A: = Meu comentário no capítulo
Os vínculos de uma deusa
Por Poseidon,
Três dias se passaram desde a maldita reunião com meus irmãos que pareciam dedicados a tirar toda a minha paciência enquanto imaginavam diversos relacionamentos alternativos para mim. Segundo Zeus eu deveria ter no mínimo umas seis mulheres entre criaturas do mar e
Hades que parece exemplificar como Perséfone está certa e que eu deveria ouvi-la.
O problema é que juntando tudo isso ao fato de que Sn anda irredutível só me deixa ainda mais estressado eu vou acabar matando alguém! Batidas a minha porta, destravaram meus pensamentos e fui obrigado a deixar que entrassem.-- Imperador desculpe incomodá-lo, mas a senhorita não estará disponível para o almoço. -- Camilla me informou e pude vê-la se encolher conforme meu palácio passou a tremer, essa sereia é a única que jamais me irritou ou sequer tentou e é por isso que lhe dei a minha proteção.
-- Diga a sua senhora que não admito essa decisão. -- Sn está passando dos limites, como se não bastasse ter se mudado para o quarto mais distante se nega a me ver. Há três dias que meu sono é uma porcaria e essa humana insolente nem teve a coragem de buscar as próprias roupas mandando Camilla e as demais serviçais até aqui, agora eu estou puto e com meu estresse em níveis latentes.
Camilla se curvou em respeito.
-- Senhor. A senhorita Sn e a senhora Perséfone vão almoçar com o deus Hermes. Com licença.
Respirei pesado, é hoje que eu alguém morre.
Por Sn,
Tudo está mais leve, até a sensação terrível de cansaço tem deixado meu corpo aos poucos e agora Perséfone não para de rir enquanto recebe o que deveria ser uma bronca do próprio marido.
-- Querido não é assim que vai me convencer. Verei com Sn o que faremos e depois lhe informo está bem? Claro meu bem, também te amo.
Desligou uma espécie de comunicador muito esquisito e me olhou.
-- Onde estávamos?
-- Na parte da Harpa, já que lhe contei que não vou encostar naquilo. -- Apontei para o órgão de tubos lembrando de quando fiquei presa e ela riu de leve, realmente agora parece engraçado.
-- Ok, você sabe o que tocar?
-- Tive algumas aulas com Hermes, não sei ao certo se ficaram boas, mas escute. -- Levantei a barra do vestido e me sentei atrás do instrumento e comecei a dedilhá-lo me recordando das poucas aulas que tive que Hermes e de como nunca poderei esquecer essa música, ao fim da minha curta apresentação Perséfone sorriu.
-- É a música de Poseidon, foi ele quem lhe ensinou? -- Neguei. -- Então ele ficará ainda mais desesperado. -- Ela riu. Estou começando a crer que Perséfone está com raiva dele.
-- Aconteceu alguma coisa entre vocês?
-- Hunf. Digamos que ele ousou me chamar de Aphrodite, da pra acreditar no seu futuro marido? -- Ironizou.
-- Ah não Perséfone você também não! Poseidon não é meu futuro marido, tá mais pra futuro solteiro eterno. Aquele deus meia pataca! -- Ela gargalhou.
-- O que meu cunhado estúpido fez dessa vez? -- Preferi desviar meu olhar do que comentar sobre a nossa recente briga onde ele tentou me seduzir mais uma vez para que eu desistisse de sair do quarto, aquele deus cretino... Ainda consigo me lembrar dos nossos beijos e de como eu me deixei levar pela situação o empurrando na cama e saindo revoltada do quarto. Balancei a cabeça, não posso me permitir pensar nele. -- Ah Sn, ele te seduziu e você cedeu.
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A arrogância de um Deus | Poseidon (concluída)
Fantasy-- Um deus não se curva, não faz motim, não precisa de amigos. Os deuses não se unem e sua palavra vira uma verdade absoluta no momento em que é dita. É isso que faz dos deuses seres perfeitos. Ri, estalando a língua no céu da minha boca. -- Nada e...