Dear Boss | Volsher.

014

Compensando meu sumiço com uma maratona de cinco capítulos, espero que gostem ;)! Boa leitura. 💜

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- Irrul! E a festa só está começando, meus amores. Sejam bem-vindos ao paraíso, às portas abertas para fugir de sua vida monótona... Bebidas! Mulheres! - Victor ergue os braços.

Marcos dá risada:

- Porra, você não tem vergonha na cara.

- Tenho sim, poxa. Mas não achem que vou me comportar só por estar com vocês esta noite.

- Nunca vi advogado mais sedento por descontrole.

- Descontrole nada. Tenho todo o controle na palma das minhas mãos.

O lugar está cheio por ser uma noite de sexta-feira, por isso não me surpreendo diante da dificuldade de me locomover dentro do espaço.

O bar tem inúmeras pessoas e cheira a bebida e fritura, e o ambiente está vibrando de conversas altas e um som que ainda não está estalando para fora da caixa de som. Mob e Victor estão andando à procura de alguma mesa, mas estou mais preocupado com o que beberei.

Meu organismo implora por algum meio de me esquecer do que ocorrera hoje. Desesperadamente. Depois de uns minutos em busca de um lugar disponível, nós achamos e nos sentamos.

Uma mulher de cabelos ruivos passa por nós, e Augusto segue seus movimentos.

E não perde tempo:

- Está vendo? Esse lugar tá chovendo mulher hoje, cara. Vai ser a oportunidade perfeita para te tirarmos do seu sofrido celibato! Precisamos brindar, um brinde ao fim desta loucura interna de Ramos. - Mob ri:

- Acalme-se, Victor. Mal acabamos de chegar.

- E como você acha que as coisas funcionam, Sr. Comprometido? Não venha querer ditar o que um solteiro deve fazer em uma festa.

- Não estou querendo ditar nada, mas Ramos não está acostumado com esse tipo de coisa, então tem que pegar leve. O cara mal sabe como agir numa festa, olhe aí.

- Não é que não sei agir. - Protesto. - Apenas... faz tempo que não estou dentro de um espaço assim.

Olho ao redor e ajeito-me na cadeira, ligeiramente desconfortável, mesmo sabendo que logo irei me adaptar.

- Isso não foi falta de convites. Perdi a conta de quantas vezes lhe convidamos para as festas de fraternidades na época da faculdade. Você só ficava naquela porra de quarto estudando. - Relembra Victor.

- Sim, sei disto. Eu negava e continuaria negando. Mas não sou um homem que não cumpre promessas. Você me fez prometer estar aqui.

- É, verdade.

- Vamos pedir alguma coisa para comer primeiro. Meu estômago parece uma cratera vazia. - Mob pega um cardápio mal feito, com marcas de gordura no plástico rasgado.

- Hummmm... acho que vai demorar, em. Pelo jeito há muitos pedidos para serem feitos. - Detalha Victor.

- Tudo bem, nós esperamos. Mas preciso comer algum coisa. Vão querer o quê?

- Peça frangos fritos e nachos ao molho cheddar. Este lugar faz frangos e nachos incríveis, suspeito que os melhores da cidade.

Meu estômago revira.

- Não, por favor. Isto não. Para mim peça a coisa mais saudável que venda neste bar.

- A mais saudável? Acho que são cebolas fritas.