46.O cansaço de uma Deusa

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Ainda no baile:

Por Zeus,

A festa estava perfeita e eu adorei saber que Aphrodite também queria união do meu irmão e da nossa provável destruição. Adamas adentrou o salão sério e claramente revoltado.

-- Eu não gosto dessa ideia estapafúrdia Zeus.

-- Bobagem Adaminhas vamos apenas ajudar Pose e Sn você viu como ele brigaram? Então coloca isso no suco dela. -- Lhe entreguei um frasco da bebida mais potente que já tomei, suave por não sentirmos seu gosto ou sequer seu cheiro, mas altamente alcoólica, uma das muitas cortesias de Shiva.

-- Se isso não funcionar ajudarei Poseidon a te matar! -- Gargalhei, pelo visto o humor dele está melhor e antes que saísse segurei em seu braço:

-- Só mais uma coisinha, garanta que esse álcool esteja em todas as bebidas, precisamos que Sn engravide... -- Adamas saiu sem me deixar terminar, se não fossem tão ingratos veriam pelo meu ângulo. Não permitirei que meu trono seja ameaçado ou sequer a nossa forma de viver, se Sn despertar completamente será o fim de tudo, fora que Pose está louco para ser pai desde que encontrou com essa humana, diga-se de passagem parece que achou o útero perfeito, por que nem precisou falar conosco que somos seus irmãos para que entendamos que está completamente apaixonado por ela.

Atualmente:

Por Adamas,

Eu havia escutado tudo, pela primeira vez usei uma das armas de Zeus ao meu favor, Sn está completamente confusa e por um minuto senti meu braço ressoar, como se uma onda de choque passasse por todo o meu corpo e ecoasse em minha cabeça, me fazendo ter diversos pensamentos e sensações estranhas, como por exemplo, a vontade de pedir desculpas e até mesmo entender melhor essa mulher. Isso é tão confuso...

-- O que veio fazer aqui deus Adamas? -- Sua voz parecia um encantamento.

-- Quero conversar com você. -- Olhei-a intensamente me recordando de quando sua presença foi notada no Olimpo, o alarde que se deu por dizerem que ela conseguia ser mais bela que a deusa do amor e não estavam mentindo e principalmente o choque ao vê-la acompanhada de Poseidon e graças a língua de Zeus todos souberam que Atlântida foi praticamente afundada por tentarem contra a vida dessa mulher e se me recordo bem foram essas as palavras que Poseidon usou quando pensou em me matar e agora olhando-a de relance, não compreendo o que me trouxe até aqui, eu apenas...Vim.

-- E sobre o que seria? -- Ela parecia receosa, mas não queria demonstra, mesmo que eu sentisse.

-- Que tal se eu te contasse o que tanto quer saber... -- Nem eu sei o que estou fazendo porra.

-- Como poderia saber algo sobre mim? Não aparenta ser um deus que se interesse pelos outros. -- Ela está com a razão, não sou, mas de certa forma eu quero falar.

-- Digamos que estou generoso e que de alguma forma você me amaldiçoou. -- Seus belos olhos piscaram diversas vezes. -- Veja bem Sn, não há outro motivo para que eu venha até aqui.

-- E ainda assim não posso acreditar em você, sem me conhecer, me tomou como prostituta, me chamou de vagabunda e ainda tentou me matar. O que espera conseguir vindo até aqui?

-- Devo-lhe desculpas por isso, não era por você entende?

-- Ah claro você queria ferir o seu irmão e pouco importa a hu.... -- Fiquei intrigado por seu silêncio momentâneo. -- Deus Adamas me diga logo o que quer, eu estou muito cansada.

Sua mudança de assunto repentina por um momento me lembrou ao meu irmão Zeus.

-- Primeiro saiba que foi o velho que te embebedou e digo como sinal de boa vontade.

A arrogância de um Deus | Poseidon (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora