Capítulo 25

117 28 9
                                    

Cristina

— Sunchine, acorda.

Ouvi alguém me chamar e abri os olhos tentando me adaptar a claridade do ambiente, que era pouca, mas ainda assim me incomodou levemente.

— Que horas são? — perguntei bocejando.

— Oito da manhã, hora de levantar, querida. — Beijou meu pescoço e sorri por isso.

Achei que teria uma noite de sono turbulenta por causa dos acontecimentos do dia anterior que me perturbaram tanto, porém dormi muito bem e talvez isso fosse devido a presença de Augusto ao meu lado o tempo todo.

Pude ver o quanto ele tinha ficado mexido com o que lhe contei e que o machucou saber o que Félix foi capaz de fazer comigo, mas também vi a raiva que ele tentou controlar e entendia que fez seu melhor para não me deixar aqui e ir atrás do irmão para fazê-lo pagar pelo que fez com as próprias mãos.

Eu havia ficado com medo de que ele ficasse tão exaltado que fosse atrás de Félix assim que descobrisse tudo, porém ele novamente me fez amá-lo mais um pouco ao não sair do meu lado no momento em que mais precisava dele.

— Há quanto tempo está acordado?

— Já fazem alguns minutos. Fiz algumas ligações e vou ter a manhã livre para ficar com você, também já fiz nosso café da manhã.

Sorri por ter o melhor noivo que poderia sonhar em ter e o abracei fazendo com que deitasse comigo na cama.

— Amo você meu Book Boy — falei no seu ouvido e ouvi ele rir.

— Também amo você, Sunchine.

Recebi outro beijo no pescoço, mas agora um mais demorado e que me fez arrepiar.

Ainda me sentia abalada ao me lembrar de ontem, um dia que começou tão calmo e se tornou tão turbulento, no entanto conseguia me distrair muito bem estando com Augusto comigo.

Me levantei da cama e fui ao banheiro fazer minha higiene e trocar de roupa. Diante do espelho vi que as marcas no meu queixo estavam um pouco melhores graças a pomada que minha irmã tinha comprado, mas a marca roxa estampada na minha coxa ainda parecia a mesma, me fazendo sentir um arrepio ruim ao olhá-la e me lembrar de como tinha sido feita, o que também me fez ter uma intensa vontade de chorar, no entanto me recusei a fazer isso e deixar que outra vez Félix estragasse meu dia.

Não querendo me perder me pensamentos que me fariam relembrar meu pior dia e me fazer chorar e voltar a ter medo, retornei para perto da pessoa que poderia continuar me ajudando a deixar aquilo para trás e que agora era meu alicerce.

Augusto ainda estava sentado na minha cama Mas agora havia uma bandeja de café da manhã ao seu lado, o que me fez sorrir.

— Gosto quando faz esse tipo de coisa, faz eu me sentir especial — disse me sentando ao seu lado.

— Você é especial, amor. — Segurou meu rosto e me deu um beijo demorado. — E gosto muito de ver esse brilho voltar ao seu olhar, o brilho do meu raio de sol.

— Não sei como pode dizer que eu brilho, quando sou a pessoa mais reclusa e tímida que eu conheço.

— Você brilha na minha vida — respondeu ficando mais próximo. — Um dos seus sorrisos tímidos é o suficiente para fazer eu me sentir bem mesmo no meio de um caos.

— Onde aprende a falar essas coisas?

— Para a sua sorte eu sou o tipo raro de homem que lê livros de romance — disse colando seus lábios na minha bochecha e depois próximo a minha orelha. — E não são só palavras que aprendo nos livros.

Sempre Perto - Livro 4 Série: Paixão e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora