1.O país de um deus

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Nessa fanfic a biblioteca de Alexandria não foi destruída e há distorção histórica para se adequar a fanfic que se passa AC;

Fanfic  disponível também no spirit;

A história utiliza o recurso onde a leitora/or dará o nome a personagem durante a leitura, tendo suas características principais e personalidade definida pela escritora. O intuito é apenas aproximar quem está lendo ainda mais da obra por meio do famigerado Sn (seu nome), mas fique a vontade para ler como desejar;

Lembrando que Sn = Seu nome.

A arrogância de um deus

A arrogância de um deus, perece diante da fé humana - Queen the vampire

Eu estava a mais de meia hora na biblioteca estudando quando me deparei com livros sobre minha mitologia favorita, das três versões que encontrei duas já havia lido e uma por ser a romanizada foi a que prendeu a minha atenção.

O ódio nutrido pela humanidade. Li o título convicta de que seria uma romanização romantizada ridícula.

"Poseidon odeia todos os seres humanos." — sussurrei com a primeira fase achando algo tão clichê, fui além deixando tal livro de lado e puxando pesquisas e itens cartografados e quando dei por mim a mesa que eu ocupava estava repleta de livros, retornei para a versão romanizada da história grega, pulei direto para o capítulo de Poseidon já que gosto bastante de seus domínios marítimos.

"Sede de antiga civilização que supostamente existiu no oceano Atlântico, a oeste da Europa e África, essa ilha do continente lendário teria submergido, há milhares de anos, em decorrência de um cataclismo geológico."

— Ok isso sim desperta a minha curiosidade, em todos os livros que li desde a minha infância Poseidon tem sua residência fixa na morada dos deuses vulgo Olimpo, mas sua morada pessoal é o mar e é nela que descansa, em vários trechos dos mais diferentes livros é dito que o deus dos mares reside em Atlântida e bom... É atrás dela que estou, fui criada no templo dos deuses gregos enquanto meus avós os serviam e após a partida de meu pai em busca de uma vida melhor acabei sendo obrigada a cultuá-lo também e acabei por desenvolver um curto interesse pela história. Veja bem, não é como se eu precisasse disso para viver, mas todos os humanos há um objetivo e depois de passar tanto tempo sobre um mesmo critério minha mente não consegue parar de pensar nisso e em minha busca desenfreada pela verdade já passei por diversos perigos envolvendo o mar e estou prestes a me envolver em mais uma.

Fechei os livros que seriam irrelevantes e peguei minhas anotações vi que um dos mapas que havia aqui me serviria perfeitamente, então sem que fosse percebida enfiei o livro na mochila deixando claro para mim mesma que não o estava roubando e sim pegando emprestado por tempo indeterminado, partir da ilha ao qual estava depois de me despedir da senhorita que ficava atrás do balcão conferindo os livros e obviamente que seu nariz se torceu ao me ver, uma mulher de calças imagine a confusão que se instalou na cabeça dela e para circular melhor entre os homens que se julgavam de respeito prendi(ou não se forem curtos) meus cabelos antes de por o chapéu e fui até o porto, minhas últimas economias seriam usadas para velejar em um navio meia boca com um capitão moribundo e com cheiro de rum, parabéns Sn! Seu pai te morreria de desgosto se visse isto e eu só consegui relembrar a reza que minha avó me obrigava a fazer toda vez que meu pai enfrentava os mares pedindo para Poseidon os abençoar sem desrespeitar os mares.

...

A comida por um fim e um redemoinho forte estava a nossa frente, o navio se despedaçando aos poucos, notei o capitão bater continência e encher a cara antes de pular do navio.

