Meu dia começou diferente, me levantei para ir ao banheiro e quando voltei o deus estava encostado na minha cama.
- Vista isso. - Poseidon tacou um tecido na minha direção e eu o olhei descrente. - Não permito que fique imunda ao meu lado.
Respirei pesado
- É simples não me de trabalhos pesados e ficará tudo bem, fora que não estou suja. - Como esperado ele me ignorou foi até a mesa e se sentou, eu não percebi que havia comida ali.
- Está esperando o quê? Vá agora ou eu mesmo farei por você. - Batendo os pés fui até o banheiro adentrei fechando a porta com força e praguejando:
Como ele ousa? Que deus metido e mimado! Hades te criou muito mal!
Tirei minhas roupas e pus o vestido que ele me deu odiando a peça.
- EU NÃO VOU USAR ISSO POSEIDON! - Falei alto o suficiente para que ele ouvisse.
- Seu tempo está acabando humana. - Sai do banheiro meio descabelada encarando Poseidon que permanecia sentado comendo algumas frutas.
- Isso é péssimo. - Tapei meus seios. - É muito transparente, fui até a cama e peguei o lençol cobrindo meu corpo.
- Não são tão impressionantes ao ponto de atrair olhares, são só seios comuns de uma humana insolente. - Ele revirou os olhos. - Agora sente e coma, se eu me atrasar te faço pagar!
Respirei fundo arrastando o lençol e me sentando na cadeira. Havia sucos, frutas e pães e eu comi calmamente até notar que apesar de não olhar em meus olhos o semblante do deus dos mares recaia sobre meu busto.
- Se são tão sem graça por que está encarando meu corpo?
Ele não me respondeu, mas o olhar mortal de quem me ignoraria foi o suficiente. Terminamos de comer e ele simplesmente começou a andar, só tive tempo de calçar as sandálias enquanto ele ia na minha frente.
- Imperador. - Grisha fez uma curta reverência.
- As sereias e algumas nereidas já estão na sala, ao seu aguardo.
Ele se aproximou da deusa de fios escuros.
- Excelente, leve a humana até a cozinha depois que terminamos aqui. - Poseidon se aproximou mais dela e se abaixou sussurrando algo em seu ouvido. A deusa deslizou os dedos pelo braço dele e depois se despediu com uma reverência e céus que vergonha por que tenho que assistir a isso?
- Você irá trabalhar bastante hoje e a tarde irá ao meu encontro entendeu!
- E quando vou poder fazer as minhas pesquisas?
- Silêncio! Agora vá.
E assim saiu me deixando com mais raiva, detesto esse sentimento. Deus meia pataca! Pensei, mas fui tirada de meus devaneios por Grisha que me pediu para segui-la.
- Posso lhe perguntar algo? - Eu estava muito incomoda.
- Fique a vontade.
- Por que você o serve?
- Não é óbvio? - Sua resposta me deixou confusa. - Pelo visto não, eu o o sirvo porque quero. Poseidon é um deus inigualável.
- Então és apaixonada pelo deus dos mares. - Concluí, não havia outra explicação para uma deusa tão bela se sujeitar a isso.
- Não. Amor é algo que deve ser recíproco, se apaixonar por um Deus como Poseidon é o mesmo que não amar a si própria, seria um sentimento humano sujo que me levaria ao poço.
Tive que rir.
- O amor não é um sentimento sujo e sim puro, mas de uma coisa você tem razão. Se apaixonar por alguém como Poseidon é o mesmo que sofrer em todos os estágios do submundo. - Ela me encarou, como se não gostasse do que falei.
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A arrogância de um Deus | Poseidon (concluída)
Fantasía-- Um deus não se curva, não faz motim, não precisa de amigos. Os deuses não se unem e sua palavra vira uma verdade absoluta no momento em que é dita. É isso que faz dos deuses seres perfeitos. Ri, estalando a língua no céu da minha boca. -- Nada e...