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Capítulo 24:

J.F.P :

- Você é meu azul, Regulus Black. - Suspirei saindo do quarto com um sorriso.

Daqui a pouco o sol iria se sobressair sobre o céu, em um lindo amanhecer.

Com a consciência de que eu não conseguiria dormir, fui até meu quarto, parando de frente com a janela para ver o sol nascer. Enquanto me apoiava no parapeito da janela, não pude impedir o sorriso bobo que nasceu no meu rosto.

Eu sabia que teria que ter esperar um pouco, porém, as palavras de Reggie continuaram se repetindo na minha cabeça.

"Eu não me arrependo..." Eu estava feliz com aquele simples fato.

Ele não se arrependia, e gostava de mim. Só não queria nenhum tipo de relacionamento agora. Quem poderia culpa-lo? Reggie estava certo em querer se adaptar primeiro.

Por enquanto tudo que eu poderia fazer, era estar ao seu lado. Alegra-lo, fazer com que ele risse, se sentisse confortável.

A primeira coisa a se fazer era, dar algo familiar a ele, algo que o faria se sentir feliz.

Mas o que poderia ser?

Mordi o lábio encarando o céu em tons de azul, amarelo e laranja.

Uma lâmpada se ilumiu na minha cabeça, ao lembrar de uma das nossas conversas.

Piano! Ele gostava de tocar piano! Sorri com o pensamento. Onde posso arranjar um piano?

Imediatamente me lembrei do antigo piano da minha Avó.

Olhei o relógio na parede. Todos acordariam em breve, eu tinha que ser rápido.

Sai do quarto em disparada, encontrei meu pai no corredor.

- Pai!! - Chamei andando até ele de forma apressada.

Fleamont parou de andar se virando para o filho, que estava ofegante, como se tivesse corrido uma maratona.

- Precisa de algo? - Perguntou.

Assenti de freneticamente.

- Onde está o antigo piano da vovó?-Meu pai franziu o cenho.

- Porque quer saber? Até onde eu sei, você não toca.

Abri a boca pra responder, mas parei, lembrando que meu pai, assim como minha mãe, não sabiam de Reggie.

- Mamãe tá acordada? - Questionei, passei a mão pelo cabelo bagunçado.

- Está no nosso quarto.

- Podemos ir pra lá? Preciso contar algo a vocês. - Pedi.

Apesar de estar um pouco confuso, ele acenou. Liderei o caminho até o quarto.

*

- Maldita Walburga! - Minha mãe disse, após eu terminar de narrar toda a história.

- Vocês fizeram bem, filho. - Papai falou sorrindo orgulhoso. - Regulus é bem-vindo, assim como Sirius também é.

Abri um sorriso brilhante em sua direção.

- Seu pai está certo. - Euphemia concordo. - Porém, tenho que dizer... Não foi apropriado invadir a mansão Black. - Concluiu.

- Mas mamãe....

- Sem mas! Não falei que não estou orgulhosa pela sua preocupação com seu amigo, mesmo que eu acredite que sua relação com Regulus é bem mais do que amizade....

Corei com o olhar afiado dela.

- Mamãe.... - Resmunguei.

- Mas o que você fez não foi certo, Você está de castigo! - Finalizou.