"Mais que raios o capitão não é o último a abandonar o navio?" — Corri até o leme em desespero tentando controlar aquele navio que aos poucos era engolido pelo mar, não acredito que minha vida vai acabar assim, sem descobrir a verdade entre o mito criado pelos humanos. A água girava muito rápido, parei de tentar controlar o leme e me agarrei na coluna ao qual deveria haver uma vela e fechei meus olhos notando o que aos poucos não sobrava nada quando senti a água em minhas coxas tentei me preocupar com o que realmente importava: se eu irai morrer pelo menos que o conhecimento contido nas páginas do meu livro ficassem intactos, com dificuldade fui até a cabine do capitão forçando a porta e subindo sobre a mesa, peguei puxei o tecido da cama e peguei a faca dentro dos meus pertences o cortando, enrolei todos os livro em tecido e e notei uma caixa de vidro em uma prateleira elevada onde parecia haver botões de flores e fume a abri e joguei tudo no chão colocando meus livros embalado em tecido ali dentro não tinha um cadeado então fechei como pude e enfiei em minha bolsa a segurando como pude, saí da cabine e retornei para o mastro a água em meu peito e minha respiração levemente ofegante, me acalmei tentando submergir em vão pois a partir daquele momento fui puxada para o fundo do mar com tanta força que só tive tempo de priorizar minha respiração e me desviar das pequenas madeiras que vinham em minha direção, uma no entanto, me atingiu e tenho certeza que foi nesse momento que o ar começou a faltar em meus pulmões e aos poucos me senti afogar abrindo meus olhos para contemplar a vastidão do oceano pela última vez.

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..

...

Eu abri meus olhos descrente, eu estava viva? Como? Observei o lugar, uma cidade estupidamente limpa com água em volta meus olhos brilharam será que toda a minha vida valeu a pena? Tentei me levantar e senti algo em meus braços.

— O que é isso? —Sussurrei.

—Bom parece que a intrusa acordou. — A voz veio detrás de mim. — Devemos matá-la antes que o deus dos deuses saiba de sua existência.

Havia uma pressão no ar em meio ao burburinho.

— Espera quem são vocês? — minha voz saiu mais alta do que o esperado.

— Calem a boca dessa coisa. — Um tremor passou por todo o meu corpo, o que raios estava acontecendo? Eu me desesperei e comecei a rezar, não fazia a menor ideia de que local era aquele, sei que não é o submundo por ser muito claro. Um estrondo ocorreu ao longe e percebi aqueles que estavam ao meu redor desaparecerem me deixando com ambas as mãos presas em um lugar que mais parecia um altar de sacrifício e estou começando a sentir frio, o mar calmo parecia vir em minha direção e conforme sua onda repousava o ar se tornava mais frio.

— Era melhor ter morrido. — Sussurrei.

— Para uma humana até que és bem inteligente. — Dessa vez a voz veio a minha frente e um homem vestido de mordomo encostou em meu queixo o erguendo. — Seus lábios estão sem cor, sua pele fria, pelo visto está morrendo.

Sua óbvia conclusão me fez sorri.

— Pode me responder uma pergunta, caro desconhecido?— Me mantive firme o notando não largar meu queixo. — Onde estamos?

Ele pareceu ponderar se me diria algo, depois se aproximou tirando as correntes do chão e mantendo meus braços bem presos.

— Está em Atlântida. — Foi direto e eu senti meu peito bater tão forte como se meu coração fosse sair. Depois de tanto tempo eu finalmente cheguei aqui.

— Atlântida a cidade do deus dos mares, um verdadeiro continente desconhecido onde só os escolhidos habitam. — Sussurrei deixando meu olhar vagar pelo local, tão belo e majestoso, haviam três anéis separando suas áreas e no centro um grandioso castelo e era ali que eu estava, não exatamente no centro, mas bem próximo dele.

— Pelo visto fez o dever de casa, uma pena que Poseidon não tenha paciência com humanos, mesmo que sejam minimamente interessantes.
Os olhos dele pareciam me ler como um livro aberto.

— Bom eu não me importo com o restante na verdade, será interessante ver a reação dele a respeito desse ato implanejado.

Senti minhas mãos suarem como se tudo pelo que almejei em toda a minha vida fosse se realizar.

A arrogância de um Deus | Poseidon (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora