estou contente demais para rebater sua implicância, finalmente vou voltar para casa. Se eu passar mais um dia fora tenho certeza de que Laura me largaria.

- Essa mulher vai direto pro céu por ter que te aguentar e ainda não recebe pra isso. Como estão as crianças? Faz tempo que não as vejo. - pergunto enquanto troco meu traje e vou colocando uma roupa mais confortável. Clint é meu melhor amigo, nos conhecemos há quase dez anos, temos intimidade e respeito o suficiente um com o outro para que esse tipo de coisa aconteça sem malícia nenhuma.

- Estão todos bem. Por que você não vai jantar lá em casa hoje a noite? Laura e as crianças vão adorar te ver.

- Bem que eu queria, mas já combinei de assistir filme com a Wanda, então deixa pra próxima. - Clint para tudo o que está fazendo e começa a me encarar de uma forma engraçada. - O que foi? Você tem que aprender a me dividir com os outros, Barton.

- Não é isso, é que você está passando muito tempo com a menina.

- Essa é minha missão, Clint. - Vamos caminhando juntos até a porta da frente do complexo dos Vingadores. - Tenho que estar perto dela e ter certeza de que está indo tudo bem.

- Não sabia que para ter conhecimento de como anda a mente da Maximoff você tinha que ficar dormindo com ela e levando-a para dar voltas de carro pela cidade. - ele diz debochando da minha cara.

- Escuta aqui, eu só dormi com ela porque estava tendo pesadelos e o lance do carro, Wanda estava sentindo falta do irmão, então a levei para dar uma volta e espairecer um pouco. Estou cumprindo com minha missão, evitando que ela tenha um colapso nervoso.

- Não me entenda mal, não estou te julgando. Na verdade acho bom que a menina esteja confiando em você para se abrir, ela precisa disso e você também. Só lembre-se que ela é uma criança, então tenha isso em mente quando estiver "cumprindo com sua missão".

- Ela tem vinte e um anos, é perfeitamente legal. - Clint começa a rir. - Não que isso faça alguma diferença, ela é minha colega de equipe e minha missão, então nada vai acontecer. Mas não vou negar que ficamos próximas nessas últimas semanas, e está cada vez mais difícil olhar para a cara dela e não poder contar que o secretário do estado está esperando que ela cometa qualquer deslize para pregar uma bala no meio de sua cabeça.