6. O desejo de um deus

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Me encontro confuso e com minha intangibilidade comprometida, mas ainda assim sou capaz de  permanecer firme diante do que quero. 


O desejo de um Deus


"Estar em minha frente é imprudência
Implorem por clemência
Do meu Tridente não escapa
Se não cumprir minha exigência"


— Você não aprende, como ousa enganar um deus? — Meu coração bateu de maneira desgovernada conforme ele se aproximou o tridente parecia mais brilhante do que o comum e tenho certeza de que esse é o meu fim.


Por Poseidon,

— Como? — Essa humana desgraçada está mesmo mentindo pra mim? Ela acha que não percebi que o corpo apesar de perfeito não tinha esse cheiro bom?

— Tenta de novo. — Apertei meu tridente e ela olhou para arma antes de me olhar, estou com tanta raiva que nem me dei ao trabalho de se vestir.

— Eu só fiz uma pausa. — Arqueei a sobrancelha, Hermes não sabe o erro que cometeu.

— Que bom, pois agora irá lavar todos os corredores do palácio e quando acabar vai ajudar Grisha na cozinha, limpar todo o palácio e se sobrar tempo dormirá, do contrário morrerá de exaustão. — Minha benevolência latente, mais uma vez me fez deixá-la viva e isso aumenta a minha irritação. Me virei de costas pronto para sair e sentir essa humana relaxar, então puxei-a com a água a envolvendo e saindo dali como se nada tivesse acontecido.
Ao chega em meu palácio soltei-a na porta. — Comece por aqui — Apontei para as colunas.

— Mas como vou fazer para limpar lá em cima? — Ela estava falando comigo, será possível que essa humana perdeu a noção completa de quem sou? Dexei-a falando sozinha e antes que pudesse chegar em meus aposentos senti a presença do mensageiro, distante pois sabia que poderia morrer de se aproximasse demais.

— Sua constante presença no meu reino vai me fazer mata-lo.

— Não duvido. Porém vim a mando de Zeus, os deuses nórdicos solicitaram uma reunião e diga-se de passagem você já está atrasado. — Só com meu olhar fiz com que Hermes sumisse, mas sei que esse desgraçado vai até a garota. Com meu tridente em mãos sai da sala em direção a mais uma reunião sem fundamentos e nesse ponto gostaria de estar no lugar de Hades, afinal meu irmão mais velho nunca comparece a tais trivialidades.


Por Hermes,

Já estava mais do que claro que essa humana me fascinou, não com interesses corpóreos ou qualquer outro sentido dado a luxúria. Sn tem uma mente interessante e um passado que só vou descansar quando me entediar.
Segui até a entrada escutando-a mesma praguejar e não consegui conter minha risada, essa humana é mesmo audaciosa, pois Poseidon ainda está por aqui e ela o está chamando de Deus pervertido e miserável, apareci apenas para vê-la tentar escalar uma das colunas do palácio, parecia uma criança tentando subir em algo impossível:

— O que pensa que está fazendo Sn?

Ela parou de subir e me olhou assustada caindo sentada no chão.

— Oh deus Hermes que susto! Pensei que fosse o troglodita do mar. — Balancei minha cabeça, essa Humana é deveras divertida. — Sobre a sua pergunta estou vendo como vou fazer para limpar o topo desse palácio já que o imperador da vilania quer tudo limpo, o chão as colunas e até os vasos, céus não tem nem sujeira nessa lugar! E depois tenho que ajudar a senhora Grisha na cozinha.

A arrogância de um Deus | Poseidon (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora