Capítulo 7

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Pov: Natasha Romanoff

O quarto estava tão quente, é como se eu estivesse em uma sauna, empurro a coberta para o chão e sinto uma mão alisando meu braço:

- Você não consegue ficar quieta nem na hora de dormir? — me levanto e consigo ver a silhueta de Wanda sob a luz do luar — Eu disse para abrir as janelas ou ligar o ar condicionado, mas você é teimosa demais.

- Não gosto de dar o braço a torcer — não consigo evitar sorrir. Como viemos parar aqui? O que ela está fazendo no meu quarto, na minha cama? Prefiro não pensar sobre isso, pelo menos não enquanto suas mãos massageavam as minhas e sua boca estava tão próxima. Meus dedos deslizam por seu rosto, seguindo as linhas delicadas de sua face, Wanda fecha os olhos e chega mais perto de mim, seus cabelos castanhos se esparramavam pelo meu colchão.

- Gosto quando você faz carinho em mim assim. Gosto quando me abraça e me faz sentir segura e vista — as mãos de Wanda começam a alisar minha cintura, a mulher se aproxima mais e começa a dar beijos demorados em meu pescoço, conforme sua boca se apossa do meu corpo, sinto meus sentidos indo embora e o calor do quarto não estava mais tão insuportável assim — Você me deixa louca, Romanoff — a morena diz enquanto senta em meu colo. Não consigo responder, apenas direciono minhas mãos até sua cintura e a empurro para baixo, pressionando-a sobre minha intimidade que latejava — Me toca, Natasha. Me faça sua!

Sou acordada pelo som estridente e agudo do meu despertador "Merda, merda e merda outra vez". O que você está fazendo comigo, Maximoff? Por que não consigo parar de pensar em você? Não dá para ficar assim, pensando nela vinte e quatro horas por dia. Antes eu pensava, mas era por consequência do meu dever de vigiá-la, mas sonhar com a Wanda? Agora você foi longe demais, subconsciente. Eu não sou assim. Sou uma Viúva Negra, sou capaz de controlar minha mente, meu corpo e minhas emoções, não faz o menor sentido perder a cabeça por conta de uma menina.

Fazia uns cinco dias desde que levei Wanda para dar uma volta em meu carro e ela teve uma crise de choro, me senti uma filha da puta colocando as coisas que ela me disse em um relatório e entregando para o secretário Ross. Mas eu tinha que fazer ou eles poderiam fazer algo pior com ela. Mesmo assim, não consigo deixar de pensar o quanto Wanda me odiaria se ela descobrisse que seus segredos estão salvos comigo e com o secretário de Estado, que bela mentirosa eu sou.

O dia se passa lento e arrastado, treino por algumas horas com o Steve, depois apostei uma corrida com o Sam e fui ao meu quarto tomar um banho. Hoje eu estava mal intencionada. Queria me divertir, ir a um bar e encher a cara. Minha cabeça estava um turbilhão de emoções e eu precisava de um tempo, precisava me colocar em sintonia com minhas emoções e angústias. Então, foi isso que fiz. Tomei banho, coloquei um vestido preto que realçava minhas curvas e soltei meus cabelos. Eu estava bonita, eu sou bonita. Eu sou uma gata e pretendo deixar alguém ver minha "lingerie" esta noite.

O Pub estava lotado, muito homem e mulher bonita, mas por mais que eu tentasse, nenhum fazia acender aquela chama no meio das minhas pernas que eu tanto queria, e quanto mais frustrada eu fico, mais eu bebo. Já perdi as contas de quantos copos de tequila eu virei nessas últimas quatro horas. Pago minha conta e chamo um táxi. Quando chego no Complexo, todas as luzes estão apagadas, agradeço, pois, nesse momento pode-se dizer que estou um tanto quanto alcoolizada e quando isso acontece, eu não sou uma das melhores companhias. Vou até à cozinha, tentando fazer o mínimo de barulho possível, abro a adega e retiro um vinho. Sinto uma presença atrás de mim e em um único movimento arremesso a garrafa em direção a figura desconhecida:

- Puta merda - Wanda grita ofegante enquanto segura a garrafa de vinho com seus poderes - Me desculpe, minha intenção não era te assustar.

- Eu quem peço desculpas - respondo enquanto pego a garrafa das mãos da morena - Não costumo reagir bem a pessoas me espionando - abro a garrafa e começo a ingerir o líquido.

Love Is The Death Of DutyOnde histórias criam vida. Descubra agora