14. A falsa benevolência de um deus

1.8K 161 26
                                    

A falsa benevolência de um deus

Acordei sentindo meu corpo todo doer, céus porque consenti que tirasse minha pureza? Ergui metade do meu corpo na cama macia ao qual Hermes me deixou e notei que ainda estou usando as vestes do deus até agora.

-- Bom dia. -- Me assustei puxando as cobertas até esconder meus ombros. - Não precisa ficar assim, mandei prepararem um vestido pra você e o café está na mesa ao lado vamos?

Observei Hermes sorrir antes de tomar uma xícara de café, eu fiquei muito confusa e levemente incomodada, por mais que ele demonstre benevolência seus olhos ainda são analíticos e está claro que não desistiu da ideia de que eu não sou uma mera humana. Eu realmente não sei o que pensar a seu respeito.

-- Eu...

-- Ah sim, ainda deve precisar de ajuda para levantar. -- Ele estava com razão e por esse motivo desviei meu olhar envergonhado.

-- Eu vou...

Hermes não conseguiu terminar de falar pois a presença esmagadora de Poseidon se fez presente e apesar de querer me ajudar o deus menor saiu. Poseidon se aproximou e me encolhi e ele me olhou desacreditado, esse deus é tão grosso que tem horas que me dá nos nervos! Poseidon me tomou em seus braços e saiu do quarto os corredores estavam vazios e assim fui levada até um lugar que parecia uma floresta e em seu centro havia uma cachoeira tão cristalina que me fez ficar inerte diante de tanta beleza.

-- Que lugar lindo. -- Sussurrei.

-- São as águas do Atlântico. -- A mão dele foi até o nó da minha roupa ao qual segurei.

-- O que pensa que está fazendo?

-- Tire isto, está terma tem propriedades curativas.

-- Pode por-favor me por no chão? - Poseidon me largou sobre a grama e caí ajoelhada Murmurei um idiota torcendo para que ele não tenha ouvido e depois ele se apoiou na parede. -- Não vai se virar?

-- Se exigir mais alguma coisa de mim, conhecerá a dor de ser perfurada pelo meu Tridente.

Seu semblante estava muito sério como se a raiva tomasse conta de si e por esse motivo, tirei minhas vestes desviando meu olhar. Essa situação é muito constrangedora, ouvi um barulho de algo caindo e fechei meus olhos, o barulho da água logo em seguida me chamou atenção e desviei para terma conferindo Poseidon na água, engoli em seco minha saliva antes de ir até a ponta e adentrar a terma que até então eu não sabia que era funda, mas antes que algo pudesse acontecer senti a própria água me segurar e me levar de encontro ao peito dele, meu bumbum ficou encostado em sua coxa já que estava claramente sentado.

Céus, eu preciso conter minha vergonha. Aos poucos senti a dor que estava no meu quadril ir sumindo e os movimentos ficarem mais leves, meu corpo estava completamente curado, mas minha mente confusa e eu não iria agradecer pelo mínimo, sendo assim permaneci em silêncio encolhida em seu colo até que a direita deslizou por minha coxa.

-- A partir de hoje dormirá em meus aposentos.

-- Espero que tenha duas camas. -- Sussurrei e sei que ele ouviu, mas não disse uma palavra. -- Não saia do palácio entendeu?

E assim se afastou saindo da água completamente nu, dessa vez lutei para não desviar meu olhar, ele estava de costas então podia me permitir ver seu corpo escultural e o motivo das minhas dores internas quando se virou de frente de propósito.

Poseidon sumiu e ali eu fiquei até sentir meu estimado roncar, ao sair da fonte notei que o cinto havia sumido e não tinha outras roupas para eu usar, caminhei pelo local rapidamente procurando algo e nada, não me restando outra opção que não fosse sair nua, mas graças aos céus há uma toalha dobrada na pia, me sequei e enrolei nela seguindo para o quarto que dormir com cautela ao adentrar. O vestido que Hermes me trouxe estava sobre a cama junto a uma flor para os cabelos e peças íntimas as vesti rapidamente e tomei o café da manhã que ele havia trazido estava tudo tão bom. Estava prestes a procurar um lugar para deixar a louça quando notei a caixa de vidro sobre a cômoda, apressadamente fui até ela notando um papiro acima do vidro.

A arrogância de um Deus | Poseidon (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora