Capítulo 36 -🔥 Desejo 🔥

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Continuou-me a bater com uma ligeira força aumentando a profundidade na minha parte traseira.
Inclinou-se novamente para sussurrar-me com a sua voz carregada de desejo.

- Se voltares a ser um menino travesso vou-te castigar. - Ao dizer senti um máximo de profundidade.
Retirou o seu membro , virou-me e prendeu os meus pulsos à minha frente.
Olhos nos olhos, apreciavamos aquele transparecido desejo mútuo.
Um desejo incontrolável e lascivo sem barreiras a impedir de ser expressado.
Ter os braços atados exicitava-me mas todas essas loucuras, de submissão só seriam partilhadas com ele e só com ele. Um jogo de prazeres em que só nós seriamos os jogadores.
Não sei porquê mas isso levava-me para um campo de êxtase como eu nunca pensei entrar.
Não foi preciso tocar no meu membro, já estava erecto.
Colocou os meus tornozelos aos seus ombros e penetrou-me, provocando-me um ligeira dor.
A sua voz ofegante deixava-me ainda mais louco.
Baixou-me as pernas e começou a manusear o meu membro com maviosidade e destreza.
Isso levou a que o meu corpo respondesse claramente ao seu toque.
Em breves minutos:

- Ahh..Ahh..Ahhh!

O meu fluído logo se espalhou para o meu peito e abdómen suado.

Com a tensão na minha parte traseira e com uns movimentos mais fortes e velozes logo ele também em puro êxtase atingiu o seu ponto mais alto de excitação.

- AAAAAHHH! - Gritou libertando toda a sua adrenalina acompanhada por um longo suspiro.

Levantou-me o dorso e desatou-me as mãos. Verificou se os meus pulsos não tinham feridas consequentes daquele fetiche. Tinha apenas umas pequenas marcas vermelhas as quais ele beijou.  aconchegou-me no seu braço e esgotado puxou-me para trás.
Deitados, ambos olhávamo-nos com cumplicidade, sorrindo e aguardando a calma dos nossos corações.
No aconchego dos braços de quem mais amo, repousei nu numa entrega à intimidade mais pura.Onde a vulnerabilidade se transformava em força, e a nudez na expressão máxima de confiança e amor. A nossa pele encontrava-se entrelaçada, numa simbiose de calor reconfortante. Cada toque era um diálogo silencioso, uma troca de carinho que transcendia palavras. A sensação de proximidade, pele com pele, era um abraço que ía além do físico, nutrindo a alma. No silêncio desse momento, o mundo exterior desvanecia, e o único som que se ouvia era a batida a desacelerar dos nossos corações sincronizados.

De repente senti o aperto da sua mão no meu braço e então desabafou:

-Tu não imaginas o choque que foi acordar sem ti ao meu lado e descobrir que pensavas que eu era o teu irmão de sangue.- levou a minha mão até os seus lábios e beijou-a com alívio e uma estima imensurável.
Ainda bem que alguém te viu a entrar em casa e me avisou. Pela descrição que me fizeram, calculei que fosses tu, nong Kiet.
De outra forma, teria ido directo para a Pa'kaew e se não estivesses com toda a certeza eu iria surtar. - Emocionou-se enquanto continuava a beijar-me a mão.
Também eu confessei:

- Pi assustaste-me na fábrica. Estás mesmo bem, certo? - Perguntei.

- Nong kiet eu estou bem. Foi só um desmaio hipoglicémico pelo o excesso de cansaço acumulado agravado pelo o facto de não ter comido nada no dia anterior. - Explicou.

- Acordaste cedo, fizeste-me o congee, alimentaste-me e não comeste nada?? - Perguntei revoltado.

- A primeira coisa que fiz, foi limpar caco por caco que estavam na sala. - Com um pequeno riso continuou:

- Tive muito prejuízo.

- Tens de aprender a controlar esse teu mau génio. - Olhei-o com um misto de seriedade e brincadeira.

- Pi koh tor. - Disse penoso.

- Está tudo bem. - Disse passando a minha mão direita no seu rosto.

Para quebrar o tema da conversa, sugeri:

- Pi Niran, será que podemos passar a noite aqui?

- Claro que podemos Nong Kiet. - Disse com um sorriso.

- Só que há um problema.
Alguém lembrou-se de usar a roupa da cama como corda. - Disse com tom de brincadeira olhando-me.

- Pois e fui castigado por isso. - brinquei também.

- Queres ir ao castigo outra vez? - Provocou-me colocando-se em cima de mim.

- Pi.. Pára com isso.. - Disse meio envergonhado.

Saltei da cama para ir tomar banho mas não fui sem levar uma palmada no traseiro.
Ele riu-se.
Quando estava a colocar-me debaixo do chuveiro, ele apareceu por detrás.

- Que fazes aqui? - Perguntei um tanto apreensivo.

- Quero te dar banho.

Com gestos delicados, começou a lavar-me o cabelo, massajando-o suavemente. Ao enxaguar, distribuía beijos ternos ao longo do meu pescoço. Voltei-me, iniciando eu também a lavagem, da sua cabeça aos pés. Entre beijos, tecíamos uma dança íntima e doce. O momento tornava-se uma troca constante de carinho. Fechámos a água em uníssono, permitindo que o silêncio sereno nos envolvesse. Cada beijo ecoava, criando memórias suaves e serenas. Na simplicidade daquele instante, o amor era sentido nas pequenas ações, transformando a rotina num ritual de cumplicidade e devoção.

Thirasak & Kiet - O Reverso Do Ódio  Onde histórias criam vida. Descubra agora