3. A arrogância de um deus

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A personagem tem um bordão muito simples então é comum vê-lo se repetindo, lembrando que há distorção histórica então não espere algo de acordo com a própria mitologia, espero que apreciem esse UA tanto quanto tenho gostado de escrever. Boa leitura, pré-revisado.

A arrogância de um deus

Por Hermes,

Eu estou a meia hora olhando para essa garota humana, seus fios caem sobre seu belo rosto contrastando com seus orbes coloridos, a respiração levemente extasiada e principalmente o sorriso de nervoso, me aproximei e tirei as corrente de seus braços enquanto ela massageava os próprios pulsos.

— Não sou um torturador garota, digamos que estou interessado na sua aparência diferenciada. Me conte como é viver na terra se escondendo? — Comecei a andar pelos corredores e ela fez o mesmo sempre de cabeça baixa como se estivesse assimilando tudo o que está acontecendo, sem dúvidas alguma deve ser demais para um humano.

— Eu só quero meu pertences se não for pedir muito.

Tive que rir.

— O que você quer no momento não importa, pode simplesmente responder as perguntas enquanto comemos. — Afirmei notando-a parar de andar. — Imagino que esteja com fome, me acompanhe até a cozinha.
Apesar de inerte me seguiu e percebi que estava confusa.

— Com todo respeito deus Hermes por que me salvou? Quer dizer, estou grata, mas por quê?

— Já disse seus cabelos me deixam intrigados e esse olhos... Ouso dizer que um pertence a lua.

— Impossível deus Hermes. —  Ela sorriu. —  Minha mãe é uma das ninfas do templo de Poseidon e meu pai um simples aventureiro. Os escribas diziam que meu nascimento foi uma punição por minha mãe ter entregado sua pureza a um homem e não ter permanecido uma ninfa de deus, então para salvar sua alma das tormentas e punições do submundo fui criada no templo do deus dos mares.

Tal relato me deixou ainda mais intrigado e o melhor é escuta-la sem rodeios. Ao chegarmos na cozinha vi uma das deusas menores responsáveis pela comida se aproximar, seu corpo volumoso, seus olhos gateados em tom esmeralda e sua pele escura como o mar profundo, os fios como noite.

— Deus Hermes o que deseja? — Curvou-se moderadamente e estranhei, até onde sei essa deusa menor está no anel superior dois, não tem função de servidão para com Poseidon.

— O que faz aqui?

— Sou Grisha, estou aqui a pedido do próprio imperador Poseidon. — Tais palavras me colocaram em alerta, se ela não está se deitando com Poseidon foi posta aqui para vigiar, se bem que é capaz de está fazendo os dois. 

— Perfeito. Grisha pode preparar algo para Sn comer? — Ela Assentiu é diferente das outras ouso dizer que não olhou para humana com ódio e sim... Pena.
A garota humana estava sentada e quando viu a comida pude ouvir o ressoar claro de seu estômago.

— Me desculpe por isso, eu não sabia que estava com fome. — Sussurrou envergonhada enquanto coloquei um prato a sua frente e enchi uma taça de vinho, ao qual recusou.

— Não bebes?

— Não, mas obrigada. — Se limitou a comer, aquela humana comia tão calmamente que não havia diferença entre raças  nesse momento.
Após o consumo da refeição chamei-a pelo nome e pedi que me acompanhasse, aos poucos notei como a garota bocejava mais que o normal não conseguindo responder uma simples pergunta, foi então que olhei para trás e vi Grisha há alguns metros de nós.

A arrogância de um Deus | Poseidon (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora