Love Is The Death Of Duty

Capítulo 11

Pov: Wanda Maximoff

Nunca estive tão nervosa em toda minha vida, minhas mãos tremiam, minhas pernas pareciam que iriam se partir a qualquer momento. Estava prestes a enfrentar meu maior medo: interação social! Já era meio complicado estar no meio dos Vingadores, mas de certa forma eu estava me acostumando, agora uma sala cheia de pessoas aleatórias, bêbadas e desconhecidas, isso me assusta mais que qualquer coisa. Mas eu prometi a Natasha que estaria lá, então cinco minutinhos interagindo com pessoas não vai me matar, ou vai? Estou à beira de um colapso nervoso agora. Coloco um vestido preto que Stark tinha mandado pra mim, um pouco mais elaborado do que aqueles que eu uso normalmente, era longo e com uma fenda aberta que ia da minha coxa direita até o meu pé, coloco o salto que era um tanto quanto desconfortável, mas bem bonito. Me olho no espelho e gosto do que estou vendo, vou até meu guarda-roupa e pego um colar que tinha um pequeno pingente vermelho que Pietro havia me dado. Ouço batidas na porta e vou até lá abri-la. Era Natasha, ela estava deslumbrante, seu vestido vermelho com um grande decote, seus lábios marcados por um batom cor sangue, seus olhos verdes que brilhavam de uma forma magnífica:

- Você está linda. - sua voz interrompeu meus pensamentos.

- E você está...uau...completamente maravilhosa.

Nat passa um braço em volta da minha cintura e vai guiando-me para fora do quarto, o som estava extremamente alto, mas eu podia ouvir o quão forte meu coração batia, sua mão segurava minha cintura de uma forma possessiva, como se não quisesse que eu saísse dali, mas eu jamais me atreveria a sair do lado de Natasha Romanoff. Chegamos ao salão principal do Complexo e eu consigo ver diversas pessoas lá, a maioria desconhecidas, meus olhos terminaram de percorrer o ambiente e quando volto para Natasha, ela está parada, me olhando, sinto minhas pernas bambearem, preciso sentar ou vou cair a qualquer momento. A mulher a minha frente pega algumas mechas do meu cabelo e as passam por trás de minhas orelhas, caminha ficando atrás de mim e então sinto suas mãos amarrando essas mechas na parte de trás da minha cabeça. deixando metade do meu cabelo solto e metade presa em um nó leve e delicado:

- Muito melhor assim - ela diz voltando a ficar na minha frente - Agora consigo ver seu rosto - sinto minhas bochechas corarem na hora, ela solta uma risada convencida que só serviu para me deixar mais envergonhada - Eu vou ali conversar com o pessoal, espero te ver bebendo, dançando e principalmente se divertindo. Se eu perceber que está em um canto sozinha, haverá sérias consequências.

- Okay! - sorrio de volta para a mulher que se afasta e vai de encontro a um grupo onde eu só reconheci o rosto de Maria Hill.

Vou até o bar que tinha no centro do salão, algumas pessoas me cumprimentam, sorrio e aceno a mão para algumas. Finalmente chego até o barman e peço uma cerveja. Não está sendo tão ruim assim! Tony realmente dá boas festas, não é como se eu já tivesse participado de alguma, a última vez que fui em uma festa, foi aos quinze anos no orfanato, quando uma das meninas estava indo embora e deu uma festa para se despedir da gente. Passo o resto da noite conversando com meus colegas e conhecendo algumas pessoas novas, bebo mais algumas cervejas, não ao ponto de ficar bêbada, mas um pouco mais desinibida e corajosa. Natasha tinha razão, era divertido ver homens brigarem entre si, nesse exato momento estou sentada ao lado de uma árvore no lado de fora do Complexo assistindo Clint e Stark fazerem uma competição de quem conseguia fazer mais flexões:

- Você sumiu a noite inteira - sinto meu coração saltar pela boca ao ouvir essa voz rouca no meu ouvido.

- Me desculpa, você parecia ocupada, não queria te atrapalhar. - Natasha se agacha e senta ao meu lado.

- Nunca estou ocupada para você - aperto minhas mãos uma na outra tentando controlar meu nervosismo. Natasha pega as duas garrafas de cerveja que estavam ali no chão - Vejo que estava se divertindo, Maximoff.

- Precisava de um pouco de álcool no meu organismo para poder aguentar tanta gente de uma vez só. Acho que tive interação social o suficiente para uma semana - ela sorri pra mim e nossa é como se eu derretesse por dentro - Mas foi divertido, achei que eu passaria a noite toda com o Visão.

