ᴘʟᴜs, ɪᴍᴀɢɪɴᴇs.

always and forever ⌯ Eddie Munson

•🕳️🤸‍♀️☠️ Stranger Things

Tema: sad

—Oi amor.— sorri com os olhos cheios de lágrimas. Passei uma mão na lápide de Eddie e deixei uma rosa ali.

Me sentei na grama de frente para a lápide e abri a carta que estava nas minhas mãos.

—As coisas estão um caos. O Mundo Invertido tá colidindo com o nosso, tem alguns demogorgons na cidade junto com o Vecna, o Devorador de Mentes e um dragão com várias cabeças. A gente tá se preparando pra batalha final.— respirei fundo antes de começar a ler a carta.

◶ ◷ flashback ◴ ◵

Eu, Max, Steve, Robin e Dustin procurávamos pelo Eddie na casa do Rick Noia.

—Eddie? Você tá aqui?— abri a portinha da casa de barcos e entrei lentamente com todos atrás de mim.

Steve pegou um remo e começou a bater em um barco tampado, enquanto os outros procuravam em outros lugares.

—Você vai mesmo bater em tudo com esse remo? É só tirar a lona.— Dustin questionou Steve.

—Então tira.

O garoto encarou a lona e resmungou. Steve parou de bater no barco e se virou para falar alguma coisa que eu não entendi para Dustin, até que Eddie pulou em seu pescoço.

Com o susto, todos se afastaram um pouco dele, que segurava uma coisa que eu nem sei dizer o que é, perto da garganta de Steve.

—Eddie, Eddie, calma. Vai ficar tudo bem.— me aproximei dele lentamente. Dustin me encarou com uma careta; ele não sabia o porquê eu estava ali ou o porquê eu estava tomando uma atitude. —Sou eu, meu amor.— sorri meio desesperada.

Todos arregalaram os olhos incluindo Steve, que fez uma careta.

—Sou eu, Sn, sua namorada.— falei calmamente. —Você conhece o Dustin, lembra? Essa é Max, a que nunca que jogar D&D. Robin, da banda. E esse é o Steve, meu amigo.

Cada um sorriu e acenou quando falei seus nomes.

—Nós acreditamos em você, e queremos te ajudar. Solta o Steve, por favor?

Ele soltou o Harrington e eu fui até ele. Tirei o que quer que fosse aquilo que ele usava para ameaçar Steve de sua mão e o abracei. Ele me abraçou de volta e começou a chorar.

—Eu não fiz isso, eu não matei a Chrissy. Você acredita em mim?

Ele estava com os olhos marejados, extremamente frágil e com medo.

—É claro que eu acredito. Eu te conheço, sei que nunca faria isso.

E além de o conhecer o suficiente para saber que ele é um marshmallow por dentro, eu estava no Shopping Starcoat ano passado e ajudei Steve a cuidar das crianças quando vários Demogorgons fugiram do laboratório de Hawkings em 84. Eu sabia que era alguma coisa relacionada ao mundo invertido.

—Nós vamos te ajudar, todos aqui acreditamos em você.— sorri fraco. Ele me abraçou mais uma vez e eu fui para fora, respirar um pouco. Eu estava hiperventilando.

—Não sei se eles estão mais chocados porque descobriram que você namora o Eddie ou como você o acalmou rápido.

Steve surgiu do meu lado e passou a mão no pescoço.

—Vi que o Dustin achou muito estranho quando eu me aproximei do Ed, e depois achou mais estranho ainda quando eu o chamei de amor.— acalmei minha respiração.

—A cabeça dele deve ter explodido.— Steve riu.

—A sua não?— o olhei e sorri.

—Um pouquinho, mas eu sabia que você namorava escondido. É a única explicação pra você não namorar comigo.

Eu ri bastante dessa frase.

—Aceita Steve, você tá encalhado.— dei dois tapinhas em suas  costas e voltei para Eddie.

Conversei com Dustin e combinamos que ele e os outros iriam buscar comida e eu ficaria com ele na casa.

Depois de se despedirem, eu e Ed entramos e nos jogamos no sofá.

—Eu te amo.— ele me olhou sorrindo, todo fofo.

—Onw! Eu também te amo.

Suas mãos me puxaram para mais perto, e eu o beijei. Ele me abraçou depois, me apertando contra si.

—Será que vamos conseguir nos casar um dia?

Sorri e deitei em seu peito.

—Podemos fugir pro Brasil ou pro México, e nos casar lá.

—Então você realmente acha que não tem como provar a minha inocência?

—Você sabe que eu mais do que todos queria que você fosse inocentado, mas não sei se é possível.

—E ainda me ama?

—É óbvio, Ed.

O beijei. As coisas foram acelerando até eu subir em seu colo e ele tirar a minha blusa. Porém, antes que qualquer coisa pudesse acontecer, a porta foi bruscamente aberta por Dustin.

—O Steve esqueceu a...— suas sobrancelhas se ergueram e ele fez uma careta, fechando a porta sem falar nada.

Me levai rapidamente colocando minha blusa e peguei a carteira de Steve, abrindo a porta e a entregando para ele.

—Você é um empata foda.

Ele fez uma cara de dúvida que se tornou um sorriso sacana.

—Ok! Foi mal, foi mal!— ele ergueu os braços em sinal de rendição e voltou para o carro.

Entrei na casa e suspirei.

—Acabou o clima né?

—Acabou.— bufei.

—Se quiser dormir comigo, eu posso ser a conchinha maior.

—Eu amaria.

-Hawkins, Indiana, 1986.

—Eu queria que estivesse aqui pra te ter ao meu lado, mas não queria que visse como a cidade está. Eu sei que as pessoas não te tratavam muito bem aqui, mas esse lugar tá um caos. Estamos no limite da cidade, já que o exército evacuou toda Hawkins pra tentar parar o Vecna. Achamos que agora conseguiremos, a Onze descobriu uma forma de compartilhar os poderes dela comigo, então vamos enfrentar o Henry. Enfim, eu volto quando isso tudo acabar. Te amo sempre e pra sempre.

Me levantei e coloquei minhas mãos nos bolsos da calça, olhando para a lápide.

—Não se culpe por não estar lá.— Steve se aproximou lentamente.

—Dustin disse que a última coisa que ele falou foi que me amava. E eu não pude retribuir.— comecei a chorar e ele me abraçou.

Chorei em seu abraço, me desfazendo em lágrimas. Respirei fundo e me separei dele, mudando minha expressão.

—Agora é pessoal. Vamos matar aquele desgraçado filha da puta.

E isso acaba aqui. Se eu escrevesse mais eu ia desidratar de tanto chorar.