"Não sei quando meus pesadelos começaram a acontecer, mas me lembro apenas de uma casa que me assombra todas as noites, é como se eu estivesse visões de uma outra vida. Minha vida se tornou estranha desde que eles começaram, vejo sangue ao redor mas...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Essa vida será boa e bonita. Mas não sem um coração partido. Com a morte, vem a paz. Mas, a dor é o custo de se viver. De maneira que o amor é o como sabemos que estamos vivos.
Encontrei essas palavras no diário da Elena, suponho que foi quando conheceu o Stefan, após a morte prematura de seus pais. Passaram-se um ano desde que Elena se foi, não foi um ano fácil, precisei aprender a lidar com a saudade e com a dor que cresceu dentro de mim, a escuridão não passou, mas eu mudei, mudei em todos os sentidos, me sinto mais forte e mais sozinha.
As meninas precisavam seguir com a vida, Bonnie entrou na faculdade próxima de Mystic Falls e Caroline foi com ela. Todas as noites elas me ligam no FaceTime e conversamos por horas, sempre me dão dicas do que mudar na mansão. Mas quero deixar do que jeito que os Salvatores deixaram, afinal a casa é a lembrança do passado deles. Alaric continua como sempre, às vezes bebemos juntos e choramos juntos, ele diz que somos amigos de álcool, ele sofreu bastante, mas agora sinto que houve uma melhora, quanto ao Jeremy está sendo o Jeremy.
Passei um ano tentando contato com o Damon e com o Stefan, busquei cada notícia de morte suspeita, e tudo que encontrei foi o vazio, talvez eles tenham se tornado mais cuidadosos ou apenas estão vivendo pacificamente, o que acho impossível. Klaus também sumiu do mapa, parece que todos estão em um ponto cego, pensei em buscar por caçadores, notícias ou quem sabe achar alguém que pensasse que sou louca ao procurar pelo Damon.
[1 ano atrás]
— Oi Damon, acho que essa é a quinquagésima sétima vez que ligo para seu número...— Respiro fundo — Tem sido tempos difíceis, Salvatore, tenho pensado na morte e na falta de oportunidade de dizer que... — Sou interrompida pela voz eletrônica.
Por pouco, mas por muito pouco não me torno indefesa novamente, Damon abriu a porta desse sentimento e sumiu, eu o amei até mesmo quando o odiava, mas ligar e ouvir a voz dele na caixa postal era o mais perto que eu teria de lembrança. Sinto que quanto mais o tempo passa, mais a imagem do Damon se apaga, parece loucura mesmo sabendo como ele realmente é.
— Ligando de novo para o Damon, Bree? — Bonnie entra na mansão cheia de sacolas — Já te falei que essa é a sua chance de se curar e não abrir as feridas.
Faço biquinho e me jogo no sofá — Queria que tivesse um feitiço para esquecê-lo! — Olho para ela — Será que uma certa Bennett não teria?
Ela nega com a cabeça — Já disse que um amor se cura com outro.
Reviro os olhos, gesticulando— Blá blá blá... Não quero outro amor, só quero... Esquece! — Mudo de assunto — Meu novo vício são os diários de Stefan.
Bonnie rir — Sabe que isso é invasão de privacidade, não é ?
Sorrio de lado — Só é se ele descobrir que eu li. — Dou de ombros.