- Você passa muito tempo com ele, né? - apenas balanço a cabeça confirmando - Tem alguma coisa aí? - dou uma gargalhada alta e Natasha parece não ter ficado muito feliz com isso.

- Me perdoe! Mas isso foi extremamente engraçado. Visão é meu amigo, um grande amigo. Ele é o único que não me trata como uma aberração aqui.

- O único? - Natasha coloca a mão sobre seu peito - Me sinto ofendida agora, Maximoff! Pede pra ele ir assistir série com você da próxima vez.

- Não foi isso que eu quis dizer, você me entendeu.

- Não, eu não entendi - ela parecia determinada a me implicar hoje.

- Ele é o único amigo que eu tenho que não me trata feito uma aberração.

- Seu único amigo? - Nat crava seu olhar sobre mim e sinto minhas pernas bambearem e minhas mãos suarem mais uma vez naquela noite - Se eu não sou sua amiga, o que eu sou para você então, Maximoff? - meus olhos descem para sua boca e ficam parados ali, tenho medo de me mover. Natasha coloca a mão em meu rosto e fica fazendo um carinho em minha bochecha, seus olhos refletiam a luz do luar, seus dedos percorriam meu rosto fazendo desenhos em minha bochecha. Deus! Como ela é linda! Me aproximo mais dela de uma forma que consigo sentir sua respiração, seu peito subia e descia de uma forma descompassada. Penso em tocá-la, mas minha mão para no meio do caminho

- Droga! - digo sem pensar.

- Qual o problema? - estávamos tão perto que ela praticamente sussurrou.

- Queria poder ler sua mente, saber o que está pensando.

- Você não precisa usar seus poderes para saber o que eu quero agora, Wanda.

A mistura do álcool com o desejo que eu possuía tomaram a decisão que eu mesma queria ter tomado a semanas atrás. Me aproximo mais de Natasha, estamos tão perto que nossas respirações se misturam. Fecho meus olhos e me inclino até sentir sua boca na minha. Era apenas um encostar de lábios, só para sentir o quanto sua boca era macia, penso em aprofundar o beijo, mas estou tremendo tanto que não sei o que fazer. Quando tento me afastar, Nat aperta minha cintura me fazendo continuar ali, sinto sua língua invadir minha boca, a sensação é tão prazerosa que me deixo cair em seus braços, sua mão apertava minha cintura com força, mas não doía, na verdade, eu sentia um calor por todo meu corpo me fazendo desejar por mais. Em um impulso, sento em seu colo, minhas pernas envolta do seu corpo, minha mão vai até o seu cabelo e puxo os fios ruivos prendendo-os entre meus dedos, suas mãos percorreram minhas coxas e pararam novamente em minha cintura, apertando-me cada vez mais. Minha língua explorava cada canto da sua boca, sua boca macia, quente e tão gostosa. Suas mãos soltaram minha cintura e agarram minha bunda, não consigo segurar o gemido que escapa pela minha boca. Os dentes de Natasha prendem meu lábio inferior, causando uma dor prazerosa e em uma resposta automática, rebolo em seu colo e consigo ouvi-la gemer baixo enquanto me beijava. Eu precisava dela, eu precisava da Natasha, do seu corpo, do seu toque. Antes de tomar qualquer atitude, com meus poderes, sinto alguém se aproximando:

- Tem alguém vindo - me separo da mulher que estava embaixo de mim e então saio do seu colo. Me sento ao seu lado, sua boca estava inchada e os cabelos bagunçados. Conforme vou voltando à realidade, sinto meu rosto corar de vergonha, Natasha sorri e pega na minha mão.

- Boa noite, meninas! - Steve se aproxima de nós duas - O céu está tão lindo, não me lembro quando foi a última vez que vi tantas estrelas assim - não falo nada, apenas fico encarando a mão de Natasha que ainda segurava a minha.

- Sim, por isso viemos pra cá. Um pouco de ar puro, uma vista boa - Nat conversa com Steve, sinto meu rosto ficar mais vermelho.

- Hey, está tudo bem, Wanda? - Rogers se ajoelha ao meu lado um tanto preocupado - Você está vermelha. Está se sentindo mal? - olho para Natasha e consigo ver que ela segurava uma risada.

- Eu acho que bebi demais. Melhor ir para meu quarto. Tenham uma boa noite!