Capítulo 32

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Pov: Natasha Romanoff

Minha cabeça doía, meus olhos ardiam. Tento abri-los, mas sinto tudo rodar. Com esforço, consigo abrir meus olhos, mas tudo continuava escuro. Okay, preciso me recompor. Estou de olhos abertos, todavia, não consigo enxergar nada, ou seja, devo estar vendada. Pela forma que minha cabeça girava, eu havia sido drogada. Tento mover meus braços e minhas pernas, consigo, mas sinto alguma dificuldade. Estava sentada, sei disso pela forma que meu corpo estava inclinado e meus membros estavam dormente.

Balanço meu corpo na cadeira, na intenção de cair e conseguir me soltar das cordas que me amarravam ao móvel:

- Não gaste tanta energia, vai precisar delas mais tarde - escuto uma voz masculina com um sotaque pesado e arrastado - Você demorou a acordar - ouço seus passos andando em círculos ao meu lado - Nafar, tire a venda da nossa convidada, por favor.

Mãos frias tocam meus cabelos, consigo sentir seus dedos desfazendo o nó da venda. Meus olhos demoram  a se acostumar com a claridade do ambiente. Vejo a minha frente dois homens altos. O primeiro era mais magro, vestia um terno caro, tinha uma barba rala e o cabelo comprido. O segundo, que retirou a minha venda, era extremamente musculoso, sua barba era grande, mas seu cabelo era curto, quase inexistente. Volto minha atenção homem de terno:

- Quem é você? - pergunto de uma vez só.

- Sou eu quem faço as perguntas aqui, Agente Romanoff - o homem puxa outra cadeira e se senta a minha frente. Seus olhos eram escuros, indecifráveis - Por que os Vingadores estavam no meu aeroporto?

- Nada demais! Estávamos conhecendo a cidade e acabamos nos perdendo... - um soco forte e certeiro atinge meu rosto.

- Obrigado, Nafar - fecho os olhos com força, tentando não demonstrar que aquilo havia doido - Vou perguntar de novo...o que os Vingadores estavam fazendo lá? - dessa vez me mantenho em silêncio. Não posso entregar as informações que temos, se não, tudo iria por água abaixo, não posso fazer isso - Nafar... - ele aponta para seu capanga que novamente se aproxima e me acerta dois tapas em meu rosto. Sinto arder, mas me mantenho firme - Não quero te machucar, mas você não está me dando opções aqui - no chão havia uma garrafa d'água, sinto minha garganta secar.

- Há quanto tempo estou aqui? - o homem de terno acompanha meu olhar e pega a garrafa levando-a até sua boca.

- Dois dias - ele bebe o líquido com tanto prazer que começo a remexer na cadeira - Está com sede? - não respondo. Ele se levanta e caminha até mim - Você quer? - não digo nada, tento manter meus olhos em um ponto fixo para não demonstrar fraqueza alguma. Ele se aproxima mais e vira a garrafa, derramando todo o líquido em meus pés descalços - Merda, olha só como sou desastrado! - ele e Nafar começam a rir, o som da risadas dos dois me dá um arrepio na espinha - Nos vemos daqui uns dias, Romanoff.

Ele pega a venda e novamente tudo fica escuro.


Não consigo saber a quanto tempo estou aqui, a venda em meus olhos atrapalhava minha percepção de tempo. O lugar onde eu estava não tinha muita coisa. Era um quarto com apenas uma pequena janela bem no topo da parede, quase que no teto. Com a venda, não consigo acompanhar o nascer do sol, então não tenho ideia de quantos dias já se passaram desde a primeira vez que acordei, porém a dor em meu estômago e a sede que eu sinto, me fazem acreditar que já estou aqui a alguns dias.

Me assusto com o som da porta se abrindo:

- Bom dia, bela adormecida - só então paro para pensar. Eles continuavam me drogando! Por isso meu corpo estava sempre cansado, mas eu podia sentir meu coração acelerado o tempo todo. Sinto suas mãos em meu cabelo e novamente consigo ver alguma coisa - Demorei um pouco mais do que o esperado para vir te ver outra vez, mas eu estava fazendo o meu dever de casa, Natalia Romanov - entro em choque. Fazia muito tempo desde a ultima vez que alguém me chamou assim - Está surpresa? Não fique - ele se senta novamente a minha frente - Bom, eu sou um homem de bons modos, então como eu sei seu nome, vou te dizer o meu - ele estende a mão em minha direção - Sou Yousseff, é um prazer - ele permanece com a mão estendida e começa a rir - Sabe, sempre ouvir dizer "nunca conheça seus heróis", mas você Viúva Negra, é mais bonita pessoalmente do que na televisão - seus dedos tocam minhas pernas, em um instinto, tento puxa-las para trás. Novamente, ele e Nafar começam a rir - Eu estou começando a adorar esses momentos com você, sabia! - Yousseff se aproxima novamente, agora sua mão toca em meu rosto - Você não tem medo? Medo de estar aqui comigo?

Love Is The Death Of DutyOnde histórias criam vida. Descubra agora